AS DEZ PRAGAS
Estas terríveis pragas tiveram
por fim levar Faraó (Faraó, era o título dado ao monarca do Egito) a reconhecer
e a confessar que o Deus dos hebreus era supremo, estando o seu poder acima da
nação mais poderosa que era então o Egito (Ex 9.16; 1Sm 4.8) cujos habitantes
deveriam ser julgados pela sua crueldade e grosseira idolatria.
1 - Águas em Sangue:
Os egípcios tributavam honras
divinas ao rio Nilo, e reverenciavam-no como o primeiro dos seus deuses. Diziam
que ele era o rival do céu, visto como regava a terra sem o auxílio de nuvens e
de chuva. O fato de se tornar em sangue a água do sagrado rio, durante sete
dias, era uma calamidade, que foi causa de consternação e terror. (Ex 7.14...)
2- A praga das rãs:
Na praga das rãs foi o próprio
rio sagrado um ativo instrumento de castigo, juntamente com outros dos seus
deuses. A rã era um animal consagrado ao Sol, sendo considerada um emblema de
divina inspiração nas suas intumescências. O repentino desaparecimento da praga
foi uma prova tão forte do poder de Deus, como o seu aparecimento. (Ex 8.1...)
3- Piolhos:
A praga dos piolhos foi
particularmente uma coisa horrorosa para o povo egípcio, tão escrupulosamente
asseado e limpo. Dum modo especial os sacerdotes rapavam o pelo de todo o corpo
de três em três dias, a fim de que nenhum parasitos pudessem achar-se neles,
enquanto serviam os seus deuses. Esta praga abalou os próprios magos, pois que,
em conseqüência da pequenez desses insetos, eles não podiam produzi-los pela ligeireza
de mãos, sendo obrigados a confessar que estava ali o "dedo de Deus"
(Ex 8.19).
4- Moscas:
As três primeiras pragas
sofrem-nas os egípcios juntamente com os israelitas, mas por ocasião da separou
Deus o povo que tinha escolhido (Ex 8.20-23). Este milagre seria, em parte,
contra os sagrados escaravelhos, adorados no Egito.
5- Peste no gado:
A quinta praga se declarou no
dia seguinte, em conformidade com a determinação divina (Ex 9.1). Outra vez é feita uma distinção
entre os egípcios e os seus cativos. O gado dos primeiros é inteiramente
destruído, escapando à mortandade o dos israelitas. Este milagre foi
diretamente operado pela mão de Deus, sem a intervenção de Arão, embora Moisés
fosse mandado a Faraó com o usual aviso.
6- Úlceras e tumores:
(Ex 9.8) A sexta praga mostra
que, da parte de Deus, tinha aumentado a severidade contra um monarca
obstinado, de coração pérfido. E aparecia agora também Moisés como executor das
ordens divinas; com efeito, tendo ele arremessado no ar, na presença de Faraó,
uma mão cheia de cinzas, caiu uma praga de úlceras sobre o povo. Foi um ato
significativo. A dispersão de cinzas devia recorda aos egípcios o que eles
costumavam fazer no sacrifício de vítimas humanas, concorrendo o ar, que era
também uma divindade egípcia, para disseminar a doença.
7- A Saraiva:
(Ex 9.22) Houve, com certeza.
algum intervalo entre esta e a do nº 6, porque os egípcios tiveram tempo de ir
buscar mais gado à terra de Gósen, onde estavam os israelitas. É também
evidente que os egípcios tinham por esta ocasião um salutar temor de Deus de
Israel, e a tempo precaveram-se contra a terrível praga dos trovões e da
saraiva. (Ex 9.20).
8- Os gafanhotos:
Esta praga atacou o reino
vegetal. Foi um castigo mais terrível que os outros, porque a alimentação do
povo constava quase inteiramente de vegetais. Nesta ocasião os conselheiros de
Faraó pediram com instância ao rei que se conformasse com o desejo dos
mensageiros de Deus, fazendo-lhes ver que o país já tinha sofrido
demasiadamente (Ex 10.7). Faraó cedeu até certo ponto, permitindo que somente
saíssem do Egito os homens; mas mesmo isto foi feito com tão má vontade que
mandou sair da sua presença a Moisés e Arão (Ex 10.7-11). Foi então que uma vez
mais estendeu Moisés o seu braço à ordem de Deus, cobrindo-se a terra de
gafanhotos, destruidores de toda a vegetação que tinha escapado da praga da
saraiva. Outra vez prometeu o monarca que deixaria sair os israelitas, mas
sendo a praga removida, não cumpriu a sua palavra.
9- Três dias de escuridão:
A praga das trevas mostraria a
falta de poder do deus do sol, ao qual os egípcios prestavam culto. Caiu
intempestivamente a nova praga sobre os egípcios, havendo uma horrorosa
escuridão sobre a terra durante 3 dias (Ex 10.21). Mas, os israelitas tinham luz
nas suas habitações. Faraó já consentia que todo o povo deixasse o Egito,
devendo contudo, ficar o gado. Moisés, porém rejeitou tal solução. Sendo dessa
forma a cegueira do rei, anunciou a última e a mais terrível praga que seria a
destruição dos primogênitos do Egito (Ex 10.24-11.8). Afastou-se Moisés
irritado da presença de Faraó cujo coração estava ainda endurecido (Ex
11.9,10).
10- A morte dos primogênitos:
Foi esta a última e decisiva
praga (Ex 11.1). E foi, também, a mais claramente infligida pela direta ação de
Deus, não só porque não teve relação alguma com qualquer fenômeno natural, mas
também porque ocorreu sem a intervenção de qualquer agência conhecida. Mesmo as
famílias, onde não havia crianças, foram afligidas com a morte dos primogênitos
dos animais. Os israelitas foram protegidos, ficando livres da ação do anjo
exterminador, pela obediência às especiais disposições divinas.
EDNEIDE SANTANA!!
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