domingo, 14 de abril de 2019






Faz grande diferença a fidelidade do homem com Deus. Quem é fiel no pouco, será administrador de muito, foi Jesus quem disse, mas o coração do homem é enganoso e demasiadamente corrupto e fidelidade não faz parte do pacote básico de atributos humanos.

Houve um rei em Judá que era fiel ao Senhor e fez grandes coisas para o seu povo. Era Josafá (ou Jeosafá), filho de Asa, que também foi um rei fiel a Deus. Josafá reinou por vinte e cinco anos sobre Judá e Deus confirmou seu reinado por causa da sua fidelidade, porque ele rejeitou os ídolos e buscou ao Deus verdadeiro e foi engrandecido pelo Senhor.

No contexto histórico o reino de Israel estava dividido, reinava Josafá em Judá e, ao mesmo tempo, reinava Acabe sobre Israel. Não eram tempos de paz, tanto é que Josafá fortaleceu o exército de Judá, posto que estava sempre esperando um ataque de Israel. O reino dividido não agradava ao coração de Deus, mas foi consequência do pecado de Israel como nação.

Josafá era um excelente administrador e avançou em questões relevantes para a nação, tanto do ponto de vista espiritual, quanto nas questões de governo. Ele retirou os postes-ídolos de Judá, que eram altares dedicados a deuses estranhos, além disso, ele mandou uma comissão composta de sacerdotes e levitas percorrer todas as cidades de Judá para ensinar ao povo sobre o Livro da Lei do Senhor. Foi uma medida importante, porque os hebreus estavam longe do seu Deus já fazia um bom tempo e bem pouco sabiam sobre a lei mosaica.

Nas questões de governo, Josafá edificou cidades-fortalezas e cidades-armazéns e realizou muitas obras estruturantes. Foi Josafá quem criou o sistema jurídico de Judá e colocou juízes em todas as cidades fortificadas para julgar as causas do povo, exortando pessoalmente cada juiz a julgar da parte do Senhor e não dos homens, não aceitando suborno.

Em Jerusalém, o rei Josafá estabeleceu um tribunal superior para resolver as causas controversas com as mesmas recomendações de agir com integridade e imparcialidade. Josafá entendia do riscado.

Pois bem. Este rei competente e fiel ao Senhor foi temido e respeitado pelos povos que habitavam ao redor de seus domínios, inclusive os filisteus, que mandaram presentes quando Josafá foi coroado, mas na verdade os povos temiam era o Deus de Israel, e o que esse Deus poderia fazer, agora que o rei era fiel a Ele.

Um dia os filhos de Moabe e os filhos de Amom resolveram pelejar contra Judá e reuniram um grande exército. Josafá foi avisado da multidão que marchava contra seu reino e temeu.

Bom, ficar com medo é normal, faz parte da natureza humana, o que se faz com o medo que se sente é que faz toda diferença. Josafá poderia ter se escondido debaixo da cama, ou fugido de Jerusalém para salvar sua vida, ou chorar feito menino mimado, mas ele fez a coisa certa: buscou a Deus e apregoou jejum em todo Judá.

Veio gente de todas as cidades para ajudar no pedido de socorro ao Senhor, até crianças, mulheres e idosos e Judá se juntou para jejuar e clamar a Deus. Era uma situação extrema, Josafá estava com o problema do MAIS, os inimigos eram MAIS numerosos, MAIS bem armados, MAIS preparados para a guerra, MAIS incrédulos e MAIS petulantes, estavam desafiando o Deus de Israel, parece que nunca tinham ouvido falar do Deus Poderoso que reinava em Judá.

Josafá se pôs de pé na congregação de Judá e de Jerusalém na Casa do Senhor. O rei fez uma bela e eficiente oração, de todo o seu coração e de toda sua alma, que engrandecia ao Senhor, para em seguida lembrar ao Senhor Sua Palavra e disse Josafá: “Se algum mal nos sobrevier, espada, juízo, peste, ou fome, nós nos apresentaremos diante desta casa e diante de ti, pois teu nome está nesta casa, e clamaremos a ti na nossa angústia, e tu nos ouvirás e livrarás.”(2 Crônicas 20:9).

A oração eficaz tem cabeça, tronco e membros, começa com adoração, depois vem a invocação da Palavra de Deus sobre aquele assunto e só depois vem o pedido e a assinatura: em Nome de Jesus. Não adianta assinar seu nome, ou o nome do Pato Donald, porque Deus só reconhece Jesus como Intercessor entre Ele e os homens.

Josafá fez o pedido e expôs a crise de segurança nacional ao Senhor, então veio o Espírito de Deus no meio do povo sobre a vida de Jaaziel, filho de Zacarias e disse o Senhor: “Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão; pois a peleja não é vossa, mas de Deus. Amanhã descereis contra eles; eis que sobem pela ladeira de Ziz, e os achareis no fim do vale, diante do deserto de Jeruel. Nesta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do SENHOR para convosco, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o SENHOR será convosco.” (2 Crônicas 20:15-17).

Pronto. Estava dada a Palavra de vitória e Josafá se prostrou com o rosto em terra e adorou ao Senhor e todo Judá fez a mesma coisa e se levantaram os levitas e cantores e louvaram a Deus em alto e bom tom. O povo estava consolado em sua aflição, Deus havia dado Sua palavra de vitória sobre o problema, ou seja, havia razões de sobra para adorar o grande e temido Deus de Israel.

Na manhã seguinte, logo cedinho, Josafá e seu exército se levantaram e saíram ao deserto de Tecoa, onde estavam acampados os inimigos, antes, porém, Josafá se pôs de pé e disse: “Ouvi-me, ó Judá, e vós, moradores de Jerusalém: Crede no SENHOR vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis.” (2 Crônicas 20:20).

Josafá se aconselhou com o povo, o que mostra seu caráter humilde e ordenou cantores para louvar o Senhor. O interessante é que estes cantores saíram na frente do exército, eles iam louvando ao Senhor e o exército atrás. Josafá creu na Palavra do Senhor e sabia que um grande milagre estava para acontecer, a estratégia adotada por ele foi a do louvor.

O que aconteceu em seguida foi extraordinário. Quando os cantores começaram a cantar os louvores, Deus pôs emboscadas entre aos exércitos inimigos e eles se mataram sozinhos, a espada de um foi contra o outro. Isso mesmo, os caras se mataram mutuamente e Judá não precisou matar unzinho sequer.

Nisso chegou o atalaia de Judá que estava observando a confusão generalizada no arraial dos inimigos, avisando Josafá o que estava acontecendo e quando eles chegaram e olharam para o acampamento inimigo, estavam todos mortinhos da silva. Nenhum escapou.

O rei Josafá e seu povo só tiveram o trabalho de recolher os despojos, porque era muita riqueza, joias, objetos de valor, armas, etc. Eles recolheram tanta coisa que não podiam levar e passaram três dias saqueando os despojos.

Me diga aí se Deus não é maravilhoso? A multidão dos inimigos de Judá era tamanha que assustou Josafá, mas não tinha como assustar o Senhor dos Exércitos e a vitória foi retumbante. Josafá voltou para Jerusalém com todos os seus homens, não houve baixas no exército de Judá, na verdade ninguém nem viu o inimigo vivo, quando eles chegaram só havia cadáveres e muita riqueza e Josafá e todo Judá se alegraram com grande júbilo, porque o Senhor prevaleceu sobre seus inimigos.

Esta lição serve para você e para mim. Por maiores que sejam nossos problemas, nenhum é insolúvel para Deus. Por mais escaldante que seja o deserto, o Senhor conduz nossos passos para a Sombra do Onipotente. Por mais duras que sejam nossas batalhas, o Senhor dos Exércitos está a frente e nenhum mal nos sucederá.

O que é preciso para garantir a vitória? Exercício de fé, fidelidade a Deus e um coração manso e humilde, como é o de Jesus. É fácil? Não, mas é possível. Acontece rapidinho o milagre? Depende, cada caso é um caso, porém tudo é um processo de cura, de perseverança, de busca. Com algumas pessoas o milagre acontece rapidinho, com outras demora mais tempo.

O importante é dar o primeiro passo, os inimigos de Judá só começaram a se matar quando Josafá e seus cantores e seu exército deram o primeiro passo. Enquanto a gente ficar parado Deus não age, porque Ele não dispensa a nossa parte. O primeiro passo, você já conhece, é reconhecer Jesus como único Salvador, o resto é um processo vitorioso.

EDNEIDE SANTANA!!!


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