domingo, 28 de abril de 2013

ELIAS NO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO



Elias no Monte da Transfiguração
Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte. E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés e um para Elias. E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; escutai-o. E os discípulos, ouvindo isso, caíram sobre seu rosto e tiveram grande medo. E, aproximando-se Jesus, tocou-lhes e disse: Levantai-vos e não tenhais medo. E, erguendo eles os olhos, ninguém viram, senão a Jesus. (Mateus 17.1-8)
Muito já se escreveu sobre o episódio da transfiguração, e para este subsídio gostaria apenas de trazer uma reflexão sobre a necessidade de uma fé que não se limita, nem se contenta com a ausência do sobrenatural, das visões e da percepção inconfundível da presença do Senhor.
As visões, os sonhos e outros fenômenos espirituais não estão restritos ao Novo Testamento:
E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; (At 2.17)
Após o derramar do Espírito no dia de Pentecostes, as visões se tornaram frequentes, e algumas delas ficaram registradas nas Escrituras:
Mas, de noite, um anjo do Senhor abriu as portas da prisão e, tirando-os para fora, disse: Ide, apresentai-vos no templo e dizei ao povo todas as palavras desta vida. E, ouvindo eles isto, entraram de manhã cedo no templo e ensinavam. Chegando, porém, o sumo sacerdote e os que estavam com ele, convocaram o conselho e a todos os anciãos dos filhos de Israel e enviaram servidores ao cárcere, para que de lá os trouxessem. (At 5.19-21)
E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões. (At 9.3-5)
E havia em Damasco um certo discípulo chamado Ananias. E disse-lhe o Senhor em visão: Ananias! E ele respondeu: Eis-me aqui, Senhor! E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando; e numa visão ele viu que entrava um homem chamado Ananias e punha sobre ele a mão, para que tornasse a ver. E respondeu Ananias: Senhor, de muitos ouvi acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e aqui tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome.    Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome. E Ananias foi, e entrou na casa, e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo. (At 9.10-17)
E, no dia seguinte, indo eles seu caminho e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao terraço para orar, quase à hora sexta. E, tendo fome, quis comer; e, enquanto lhe preparavam, sobreveio-lhe um arrebatamento de sentidos,  e viu o céu aberto e que descia um vaso, como se fosse um grande lençol atado pelas quatro pontas, vindo para a terra, no qual havia de todos os animais quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu. E foi-lhe dirigida uma voz: Levanta-te, Pedro! Mata e come. Mas Pedro disse: De modo nenhum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum e imunda. E segunda vez lhe disse a voz: Não faças tu comum ao que Deus purificou. E aconteceu isto por três vezes; e o vaso tornou a recolher-se no céu. E, estando Pedro duvidando entre si acerca do que seria aquela visão que tinha visto, eis que os varões que foram enviados por Cornélio pararam à porta, perguntando pela casa de Simão. E, chamando, perguntaram se Simão, que tinha por sobrenome Pedro, morava ali. E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: Eis que três varões te buscam. Levanta-te, pois, e desce, e vai com eles, não duvidando; porque eu os enviei. (At 10.9-20)
E, quando Herodes estava para o fazer comparecer, nessa mesma noite, estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão. E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro no lado, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa! E caíram-lhe das mãos as cadeias. E disse-lhe o anjo: Cinge-te e ata as tuas sandálias. E ele o fez assim. Disse-lhe mais: Lança às costas a tua capa e segue-me. E, saindo, o seguia. E não sabia que era real o que estava sendo feito pelo anjo, mas cuidava que via alguma visão. E, quando passaram a primeira e a segunda guarda, chegaram à porta de ferro que dá para a cidade, a qual se lhes abriu por si mesma; e, tendo saído, percorreram uma rua, e logo o anjo se apartou dele. E Pedro, tornando a si, disse: Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus esperava. (At 12.6-11)
E Paulo teve, de noite, uma visão em que se apresentava um varão da Macedônia e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos! E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho. (At 16.9-10)
E disse o Senhor, em visão a Paulo: Não temas, mas fala e não te cales; porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade. E ficou ali um ano e seis meses, ensinando a palavra de Deus. (At 18.9-11)
Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos (se no corpo, não sei; se fora do corpo, não sei; Deus o sabe), foi arrebatado até ao terceiro céu. E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar. (2 Co 12.1-4)
Nos dias atuais há quem não vivencie tais experiências por achar que fazem parte de um passado distante, por não acreditar na atualidade destas manifestações. Entre estes, estão cristãos que se tornaram eruditos e profundos nas Escrituras, mas que são rasos em experiências com o Cristo vivo, em visões e sonhos concedidos pelo Senhor.
É claro que a fé cristã não está fundamentada unicamente em experiências, mas as experiências fazem parte da vida cristã normal. Estamos nos enriquecendo no conhecimento da Palavra, mas nos empobrecendo de visões e experiências com Deus.
Há milhares de cristãos que ao longo da história da Igreja tiveram visões, onde anjos e o próprio Cristo lhes apareceram, que foram arrebatados em espírito e puderam contemplar grandes coisas.
Que os eventos no Monte da Transfiguração, assim como os demais registrados nas páginas da Bíblia, possam despertar em nós o desejo por experiências tão magníficas, sem que com isso negligenciemos o aprofundamento no estudo da Sagrada Escritura, fazendo dela a base de análise e julgamento de toda visão e experiência sobrenatural. 

EDNEIDE SANTANA!!

sábado, 27 de abril de 2013

O EVANGELHO DA GLÓRIA - O QUE FAZ DA BOA NOVA BOA NOVA


O Evangelho da Glória - O Que Faz da Boa Nova Boa Nova
Em 2 Coríntios 4.4, Paulo define morte espiritual como cegueira para a glória. Já analisamos a prescrição de Deus para a cegueira. No exercício soberano da Sua vontade, Deus resplandece em nosso corações para dar a luz do conhecimento da glória na face de Cristo. Ele supera nossa resistência ao Evangelho – causada por nossa cegueira para a glória – ao nos dar a luz necessária para ver as coisas como elas realmente são. Esse é o milagre da regeneração.
O nível mais profundo da obra redentiva de Deus
Junto com o entendimento dessa prescrição soberana, observamos que em 2 Co 4.4 e 4.6 Paulo descreve três níveis da obra redentiva de Deus, e à medida que progredimos por cada nível chegamos a uma maior profundidade e maior intimidade na obra salvadora de Deus. Deus resplandeceu em nossos corações para dar a Luz (esse é o nível 1) do conhecimento, do evangelho (esse é o nível 2), da glória de Deus na face de Cristo (esse é nível 3). Esse é o nível mais profundo da obra redentiva de Deus. É para isso que nossos olhos estão abertos para ver. A salvação diz respeito a isso!
Você consegue ver essa verdade no texto? Paulo chama o evangelho de “evangelho da glória de Deus na face de Cristo”. E a Escritura, frequentemente, fala da salvação nesses termos. Hebreus 2.10 descreve o ministério da salvação de Jesus como “conduzindo muitos filhos à glória”. 1 Pedro 3.18 diz que Cristo morreu, uma única vez, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus. E 2Ts 2.13-14 fala de uma maneira chocantemente clara: “Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Você entende isso? O evangelho é o meio pelo qual você receberá a glória de Cristo. Nosso evangelho é o evangelho da glória. Isso significa que o que a Boa Nova consiste na – aquilo sobre o qual o evangelho diz respeito – glória de Deus em Cristo. Ver e se alegrar na glória de Deus na face de Cristo é o que faz da Boa Nova boa nova.
Sou muito grato pela forte ênfase que está sendo posta sobre a centralidade do evangelho no evangelismo conservador contemporâneo. Não é incomum ouvir a glória do evangelho celebrada em muitos púlpitos. No entanto, espero que aqueles que rapidamente se identificam como centrados no evangelho percebam que o evangelho é centrado na glória. Podemos (e devemos!) amar a glória do evangelho. Mas precisamos reconhecer que o evangelho é o evangelho da glória. E, portanto, quando pregamos o evangelho, devemos fazê-lo de maneira consistente com o fato de que aquilo que faz da Boa Nova boa nova é que, finalmente, podemos ver e nos alegrar na glória de Deus revelada na face de Cristo.
As Escrituras não param no nível dois
Infelizmente, muitas das apresentações do evangelho que ouço param no nível dois. Muitos cristãos pregam o evangelho como se o homem fosse o objetivo final na salvação. Eles dizem às pessoas que Jesus morreu por elas e, então, eles param aqui. Como se a Boa Nova fosse que Deus simplesmente nos amou tanto que Ele não podia viver sem nós e, então, Ele morreu para ficar conosco. Mas você consegue perceber o quanto isso nos enfatiza? O problema é que isso não é o que o amor de Deus faz. O amor de Deus expresso no Seu resplandecer da Luz da vida dentro de nossos corações mortos não foi para que pudéssemos olhar para a cruz e ver nosso valor, mas para que pudéssemos finalmente ver e nos alegrar no Seu valor. Não somos o objetivo final de Deus na salvação. O evangelho é o evangelho da glória. No final das contas, a razão pela qual Deus salva qualquer pecador é para manifestar Sua própria glória.
Ouça o que a Escritura diz sobre a motivação de Deus, Seu objetivo, ao salvar pecadores:
- Isaías 43.25 – “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim.”
- Ezequiel 36.22 – “Não é por amor de vós que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes.”
- Tito 2.14 – Cristo “a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu.”
E na seção de abertura em Efésios 1, Paulo diz três vezes que a salvação é planejada para o louvor da glória de Deus (Ef 1.6, 12, 14).
Uma centralidade em Deus que é na verdade uma centralidade no homem
Claro, poucos cristãos vão negar isso; muitas pessoas contentemente confessarão que devemos ser centrados em Deus. O problema é que elas podem estar contentes em serem centrados em Deus porque realmente acreditam que Deus é centrado no homem. Então, a centralidade delas em Deus é na verdade uma centralidade no homem. Elas dizem que a alegria delas está em Deus, mas a alegria delas está realmente nelas próprias. Elas alegram-se em adorar Deus apenas quando Deus os adora.
No entanto, o amor de Deus apresentado no Evangelho não tem o sentido de que Ele nos valoriza! O amor de Deus apresentado no Evangelho significa que Ele resplandece Luz que cura nossa cegueira à glória, e, assim, nos liberta do nosso caso de amor com o pecado para que – em vez de somente sermos capaz de estarmos satisfeitos em sermos engrandecidos – possamos estar inteiramente satisfeitos no profundo das nossas almas ao engrandecê-Lo para sempre. Somos livres para encontrar nossa alegria na exaltação de Outro.
Sim, Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu o seu Filho unigênito. Mas termine a sentença! Ele fez isso com um propósito: para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna. E o que é vida eterna? João 17.3: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” O objetivo de Deus ao enviar Cristo não era para mostrar à humanidade quão valiosos éramos; Seu objetivo era nos dar olhos para ver quão valioso Ele é. Ele resplandeceu em nossos corações para dar a Luz do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.
O amor de Deus para nós não é primeiramente para nós, mas para Ele mesmo.
No entanto, já que muitas pessoas têm absorvido a definição distorcida de amor da nossa cultura (valorizar muito algo ou alguém), muitas pessoas – talvez alguns de vocês que estão lendo isso – tenham dificuldade em sentirem-se amados quando ouvirem que Deus os ama por amor dEle mesmo. No entanto, amar alguém não é fazê-lo se sentir bem acerca de si mesmo. Amar alguém é fazer o que é melhor para ele. E o que é melhor para mim, e melhor para você – o que vai mais satisfazer nossas almas e nos dar verdadeira e permanente alegria – é ver a glória de Deus pela qual fomos feitos. A autoexaltação de Deus não é arrogância, mas amor.
E há uma fartura de satisfação em sentir-se amado dessa maneira. Sinto-me tão seguro, tão protegido, tão amado pelo fato de que eu não venho em primeiro lugar nas afeições de Deus, mas Ele que vem. Como não sou a base da minha segurança, Ele é. Na verdade, nunca vamos entender a doce plenitude do que significa ser amado por Deus – nunca vamos saber a largura, o comprimento, a altura e a profundidade desse amor que excede o entendimento (Ef 3.18-19) – até entendermos que o amor de Deus para nós não é primeiro a nós, mas a Ele mesmo.
John Piper prega que: “Deus ama Sua glória mais do que Ele nos ama e…essa é a fundação do Seu amor para nós” (Irmãos, não somos profissionais, 7). Porque é no amor a Si mesmo, no louvor a Si mesmo, na manifestação de Si mesmo, que você e eu podemos ver e se alegrar na única coisa que pode realmente satisfazer nosso coração: a glória de Deus na face de Cristo.
Conclusão
A Boa Nova não é apenas que Jesus morreu por nós. A Boa Nova é que Jesus morreu por nós para nos trazer a Deus (1 Pe 3.18). A Boa Nova não é apenas que Deus deu Seu Filho amado a nós. A Boa Nova é que Deus deu Seu Filho amado a nós para nos dar uma eternidade de visão, conhecimento, amor e louvor a Ele. O trabalho amoroso e expiatório de Cristo no evangelho é um meio para o grande fim: que o povo que Deus criou finalmente O glorificaria ao desfrutar e ser satisfeito na Sua glória – a glória pela qual eles foram criados (Is 43.7). 


BOAS NOVAS!!

HÁ UM MILAGRE EM SUA CASA




Há um Milagre em Sua Casa
Texto Áureo: II Rs. 4.4 – Leitura Bíblica: II Rs. 4.1-7
INTRODUÇÃO
Em continuidade ao estudo de Elias e Eliseu, trataremos, a respeito da história de um milagre. Inicialmente definiremos biblicamente o que é um milagre, em seguida, abordaremos o texto bíblico alusivo à lição, sobre a multiplicação do azeite da viúva, e ao final, mostraremos que o Deus da Bíblia ainda é o mesmo e que realiza milagres, sempre de acordo com Seus propósitos soberanos.
1. MILAGRE, DEFINIÇÕES BÍBLICAS
Existem várias palavras bíblicas para milagre, geralmente atreladas ao conceito de sinal. O termo hebraico mais recorrente é ot, com o sentido de sinal ou milagre, ressaltando uma marca distintiva ou visível de uma manifestação divina. É digno de destaque que essa palavra se encontra em Gn. 1.14, fazendo referência à ordem criada por Deus. Por conseguinte, compreendemos que a própria natureza é um milagre de Deus, o sol e a lua são exemplos dessa verdade. Em geral, ot diz respeito a um milagre ou sinal proveniente do próprio Deus. O arco-íris, que apareceu no céu, após o dilúvio, é um sinal de Deus (Gn. 9.12). O dia de descanso também é um sinal de Deus a fim de preservar o bem estar do Seu povo (Ex. 31.13). Mas a ocorrência mais comum de ot é de um milagre, uma revelação ou atuação divina. As pragas com o objetivo de julgar a terra do Egito e libertar o povo de Israel da escravidão tratou-se de um milagre ou sinal de Yahweh (Ex. 7.3; 8.23). O mesmo pode ser dito a respeito da visitação do anjo da morte (Ex. 12.13) que deu origem à Páscoa. O nascimento predito do servo sofredor, de uma virgem, seria um milagre (Is. 7.11,14). A travessia do Jordão pelo povo de Israel foi que resultou na construção de um memorial (Js. 4.6). A palavra hebraica mophet é sinônima de ot e significa tanto sinal quanto milagre e maravilha. O Senhor é o sujeito dos milagres, é Ele quem os realiza (Dt. 13.1; 28.46; I Rs. 13.3; Sl. 105.5). Outra palavra hebraica para milagre é pala, que se refere aos feitos extraordinários de Deus, tais como os realizados no Egito (Ex. 3.20) e prometidos ao povo de Israel quando esse adentrasse à terra prometida (Js. 3.5). No Novo Testamento a palavra para sinal é semeion, equivalente à hebraica ot. Os judeus dos tempos de Jesus queriam ver sinais, isto é, milagres (Jo. 2.18; 6.30), especialmente os fariseus (Mt. 12.38; 16.1; Mc. 8.11; Lc. 11.16, 29). Jesus realizou muitos milagres, mesmo assim os religiosos da sua época não acreditaram nEle. Isso porque os milagres somente podem ser recebidos pelos olhos da fé, o homem racional tenderá a negá-los, além disso, há pessoas que ficam dependentes deles (Jo. 2.11,23; 3.2; 4.48, 54; 6.2,14,26,30; 7.31; 11.47; At. 2.22). Os apóstolos também realizaram muitos milagres, como testemunho (At. 1.8) da autoridade divina a eles conferida (At. 2.34; 4.16; 5.12; 6.8).
2. A HISTÓRIA DE UM MILAGRE DOMICILIAR
Em II R. 4.1-7 nos deparamos com a história de uma mulher que era esposa de um dos discípulos dos profetas. A morte do seu marido, que havia sido servo de Eliseu, deixou aquela família em situação precária. Muitas dívidas assolavam aquela casa, isso porque um dos credores havia ameaçado vender os dois filhas da mulher como escravos a fim de que a dívida fosse saldada, algo legitimado pela lei (Ex. 21.7; Lv. 25.39; Ne. 5.5; Is. 50.1; Jr. 34.8-11). Diante daquela situação angustiante, a mulher apelou ao profeta Eliseu, a fim de que esse encontrasse uma solução. Eliseu quis saber o que aquela mulher tinha em casa (I Rs. 4.2). Ela respondeu que nada tinha de valor, a não ser uma botija de azeite. É assim que Deus trabalha, muitas vezes dispomos de tão pouco, mesmo assim Ele não despreza o que temos para oferecer. A multiplicação do azeite aconteceria em seguida, mas a mulher deveria tomar vasilhas emprestadas na vizinhança. Ela somente pode fazê-lo porque desfrutava de bom relacionamento com os vizinhos. Há crentes que não poderiam fazer o mesmo, pois lhes falta um convívio respeitoso com a vizinhança. O profeta Eliseu dá uma instrução específica: a mulher deveria entrar e fechar a porta, a fim de testemunharem o grandioso milagre de Deus. Enquanto havia vasilha a multiplicação do azeite não parou, a provisão de Deus é suficiente, evita desperdícios (Mt. 4.13-21). O milagre de Deus não é para a ostentação, algumas pessoas, inclusive nas igrejas evangélicas, que por amarem o dinheiro, se desviam da fé (I Tm. 6.10). A situação da viúva foi resolvida porque Deus entrou em ação através do profeta Eliseu. Mas ela precisou fazer a sua parte, comercializando o azeite multiplicado (II Rs. 4.7). Quantas pessoas que não tomam iniciativa na vida, querem tudo sem fazer o menor esforço, essa não é uma prática cristã. Não podemos esquecer que o trabalho é uma ordenança divina, e que este dignifica o homem, principalmente quando este ajuda aos outros (I Ts. 4.10-12; II Ts. 3.10-12; Ef. 4.28).
3. DEUS AINDA REALIZA MILAGRES
Deus continua realizando milagres hoje, isso porque Jesus Cristo é mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb. 13.8). Infelizmente algumas igrejas pseudopentecostais estão transformando milagres em negócios. Elas não pregam a salvação em Jesus Cristo, deixam de atentar para o fato bíblico de que os milagres são sinais, portanto, devem apontar para o caráter salvífico de Cristo (Mc. 16.15,16). Mas porque elas fazem uso indevido dos milagres, nós, os pentecostais, não devemos desconsiderar essa importante doutrina bíblica. A fé é condição necessária para a realização de milagres, todos os que se aproximam de Deus precisam tê-la, sem esta é impossível agradá-LO (Hb. 11.1,6). Nos tempos de Jesus muitos foram curados porque creram no poder de Deus (Mt. 9.28,29), mas outros não receberam o milagre porque descreram (Mt. 14.30,31). Não podemos deixar de atentar para a orientação bíblica de que os milagres têm um propósito, e este é o de glorificar a Deus e não aos homens (Jo. 11.4). Muitas igrejas evangélicas, se é que assim podem ser denominadas, estão explorando comercialmente os milagres. Elas não testificam da mensagem da salvação, muito menos da santificação, seus motivos são egoístas (Jo. 6.26). Os milagres, desde o Antigo Testamento, tinham como propósito revelar a veracidade da mensagem divina (Ex. 4.1-17). Uma igreja genuinamente cristã, e verdadeiramente pentecostal, defende a atualidade dos milagres nos dias de hoje (I Co. 12.8-10). Ela ensina também o evangelho em sua totalidade, incluindo a doutrina da salvação e da santificação (II Tm. 3.16).
CONCLUSÃO
Através do profeta Elias Deus realizou um milagre na casa da viúva, ela tinha muito pouco, apenas uma botija de azeite. Nos dias atuais Deus continua realizando milagres, eles servem para mostrar a veracidade da mensagem evangélica. Toda igreja genuinamente pentecostal estimula a fé dos seus membros. Ela não despreza a atualidade dos milagres, principalmente dos dons espirituais.  A ênfase, no entanto, está na salvação dos perdidos, e no crescimento espiritual em santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb. 12.14).

   EDNEIDE SANTANA!!


sábado, 20 de abril de 2013

FORMAS DE VENCER A AMARGURA



Formas de Vencer a Amargura
Quando um sentimento doloroso é arrastado pelo tempo é sinal de que a cura interior ainda não aconteceu.
Textos - I Reis 2.1-6 e - Hebreus 12:15
Há pessoas que têm guardado mágoas em seus corações por mais de vinte anos e estas mágoas criaram raízes profundas, ao longo desse tempo, assumindo parte ou totalidade do caráter e comportamento dessas pessoas. Rejeições e traumas são experiências dolorosas que criam o ambiente fértil para que raízes de amargura sejam geradas, com profundidade, nos corações das pessoas.
Exemplos: Um filho adulto guarda mágoa do pai desde a infância por causa de uma palavra dita impensadamente diante de seus amigos ou o caso de uma esposa que não perdoa o marido por algo que ele fez de errado na lua de mel. Estes são exemplos de raízes de amargura ou ressentimentos que se estabeleceram e se desenvolveram com o tempo porque nenhuma providência foi tomada no sentido de cortar o mal pela raiz.
O que é ressentimento?
É sentir de novo todas as emoções ruins provocadas por uma mágoa guardada no coração e enraizada pelo tempo. É sentir profundamente, estar magoado, ofendido, ferido, afligido, triste, desgostoso, angustiado.
Ressentir é trazer á tona momentos ruins dolorosos, inacabados, uma sensação de amargura, raiva ou vingança. É ficar contemplando cenas de um passado doloroso, através de imagens mentais; Reviver com as mesmas sensações fatos que nos causaram mágoas.
Esses sentimentos ruins tendem a ficar escondidos no coração de tal maneira que as pessoas não percebem de imediato. Todos acham que está tudo bem, mas um dia os frutos amargos são produzidos e ninguém mais deseja estar próximo de uma pessoa com raízes de amargura.
A mágoa plantada no coração é como um veneno que você toma e espera que o outro morra (mas quem está se envenenando é você!). Há pessoas que vivem no veneno. Ressentimentos causam isolamento social e quebra de relacionamentos.
(Pv 18:19) "O irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte;
Construímos muros emocionais ao nosso redor quando somos feridos por alguém. Ficamos fechados no intuito de guardar nossos corações e preveni-lo de futuras feridas.
Como medida de ataque usamos o silêncio vingativo, ficamos isolados do convívio de determinadas pessoas, barrando a aproximação de todos que nos magoaram, negando-lhes o acesso a nossa vida até que nos paguem tudo o que nos devem.
Ressentimentos e mágoas estão diretamente associados com outros problemas comportamentais: rejeição, vergonha, sentimento de indignidade, auto-compaixão, insegurança, contenda, dissensão, ira, ódio e vingança. Todos esses sentimentos negativos provocam doenças: úlceras, palpitações, taquicardia, pressão alta, enfarto, insônia, artrite, dores de cabeça, doenças de pele, etc.
O ressentimento é uma cadeia que lhe prende às emoções negativas, impedindo seu crescimento na fé e espiritualidade. É também uma cadeia que lhe prende ao passado , impedindo-lhe de ser e ver o que Deus deseja para você hoje.
A Bíblia nos dá um exemplo sobre o ressentimento na vida de um homem que durante toda a sua existência foi exemplo de uma pessoa emocionalmente equilibrada, mas que um dia se deixou abater por mágoas. O rei Davi quando estava velho, já para morrer, deu algumas ordens a seu filho e sucessor Salomão e também mencionou sobre Joabe, pedindo a seu filho que se vingasse por ele e não deixasse Joabe morrer em paz. I Rs 2:1-6
O grande problema do ressentimento é a falta de perdão. A falta de perdão bloqueia as bênçãos de Deus sobre nossa vida. Veja que não se trata de Deus não querer abençoar, mas de que a falta do perdão impede de que as bênçãos cheguem até nós.
(IS 59:1) "EIS que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir."
(IS 59:2) "Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça."
Se perdoamos somos perdoados, se não perdoamos não somos perdoados.
Mt 6:14,15 – Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.
Se retemos o perdão satanás alcança vantagem sobre nós. A falta de perdão nos mantém em escravidão – Se não perdoarmos seremos entregues aos espíritos atormentadores.
II Coríntios 2:10,11 – A quem perdoais alguma coisa, também eu perdôo; porque, de fato, o que tenho perdoado (se alguma coisa tenho perdoado), por causa de vós o fiz na presença de Cristo; para que satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios.
Recomendações bíblicas para lidar com os ressentimentos
É importante que cada um saiba que não podemos evitar totalmente um trauma suas conseqüências imediatas, tais como uma mágoa ou ira. Mas, somos nós que escolhemos viver ou não o resto da vida com estes ressentimentos e mágoas.
A Bíblia Sagrada aponta várias providências para evitarmos que este mal venha nos destruir.
O exemplo de Perdão de José do Egito
Você pode ter como exemplo a vida de José, onde seus irmãos lhe intentaram o mal, porém Deus abençoou José grandemente, chegando a ser o braço direito de Faraó. E José não se vingou de seus irmãos no momento em que teve a oportunidade, mas pelo contrário, os perdoou e os ajudou.
Vejamos a seguir algumas preciosas recomendações bíblicas para lidarmos com os ressentimentos:
Confissão e Arrependimento
Há muitas pessoas em nosso meio que precisam muito mais de arrependimento e confissão de pecados do que tratamento psicológico. Suas vidas estão superlotadas de lixo. São portadoras de enfermidades físicas e diversos problemas emocionais porque guardam sentimentos maldosos para com outras pessoas. Podem ser totalmente curadas quando estiverem dispostas a confessar seus pecados e a ministrar o perdão.
(SL 32:3) "Quando eu guardei silêncio, secaram os meus ossos...."
(1JO 1:9) "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça."
Você deverá tentar descobrir, com uma auto-análise, a existência de mágoas ocultas, necessidades insatisfeitas, emoções reprimidas, que muitas vezes lhe impedem de alcançar vida social equilibrada. Saiba que não acontecerá a cura enquanto as lembranças penosas não forem localizadas e tratadas com oração e confissão.
A importância da confissão. Estudos mostram de modo convincente que as pessoas que confiam a outras seus sentimentos e segredos perturbados ou algum evento traumático, em lugar de suportarem sozinhas os problemas, são menos vulneráveis às moléstias.
Há benefícios para a saúde quando nossos segredos mais penosos são compartilhados com os outros. Ele diz ainda que o ato de confiar em alguém protege o corpo contra tensões internas prejudiciais que são o castigo por levarmos um fardo emocional, como, por exemplo, um remorso reprimido. Os fatos foram também confirmados por pesquisas recentes. (A Cura das Memórias).
2 – Não se ponha o sol sobre a vossa ira - Ef 4:26 e Sl 4:4 - A regra geral é que não podemos dormir com mágoas no coração. As mágoas não podem ficar dentro de nós até o dia seguinte. Temos que resolver o problema antes de dormir, liberando perdão a quem nos ofendeu.
3 - Perdoar não é sentimento, é decisão - A Palavra de Deus não diz para perdoarmos, quando sentimos vontade; pelo contrário, ela nos ordena a perdoar como forma de decisão e não por sentimentos. Trata-se de uma obediência ao mandamento do Senhor. Saiba que enquanto não perdoarmos, nossas emoções estarão presas, por isso temos que tomar a decisão de perdoar, para que haja a libertação de nossas emoções.
Antes de tomarmos a decisão de perdoar, estamos debaixo do poder de escravidão do pecado. Após tomarmos a decisão de perdoar teremos a comunhão com o Senhor restaurada e a Graça fluirá suficientemente para nos libertar de toda raíz de amargura (rejeição, ressentimento, ira, contenda, dissensão, mágoas e vinganças). Quando o perdão for consumado, nossas emoções serão gradativamente libertas e a sensações de alívio e paz serão restabelecidas em nosso ser.
4 – Temos que Perdoar como Deus Perdoa. Deus não traz de volta um pecado que foi perdoado.
Isaías 43:25 – Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim dos teus pecados não me lembro.
Essa história de que “perdôo mas não esqueço” não é perdão. Não devemos ficar lembrando do que já se perdoou. Não fique revivendo a cena ruim. Não esteja ruminando o sentimento de mágoa de um fato preso ao passado. Libere perdão e continue a vida.
(Lm 3:21) "Disto me recordarei na minha mente; aquilo que me dá esperança."
Cl 3:13 – Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou assim também perdoai vós
- Saiba que o perdão é o Machado que Deus coloca à disposição de todo homem para cortar as raízes de amargura.
- Perdoar é imitar o Senhor Jesus, rasgar o escrito de dívida contra nosso próximo.
- Perdoar é deixar que Deus ame a outra pessoa através de nossa vida
- Somente o Amor cobre uma multidão de pecados ( I Pe 4:8) e o Amor não se ressente do mal. I Co 13:5.
EDNEIDE SANTANA!!

A HISTORIA DE MARIA MADALENA ( RESUMO)

A história de Maria Madalena na Bíblia Maria Madalena, como era chamada, foi uma discípula e seguidora de Jesus . Ela foi cura...