Os Salmos Messiânicos
Cânticos de Sião, escritos e compostos por salmistas sobre o Messias,
são cânticos de esperança. Os cantores
escreveram e cantaram a tragédia, a rejeição e a morte do Ungido de Deus, porém
não o desespero. Além do "pó da
morte" estão as expectativas de um rei triunfante que será um sacerdote
sobre seu trono.
Esperança e Ressurreição
Os salmistas viram a alma do Messias partir para o reino invisível do
Sheol e sua carne descer à sepultura. Mas
nem seu espírito, nem seu corpo permaneceriam entre os mortos (Salmo 16:10).
Os salmistas também viram o Ungido rejeitado por seus pares, como uma
pedra inadequada, rejeitada pelos construtores; entretanto, uma pedra que se
tornou a principal pedra angular uma fundação para a casa espiritual de Deus
e uma rocha de ofensa que esmaga até o pó os desobedientes (Salmo 118:22-23;
Mateus 21:42, 44; 1 Pedro 2:4-7).
Enquanto as nações, com seus governantes, se enfurecem contra o Messias,
bradando por sua morte, Jeová ri deles.
Apesar da sentença de morte e da execução do Ungido, Deus o assenta em
seu santo monte de Sião (Salmo 2:1-6).
A esperança dos salmistas encontra cumprimento na ressurreição do Santo
de Deus. O apóstolo Pedro, no Pentecostes, apela para os Filhos de Coré, que
cantaram a ressurreição, que nem foi deixado na morte, nem a sua carne viu a
corrupção (Salmo 16:10; Atos 2:27-31). O apóstolo Paulo cita o mesmo salmo em
Antioquia da Pisídia, para afirmar a ressurreição de Jesus, mas também chama Davi
a testemunhar: "como também está escrito no Salmo segundo: Tu és meu
Filho, eu, hoje, te gerei" (Salmo 2:7; Atos 13:33-37).
Ascensão e Reinado
Além da ressurreição, os cantores de Israel têm a visão do reinado do
Messias. Os salmistas, contudo, não o vêem
como um domínio na terra, mas à mão direita de Deus. Jeová fala ao Senhor de
Davi, o Messias e o rei que viria, sobre seu domínio no céu: "Assenta-te à
minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés"
(Salmo 110:1)
Pedro emprega estas palavras de Davi para descrever a ascensão de Jesus
aos céus, à direita de Jeová. Ali, o apóstolo conclui, ele foi feito
"Senhor e Cristo" (Atos 2:33-36).
E Deus, do trono celestial, envia o cetro da sua força e o Senhor domina
no meio de seus inimigos. Ali, à direita
de Deus, o ungido fere os reis "no dia da sua ira" (Salmo 110:5).
As nações se tornam a herança do Messias e as mais distantes partes da
terra sua possessão. Ele domina com o
cetro de ferro e quebra as nações e as despedaça como um vaso de oleiro (Salmo
2:7-9). O céu é o trono do Ungido
através das eras, um cumprimento da promessa e aliança com Davi, de que um
descendente dele se sentaria em seu trono para sempre (Salmo 89:3-4; 132:11).
No final, o Messias nasceu e ressuscitou dos mortos. O Filho do Altíssimo, proclamou Gabriel no
seu nascimento, receberá o trono de seu pai Davi, reinará sobre a casa de Jacó
para sempre, e seu reinado não terá fim (Lucas 1:31-33). Isto Deus cumpriu, de acordo com Pedro,
quando elevou-o à sua direita, muito acima dos principados, potestades e
domínios (Atos 2:30-36; veja Efésios 1:20-21).
Sacerdote e Intercessão
Davi, o doce cantor de Israel, prevê, como o faz o profeta Zacarias, o
rei como um sacerdote em seu trono: "O Senhor jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem
de Melquisedeque" (Salmo 110:4; veja Zacarias 6:12-13)
Ele é um sacerdote que, primeiro de tudo, tinha a si mesmo para
oferecer. Quando Jeová rejeitou os sacrifícios e não tinha mais prazer em
oferendas queimadas, o Messias foi o voluntário: "Eis aqui estou . . . agrada-me fazer a
tua vontade, ó Deus meu. . . ." (Salmo 40:7-8). Jeová preparou-lhe um corpo no qual ele foi oferecido,
de "uma vez por todas" pelos pecados do mundo (veja Hebreus 10:5-10;
9:23-26).
E, como um "sacerdote para sempre, segundo a ordem de
Melquisedeque", seu sacerdócio é "imutável", baseado no poder de
uma vida "indissolúvel"; ele vive "sempre para interceder"
pelos santos (Hebreus 7:17, 24-25).
Os salmos messiânicos abrangem as eras eternais, vendo o Ungido como
Deus que se tornou homem, como homem que foi tragicamente rejeitado e morto e
como Senhor que foi exaltado aos céus de onde veio. Ali, como rei e sacerdote, ele consuma o
plano de Jeová para as eras. Que
história! Que Salvador! E quão
lindamente contada nos versos e composições dos antigos cantores em Israel.
EDNEIDE SANTANA!!
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