O Cristão como Atalaia
Nas antigas cidades muradas havia o
atalaia. Ele surgiu da necessidade de evitar os perigos dos invasores e
ladrões. Era uma função obrigatória de defesa social, de abrigo das cidades e
das nações.
Esses antigos guardas desempenhavam
um papel de grande responsabilidade. Ao seu cuidado previdente e vigilância
incansável ficavam entregues o sossego e a vida do povo; dia e noite tinham que
vigiar (Is 21.8, 11, 12; 62.6).
A impiedade é o inimigo que anda a
rondar o destino das criaturas. Ninguém escapa das suas investidas, por isso as
Escrituras comparam os cristãos a atalaias e vigias fiéis.
A obra principal da Igreja é
proclamar o evangelho, falar ao mundo da necessidade da salvação de Jesus
Cristo e de como ele veio morrer por gente como nós, pecadores.
Assim como as cidades necessitam de
guardas, policiais que garantam a ordem e o bem-estar da sociedade, a Igreja
também tem a responsabilidade de oferecer proteção espiritual. A negligência da
polícia militar ou civil pode trazer graves conseqüências. Imagine a sua cidade
sem policiais. Como seria?
Da mesma maneira, se a Igreja
esquecer-se de proclamar a mensagem da salvação, terá cometido uma grave falta,
o pecado da negligência. Coisas supérfluas podem ser adiadas; as necessárias
nunca. Festas, rituais, organizações eclesiásticas., templos cômodos,
equipamentos eletrônicos de ponta, tudo isso é bom e útil, mas não salva
ninguém. O necessário e intransferível é pregar sempre com absoluta clareza a
verdade salvadora, o perigo do pecado, a graça divina e o apelo à conversão.
Antes de você responder à pergunta do
título, veja algumas características de um atalaia:
1. Estar sempre vigilante. O menor
cochilo era punido com rigor porque trazia conseqüências. Um guarda descuidado
é inútil e perigoso como uma Igreja que dorme em vez de vigiar e proclamar a
salvação em Cristo. Pregar a verdade é missão constante que deve tomar os
cuidados da Igreja. Quando ela deixa para quando puder sua obra missionária,
para quando terminar o templo está falhando com sua missão.
2. O guarda nas antigas cidades
deveria ocupar os pontos mais estratégicos. Tinha seu posto nas portas das
cidades, nos morros, nas torres e lugares altos. Assim, deve a Igreja executar
sua obra evangelística. É preciso escolher os campos, os lugares, os meios e
métodos de pregar e chamar os pecadores a Cristo. Nos negócios do Reino de Deus
é preciso ocupar os pontos estratégicos, aproveitando os melhores meios para
transmitir a mensagem. A Igreja fará isso através dos seus membros, que
ocuparão os lugares estratégicos e farão os contatos com as pessoas que têm de
ser avisadas do perigo. Além disso, a igreja, como instituição, poderá
manifestar-se quanto às grandes questões da nossa época, denunciando o pecado
onde ele aparecer.
3. O atalaia tinha que tocar a
trombeta e avisar a cidade de qualquer perigo possível. Isso era feito ao mesmo
tempo. Tocava a trombeta para despertar a atenção. Avisava, dando a notícia
necessária no momento certo. A Igreja, portanto, tem que unir sempre em sua
obra de apoio e fundamento da verdade, a trombeta e o aviso. Precisamos falar a
cada pessoa em particular mas precisamos fazer a mensagem chegar à cidade toda.
Precisamos chamar a atenção para o perigo (trombeta), mas também entregar a
mensagem que salva (aviso). Esses dois fatores devem andar juntos.
4. O atalaia não podia dar alarme
falso. Era punido quando isso acontecia.
Da mesma forma é um grave erro todo
alarme falso que uma determinada igreja use na sua obra de pregar o evangelho.
A mensagem é uma só. Quaisquer acréscimos ou inovações devem ser imediatamente
rejeitados. Só há um aviso certo: A alma que pecar, certamente morrerá. E só há
um em quem se possa ter salvação: Jesus (At 4.12).
EDNEIDE SANTANA!!
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