quinta-feira, 15 de novembro de 2018

QUEM FOI JEREMIAS?


Quem foi Jeremias?
Jeremias foi um profeta que avisou sobre a destruição iminente de Judá durante os reinados dos últimos quatro reis de Judá. Ele foi rejeitado, desprezado e maltratado por transmitir a mensagem de Deus. Mas, no fim, as profecias de Jeremias se cumpriram.
O chamado de Jeremias
Jeremias era filho de um homem chamado Hilquias, de uma família de sacerdotes. Um dia, Deus falou com Jeremias e disse que o tinha escolhido como profeta. Jeremias se sentia muito novo para ser profeta mas Deus garantiu que estaria sempre com ele e lhe daria as palavras certas (Jeremias 1:6-8).
Deus avisou a Jeremias que o povo era rebelde e iria rejeitar sua mensagem. Mas Deus lhe daria força para enfrentar toda a oposição e perseguição sem desistir (Jeremias 1:17-19).

O que a Bíblia diz sobre profecia?


A Bíblia diz que a profecia é uma mensagem vinda de Deus. O profeta recebe a mensagem e a transmite às pessoas à sua volta. Na Bíblia, a profecia é uma revelação que serve para:
  • Ensinar – sobre Deus e seu relacionamento com a humanidade
  • Confrontar – expor o pecado e chamar ao arrependimento
  • Alertar – sobre os perigos de continuar no pecado
  • Guiar – revelar o que as pessoas deveriam fazer
  • Prever – acontecimentos futuros
O profeta recebia a mensagem diretamente de Deus (Números 12:6). Essa mensagem podia vir na forma de visão, sonho ou palavras. O profeta transmitia a mensagem pregando, escrevendo ou através de suas ações. O trabalho do profeta era muito sério, porque tinha a responsabilidade de transmitir a profecia de maneira correta, sem acrescentar suas ideias ou interpretações pessoais.
Muitos profetas na Bíblia foram perseguidos por causa de suas profecias (Mateus 5:11-12). Isso acontecia porque eles diziam a verdade de Deus, que não era o que as pessoas queriam ouvir. Seus apelos para adorar apenas a Deus e deixar o pecado incomodaram muita gente que não queria mudar.

O que é um falso profeta?

Um falso profeta é uma pessoa que não recebeu uma profecia de Deus mas diz que recebeu. O falso profeta conta sonhos e visões que não vieram de Deus e que transmitem mensagens erradas. Deus está contra os falsos profetas, porque mentem em Seu nome (Jeremias 23:32).
A profecia de Deus tem sempre o propósito de edificar (1 Coríntios 14:3). Se uma profecia não edifica, não ajuda nem exorta a voltar para Deus, provavelmente não vem de Deus. Toda a profecia tem de estar de acordo com a Palavra de Deus. Por isso, é importante analisar cada profecia à luz da Bíblia (1 Tessalonicenses 5:20-22).

Como interpretar uma profecia da Bíblia?

As profecias das Bíblia podem ser divididas em três categorias:
  • Profecias que já foram cumpridas – a Bíblia relata o cumprimento de algumas profecias, pouco ou muito tempo depois de serem transmitidas; outras profecias na Bíblia foram cumpridas no passado mas não foram registradas na Bíblia (como a profecia sobre o império de Alexandre o Grande em Daniel 8:20-22)
  • Profecias sobre o futuro – várias profecias a Bíblia ainda não foram cumpridas; servem para mostrar que Deus sabe o futuro
  • Profecias mistas – falam sobre coisas que já aconteceram e coisas que ainda vão acontecer
Tentar prever o futuro com exatidão usando as profecias da Bíblia não funciona mas podemos aprender muito com o que dizem. Para interpretar uma profecia da Bíblia, é importante:
  • Ver o contexto – o que estava acontecendo nesse tempo? Qual era a mensagem de Deus para as pessoas dessa época?
  • Ver se foi cumprida – a profecia já aconteceu? A Bíblia conta o cumprimento da profecia? A História conta o cumprimento da profecia? A profecia tem partes que ainda não foram cumpridas?
  • Aplicar – o que posso aprender com essa profecia? Essa profecia tem alguma relevância para mim ou para minha comunidade? Preciso mudar alguma coisa?
A vida de Jeremias
Jeremias não teve uma vida fácil. Deus ordenou que ele não se casasse nem formasse família, porque as crianças nascidas nessa época não teriam futuro (Jeremias 16:2-4). Ele também não participava de festas nem ia a funerais, como sinal que Deus havia abandonado seu povo. A vida de Jeremias foi muito solitária.
Por causa de sua mensagem de castigo e destruição, Jeremias foi considerado um traidor, que estava tentando desmoralizar o povo. Ele foi preso várias vezes por suas pregações, foi maltratado e algumas pessoas até tentaram matá-lo! (Jeremias 20:1-2; Jeremias 26:8-9) Mas no meio desse sofrimento todo, Deus protegeu a vida de Jeremias.
Por causa de seus muitos sofrimentos, Jeremias ficou triste e deprimido. Em certa ocasião, ele até quis morrer (Jeremias 20:18). Mas Jeremias continuou confiando em Deus e Ele lhe deu força para continuar.
O ministério de Jeremias
Quando Jeremias começou seu ministério, o rei Josias estava fazendo reformas, tentando levar o povo a adorar a Deus novamente. Mas o coração das pessoas estava virado para a idolatria e não houve verdadeira transformação. Por isso, Deus usou Jeremias para avisar que o castigo estava chegando. Quando Josias morreu em combate, Jeremias escreveu um lamento por ele (2 Crônicas 35:25).
Jeremias continuou avisando o povo do castigo que estava chegando ao longo dos reinados dos próximos três reis. Mas esses reis não eram como Josias. Eles eram idólatras e não temiam a Deus. Em vez de ouvirem Jeremias, eles o viam como uma ameaça. O povo continuou na idolatria e no pecado, ignorando Jeremias.
Jeremias viu o cumprimento de parte de suas profecias. Ele estava em Jerusalém quando Nabucodonosor a conquistou e destruiu (Jeremias 52:12-14). Ele viu o castigo do povo e sofreu muito com isso, porque se importava com seu país. Mas, mesmo depois de ver o cumprimento das profecias, o povo continuou a ignorar os avisos de Jeremias.

Quem foi Nabucodonosor?

Nabucodonosor foi o rei mais poderoso do império babilônico. Ele conquistou o reino de Judá e destruiu Jerusalém. O profeta Daniel serviu na corte do rei Nabucodonosor.
Nabucodonosor reinou sobre a Babilônia durante mais de 40 anos e conquistou várias terras. Também realizou muitas obras de construção na cidade de Babilônia. Muitos artefatos e documentos históricos contam sobre seus feitos e confirmam os relatos da Bíblia.

Nabucodonosor na Bíblia

A Bíblia conta como Nabucodonosor conquistou o reino de Judá. Na sua primeira campanha contra o Egito, Nabucodonosor invadiu Judá e obrigou o rei Jeoaquim a se tornar seu vassalo (2 Reis 24:1). Ele levou alguns jovens da nobreza de Judá, incluindo Daniel e seus amigos, para a Babilônia.
Três anos depois, Jeoaquim se rebelou contra Nabucodonosor. Entretanto, Jeoaquim morreu e seu filho Joaquim subiu ao trono. Mas Nabucodonosor sitiou Jerusalém e Joaquim se rendeu. Nabucodonosor levou Joaquim e todas as pessoas importantes de Jerusalém para a Babilônia (2 Reis 24:15). Também levou muitos tesouros, deixando apenas as pessoas mais pobres.
Nabucodonosor colocou Zedequias, tio de Joaquim, no trono de Judá. Nove anos depois, Zedequias se rebelou e Nabucodonosor sitiou Jerusalém novamente. O cerco durou quase dois anos! Por fim, Nabucodonosor venceu e levou Zedequias prisioneiro para a Babilônia, junto com quase todo o resto do povo de Judá.
Nabucodonosor destruiu o templo de Deus e arrasou Jerusalém (2 Reis 25:8-10). Também mandou matar muitos oficiais israelitas, incluindo alguns sacerdotes. Nabucodonosor era um homem muito violento.

Nabucodonosor e Daniel

Daniel e seus amigos se tornaram importantes na corte de Nabucodonosor, porque Deus lhes deu muita sabedoria e inteligência (Daniel 1:18-20).
No segundo ano de seu reinado, Nabucodonosor teve um sonho que o inquietou. Nenhum dos magos do reino conseguiram dar uma interpretação. Então Deus revelou o sonho e sua interpretação a Daniel. Ele explicou a Nabucodonosor que o sonho era sobre o futuro do império babilônico. Nabucodonosor ficou impressionado com o poder de Deus e elevou Daniel a governante da província da Babilônia (Daniel 2:47-49).
Algum tempo depois, Nabucodonosor criou uma imagem de ouro e ordenou que todos os oficiais do império se prostrassem diante dela. Mas os amigos de Daniel – Sadraque, Mesaque e Abede-Nego – se recusaram a adorar a imagem. Eles apenas adoravam a Deus.
Nabucodonosor ficou furioso com eles e mandou lançá-los numa fornalha muito quente. Olhando para a fornalha, Nabucodonosor viu os três homens de pé junto com uma quarta pessoa, que parecia um “filho dos deuses” (Daniel 3:24-25). Os três saíram ilesos da fornalha e Nabucodonosor ficou maravilhado!
Mais tarde, Nabucodonosor ficou muito arrogante com todos os seus feitos. Ele teve outro sonho e Daniel lhe anunciou que ele iria ficar louco, como um animal, durante “sete tempos”, se não se arrependesse de seus pecados (Daniel 4:27). Nabucodonosor ignorou Daniel e, um ano depois, ficou louco. Ele se comportou como um animal até que reconheceu a soberania de Deus. Nabucodonosor se arrependeu de sua arrogância e deu glória a Deus (Daniel 4:37)
Mesmo assim, Jeremias não desistiu e continuou repreendendo o povo por seus pecados. Ele os chamava ao arrependimento, para o perdão dos pecados. Jeremias também profetizou que, depois de 70 anos, Deus iria trazer restauração. Ele também profetizou sobre uma nova aliança, que um dia Deus iria estabelecer no coração das pessoas (Jeremias 31:33-34). Essa profecia foi cumprida em Jesus. ( MEDITAÇÃO)

EDNEIDE SANTANA!!

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

O que significa sonhar com parentes que já morreram?


O que significa sonhar com parentes que já morreram?

LEI COM MUITA ATENÇÃO!

Você pergunta: Perdi meu pai faz pouco tempo, pouco menos de um ano. Desde que o perdi acontecem coisas muito estranhas comigo. Eu tenho sonhado com ele várias vezes. Os sonhos parecem muito reais. Nos sonhos ele fala comigo, me dá conselhos e até prevê certas coisas que acontecem comigo. O que pode ser isso? Será que meu pai está tentando se comunicar comigo? Como a Bíblia vê esse tipo de coisa? É possível que os parentes que já morreram se comuniquem através dos sonhos?
Cara leitora, isso que está acontecendo com você é algo muito comum e acontece com muitas pessoas que perdem entes queridos. No entanto, é importante entender biblicamente essa questão para que você saiba exatamente o que está ocorrendo com você e tenha uma visão bíblica sobre os parentes que já morreram.

Sonhar com parentes que já morreram, o que pode significar?
(1) A primeira coisa a observarmos é que a Bíblia fala de forma muito clara que não existe a possibilidade de mortos se comunicarem com os vivos, ou seja, nossos parentes que já morreram não fazem qualquer comunicação com os vivos: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo…” (Hebreus 9:27).
Quando morremos temos o nosso destino eterno selado (juízo). Não existe qualquer embasamento bíblico para afirmarmos que almas de mortos ficam vagueando por aí, aparecendo em sonhos, interferindo no mundo dos vivos, etc.
(2) Sendo assim, creio ser importante explicarmos o que ocorre com você. Em primeiro lugar, é muito comum que lembranças de nossos entes queridos, dos nossos parentes que já morreram, estejam presentes de forma muito forte em nossa vida mesmo após a morte deles.
Nesse período de luto é comum que você sinta os cheiros e desperte lembranças. Ouça sons e até ache que a pessoa está realmente ali te chamando. O luto nos coloca em um estado psicológico muito sensível e coisas desse tipo são muito comuns e naturais devido à perda.
(3) Sonhar com entes queridos também é comum. Não há nenhum erro nisso e também nada de sobrenatural. O nosso cérebro tem milhares de lembranças de nossos entes queridos guardadas. Centenas de experiências que passamos juntos geraram conexões muito fortes em nossa memória. Dores que superamos. Conversas importantes que tivemos.
Isso é um vasto material para que o cérebro produza sonhos baseados no que já vivemos com essas pessoas e também em nossas expectativas de que elas estivessem ali para interagir conosco de alguma forma. Juntando a isso toda a ansiedade e dor da perda, é bem comum que nosso cérebro produza esse tipo de sonho com certa frequência, onde nossos parentes que já morreram aparecem de forma muito vivida em nossos sonhos.
(4) Creio que você deve ver esses sonhos que você tem com seu pai como uma bênção de poder vivenciar coisas positivas que viveram ou experiências de interação um com o outro, ainda que no campo dos sonhos. Porém, não ache que haja nada de sobrenatural nisso, pois não há. Descanse em Deus, deixe que Ele cuide daqueles que morreram, pois Ele irá fazer isso muito bem, assim como cuida de nós vivos.
Viva esse momento de luto com tranquilidade, sabendo que Deus curará as feridas abertas pela perda. Aos poucos tudo vai se encaixando e a nova vida sem a pessoa acaba por tomar conta do seu dia a dia e você passa a ter mais controle das lembranças, acessando-as de forma mais controlada e afetiva quando deseja acessá-las.
Mais conhecimento da Bíblia em menos tempo?
Não sei se você é uma dessas pessoas que tem dificuldades de entender a Bíblia. Eu já fui e sofri muito! Mas não me dei por vencido, não me deixei ser derrotado pelos inimigos.
Para onde vai nossa alma depois que morremos?

Você Pergunta: Para onde vão as almas das pessoas depois que elas morrem? Elas já vão para o céu e para o inferno ou permanecem em algum lugar intermediário dormindo? As almas dos falecidos conseguem se comunicar com os vivos e interagir com o nosso mundo?
Caro leitor, todas as almas são propriedade exclusiva de Deus. Ele as criou e elas são Dele. Assim, a Bíblia diz que quando uma pessoa morre, seu espírito volta a Deus. “e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” (Ec 12. 7).
A morte também sela o destino da pessoa. Todos morrem ou salvos ou condenados. Ninguém morre com seu destino final indefinido. Assim, a morte é a batida final do martelo na vida de todos nós. “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hb 9. 27). Morremos uma só vez e depois disso vem sobre nós o juízo. O “juízo” já é uma espécie de julgamento que separam salvos e condenados após sua morte. Esse juízo de Deus separa os salvos para o céu e os condenados para o inferno. Todos, em seus respectivos lugares, aguardam a volta de Jesus Cristo e o dia do grande juízo final.
A Bíblia não nos autoriza a pensar que o espírito fica dormindo aguardando a segunda volta de Jesus Cristo ou em um lugar intermediário. O nosso espírito fica consciente após a morte e aguarda o cumprimento de toda a palavra de Deus na volta de Jesus Cristo (os condenados aguardam no inferno e os salvos no céu). Alguns textos nos indicam essa realidade. Um deles é o que mostra o ladrão que se arrependeu ao lado de Jesus na cruz. “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (Lc 23. 43). Observe que Jesus lhe promete que, após morrer, já se apossaria do paraíso, sem lugares intermediários.
Outro texto que apóia essa realidade é a parábola de Jesus a respeito do rico e do mendigo. O rico morre e vai para o inferno. O mendigo de nome Lázaro também morre, mas vai para o céu. “Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.” (Lc 16. 22-23). Nenhum deles se encontra dormindo. Todos estão acordados e conscientes.
Jesus não usaria uma inverdade como pano de fundo de uma parábola. Assim, essa parábola aponta sim para o destino final de cada um de nós após a nossa morte: Conscientes e já no lugar determinado por Deus.
Com relação a comunicação de vivos com espíritos de pessoas falecidas, não há essa possibilidade. A Bíblia não diz nada que apóie essa ideia, pelo contrário, é totalmente contrária a essa prática. “Quando vos disserem: Consultai os necromantes [pessoas que consultam os mortos] e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?” (Is 8. 19).
Qualquer tipo de comunicação com pessoas falecidas, na verdade, é uma comunicação com demônios enganadores, pois as pessoas falecidas, como demonstrado acima, estão já em seus lugares determinados por Deus aguardando o grande dia da volta do Senhor Jesus Cristo e o cumprimento de toda a palavra determinada por Deus.

DEUS ABENÇOE A SUA LEITURA!!
 EDNEIDE SANTANA!!

domingo, 14 de outubro de 2018

DOUTRINA DO PECADO!!!


A DOUTRINA DO PECADO


I.
  A DEFINIÇÃO DO PECADO

Pecado do hebraico hattah; do grego harmartia e do latim peccatum. O pecado é um mal moral; é violência, corrupção. Errar ou desviar-se do caminho de retidão e honra, fazer ou andar no erro. Pecado significa “errar o alvo”, como um arqueiro que atira, mas erra, do mesmo modo, o pecador erra o alvo final da vida. É também “errar o caminho” como um viajante que sai do caminho certo. Pecado é uma falta de integridade e retidão, uma saída da vereda designada. É uma revolta ou uma recusa de sujeição à autoridade legítima, uma transgressão da lei divina. O pecado é uma fuga ímpia e culposa da lei de Deus; é também culpa, infidelidade, falsidade, engano, dívida, desordem, iniquidade, queda, obstinação, desobediência, falta, derrota, impiedade, erro, morte; pecado, uma ofensa, uma violação da lei divina em pensamento ou em ação etc. (Gn 6.11; Êx 20.1-17; Sl 1.1; 12.2; 24.4; 37.38; 41.6; 51.13; 58.3; Pv 1.22; 19.5, 9; Is 14.13,14; 53.12; Ez 7.23; Mt 6.2; 7.26; Jo 8.44; Rm 1.18; 2ª Tm 2.16; Hb 2.1-3; 3.13; 1ª Jo 3.4).

O pecado nos separa de Deus. O pecado nos tira do meio em que devemos viver. O pecado converte luz em trevas, a alegria em tristeza, o céu e no inferno, a vida: em morte. Pecado é violar a lei moral de Deus. O pecado é o maior e o mais terrível inimigo da alma humana. Ele destrói as promessas, mata as esperanças, dá-nos serpentes em vez de peixes, pedra em lugar de pão, tormento em lugar de prazer. O pecado sempre destrói e nunca edifica; promete, mas nunca cumpre a promessa. Como dizem as Escrituras: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). O autor da epístola aos Hebreus nos exorta a estarmos sempre vigilantes sobre “o pecado que tão de perto nos rodeia” (Hb 12.1). Existe o pecado por comissão (Tg 1.15) e o pecado por omissão (Tg 4.17).

II. O PECADO ORIGINOU-SE NO MUNDO ANGÉLICO

Para se conhecer a origem do pecado, devemos retomar a queda do homem descrita em Gn 3; e olhar atentamente algo que aconteceu no mundo dos anjos. O Senhor Deus criou um número enorme de anjos e todos estes eram bons (Gn 1.31). Porém, Lúcifer e legiões deles rebelaram contra Deus, pelo que caíram em condenação. A época exata dessa queda não é indicada na Bíblia, mas em Jo 8.44, o Senhor Jesus fala do diabo como assassino desde o princípio. O apóstolo João, na sua primeira epístola diz que “o diabo peca desde o princípio” (1ª Jo 3.8). Muito pouco se diz sobre o pecado que ocasionou a queda dos anjos. Mas, quando da exortação de Paulo a Timóteo, a que nenhum neófito fosse designado bispo, “para que não se ensoberbeça e caia na condenação do diabo” (1ª Tm 3.6-AEC).

Atualmente há milhões de pessoas que ousam negar a existência do Diabo. A bíblia porém ensina que ele é real; é um ser pessoal e maligno (Ap 12.10; 1ª Pe 5.8; Is 27.1; Ap 20.2; 2ª Co 4.4).

Podemos concluir com toda convicção, que foi o pecado do orgulho (soberba), de desejar ser como Deus em poder e autoridade (Is 14.12-15).

III.   O HOMEM FOI CRIADO UM SER SANTO


O homem foi criado com um caráter moral e foi lhe dado a capacidade de se tornar santo ou ímpio. O homem foi criado um ser livre e racional. Ele era justo e não injusto, santo, mas não pecador. Ele tinha simplesmente a capacidade de continuar santo ou desobedecer a ordem divina e tornar um pecador. Sendo dotado com razão e livre arbítrio, seu caráter dependia do uso que ele faria daqueles dotes. Se agir certo, ele era justo, mas se agir errado se tornaria injusto. O homem, quando foi criado era certamente inocente de erro. A Bíblia diz em Eclesiastes 7.29: “Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias”.

Deus criou o homem “reto” (yaschar), que quer dizer: moralmente bom, e possuindo a capacidade de escolher e seguir o que é justo e reto.

Adão era um ser reto e possui vida espiritual reta, isto é, era nascido do alto. Deus soprou o fôlego de vida nele que envolveu com vida espiritual. A Bíblia diz que no dia em que ele pecou morreu espiritualmente (Gn 2.15-17). Ao desobedecer a Deus deixou de desfrutar de união espiritual com Deus. E para que ele morresse espiritualmente, era necessário que possuísse vida espiritual, que seu espírito fosse ligado a Deus.

Durante o período indeterminado no qual Adão viveu antes da queda, ele cumpriu a vontade de Deus. Por isso ele estava envolvido espiritualmente com Deus (Gn 2.15). Adão recebia conselho e direção de Deus (Gn 3.8). Mas uma proibição foi imposta a ele: “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.17). Na realidade isto foi numa proporção extremamente inferior a todas as graciosas instruções que vieram de Deus.

Os resultados seriam: ou o favor continuo de Deus, por motivo da sua obediência; ou a imposição da penalidade da morte por motivo de sua desobediência.

Adão estava no começo do caminho, e não possuía os privilégios mais altos que Deus tinha para ele. Eles nunca haviam confrontado uma situação ética onde estava clara a necessidade de escolher entre o bem e o mal. Ele ainda não estava acima da possibilidade de escolher entre o bem e o mal. Foi lhe dado um teste exterior e visível que podia determinar se estava disposto a obedecer a Deus em tudo. Ele podia crescer em santidade, maturidade e ter o gozo dessa vida.

A penalidade infligida a ele se transgredisse o mandamento positivo de Deus mostra que ele podia experimentar a morte física, espiritual e eterna – separação da sua fonte de vida, Deus, e a resultante miséria e tristeza. Mas por outro lado, Adão só podia desfrutar da vida espiritual com Deus, se continuasse na obediência a Sua palavra.

IV.   A NATUREZA DO PECADO

1.      O pecado separa o homem de Deus.
O pecado tira o homem do meio em que deve viver. O pecado converte luz em trevas, a alegria em tristeza, a vida em morte. O pecado é o maior e mais terrível inimigo do homem. Ele destrói as promessas, mata as esperanças, dá serpentes ao invés de peixes, pedra em lugar de pão, tormento em lugar de prazer. O pecado sempre destrói e nunca edifica; promete e jamais cumpre a promessa. Como dizem as Escrituras: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23).

O autor da epístola aos Hebreus exorta à vigilância sobre “o pecado que tão de perto nos rodeia” (Hb 12.1). Existe o pecado deliberado (Tg 1.15) e o pecado por omissão (Tg 4.17).

Infelizmente existem seitas que induzem a prática da imoralidade dizendo que: “a prostituição purifica a alma e o espírito”. Pecar significa transgredir, ferir a lei moral imposta por Deus, ferir a santidade do Criador.

2.      Satanás é quem seduz o homem a pecar.

Satanás é quem seduz o homem ao pecado. Ele é o agente da tentação (Gn 3.1-6). Teologicamente o pecado pode atingir estas três dimensões humanas: corpo, alma e o espírito. Adão ao pecar corrompeu as três partes do homem.

A experiência somente confirma o testemunho das Escrituras: “Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo” (1ª João 2.16).

1. Nos apetites malignos da carne - a concupiscência da carne.
2. No materialismo avarento e transitório - a concupiscência dos olhos.
3. No orgulho da vida sem Deus - a soberba da vida.

Concupiscência da carne: Qualquer pecado da carne; desejo da carne: paixões carnais, imoralidades, glutonaria, bebedice, materialismo manifesto pelos prazeres extravagantes, pelos sentimentos, pelo endeusamento das gratificações mundanas e perversas (Gl 5.19-21).

Concupiscência dos olhos: Cobiça, avidez, ambição desenfreada por riquezas, desejo incontido por aquilo que vê, convicto que ficará plenamente satisfeito quando tiver o objeto da sua avareza, sendo isso um engano.

Soberba da vida: Arrogância de viver, orgulho, jactância, insolência, presunção; o homem que pensa e fala muito de si mesmo e seus bens e benefícios, suas riquezas, seus feitos, sendo estes quase sempre falatórios e exageros seus; um petulante convencido e vaidoso.

Analisamos o texto de Gênesis 3.6, veremos os danos que o pecado causou no ser humano.
“Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu”.

1. No Corpo: “... a concupiscência da carne...”. “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer...”.
2. Na alma: “... a concupiscência dos olhos...”. “... agradável aos olhos...”.
3. No espírito: “... e a soberba da vida...”. “... e árvore desejável para dar entendimento...”.

O Filho de Deus quando estava nesta Terra também foi tentado foi tentado pelo diabo. Tentando no ESPÍRITO, ALMA, E CORPO, mas venceu o pecado e o tentador. Compare a tentação de Jesus:

Lc 4.1-13                                                                     1ª Jo 2.16
Pedras em pães                                                           “Cobiça da carne”.
 Reinos da terra                                                           “Concupiscência dos olhos”.
Pináculo do templo                                                     “Orgulho da vida”.

A causa da alta média de fracassos dentre os líderes cristãos é que estes pensam ser imunes ao pecado. Todo líder sábio que não exercitar o autocontrole poderá cair numa armadilha. Estes são, sem dúvida, alguns dos pecados que tão de perto envolvem os ministros do Senhor (Hb 12.1).

De acordo com 1ª João 2.15, a falta de amor para com Deus abre espaço para que se desenvolva amor pelo mundo, que deixa o crente especialmente vulneráveis a áreas de ataque do inimigo. Se caminhar com fé e firmeza na Palavra, não sentirá inseguro, conseguirá evitar as armadilhas do pecado sexual, da cobiça, e do orgulho. Estas três áreas de pecados acontecem quando há insegurança, falta de fé e confiança no Senhor.

3.      O homem é tentado pela cobiça.

“Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta”. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. “Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz ao pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tg 1.13-15).

Na queda do homem Satanás usou a sedução. A sedução é sempre querida e determinada por um inimigo que deseja o mal. Eva declara ter seduzida pela sombria serpente (Gn 3.13; 1ª Tm 2.14). Nesse sentido, a sedução possui a intenção de desviar alguém da obediência devida a Deus (Dt 13.6; Ef 5.6).

Influenciado por ela, o homem pode enganar-se a si mesmo (Jr 17.9) e deixar seduzir põe seu próprio coração, pelo amor ao dinheiro, pela cobiça, pelo orgulho e por outros males grosseiros (Mt 13.22; Hb 3.13; Tg 1.26; 1ª Jo 1.8). A sedução deve ser relacionada com a cobiça, por ocasião do tropeço, com o escândalo: destino de tudo isso é a “queda”; o “mal” daquele que assim avisa.

As três áreas de queda de qualquer cristão são: o amor pelo sexo oposto (imoralidade sexual), o amor pelo dinheiro (o desejo de se tornar rico), e o amor por posições e proeminência (orgulho).

A. Amor pelo dinheiro.


No grego clássico Pleonexia Pleonexia, significa “uma ganância arrogante”, e o espírito que procura tirar proveito do seu próximo. O verbo correspondente, pleonektein, significa “defraudar” ou “burlar”, é um pecado que o N.T., condena sem poupá-lo, repetidas vezes. A palavra ocorre em Mc 7.22; Lc 12.15; Rm 1.29; 2ª Co 9.5; Ef 4.19; 5.3; Cl 3.5; lª Ts 2.5; 2ª Pe 2.3, 14. A “tradução regular da ARC é” “Avareza”. Uma vez, em Ef 4.19, a ARC a traduz por “avidez”. A ARA mantém “avareza” na maioria das passagens, mas traduz por “avidez” em Ef 4.19, “cobiça” em Ef 5.3, e “intuito ganancioso” em lª Ts 2.5. Tem “cobiça” em Lc 12.15, mas sua tradução regular é “concupiscência”, que usa em sete das passagens. Uma vez, em lª Ts 2.5, usa “egoísmo”. A BV traduz Mc 7.22: “desejo de possuir o que pertence aos outros”.

Políbío, o historiador grego, tem um uso sugestivo da palavra. Pleonexia está ligada com conduta “totalmente desavergonhada”, com “ambição que se excede”, com “violência”, com “injustiça”, com “cupidez” pela qual o homem nos seus melhores momentos sentirá tristeza, com a “capacidade” de um oficial desonesto que está resoluto no sentido de despojar o distrito sobre o qual tem autoridade.

Os moralistas latinos o definem como amor sceleratus habendi, “o maldito amor de possuir”. Teodoreto, o comentarista primitivo, descreve-a assim: “sempre visando obter mais, procurando apanhar as coisas que não são apropriadas ao homem possui”. Cícero definiu avaritia, que é o equivalente latino, como injuriosa appetitio alienorum, “o desejo ilícito pelas coisas que pertencem aos outros”.

Em Lc 12.15 é o pecado do homem que avalia a vida em termos materiais, que pensa que o valor da vida acha-se no número de coisas que o homem possui, o homem cujo único desejo é obter e que nunca sequer pensa em dar.


Em Cl 3.5 é identificada com a idolatria. Pleonexia é a adoração aos objetos em lugar de Deus. Uma moeda é um objeto pequeno, mas se for colocada diante do olho cobrirá a vastidão do sol. Quando um homem tem pleonexia no seu coração, ele perde Deus de vista num desejo louco de obter.
Os moralistas latinos o definem como amor sceleratus habendi, “o maldito amor de possuir”. Teodoreto, o comentarista primitivo, descreve-a assim: “sempre visando obter mais, procurando apanhar as coisas que não são apropriadas ao homem possui”. Cícero definiu avaritia, que é o equivalente latino, como injuriosa appetitio alienorum, “o desejo ilícito pelas coisas que pertencem aos outros”.

Em Lc 12.15 é o pecado do homem que avalia a vida em termos materiais, que pensa que o valor da vida acha-se no número de coisas que o homem possui, o homem cujo único desejo é obter e que nunca sequer pensa em dar.

Em Cl 3.5 é identificada com a idolatria. Pleonexia é a adoração aos objetos em lugar de Deus. Uma moeda é um objeto pequeno, mas se for colocada diante do olho cobrirá a vastidão do sol. Quando um homem tem pleonexia no seu coração, ele perde Deus de vista num desejo louco de obter.

B. O amor por posições e proeminência.

Em lª Ts 2.5 e em 2ª Pe 2.3 descreve o pecado do homem que usa sua posição por vantagem própria, para aproveitar-se das pessoas a quem deve servir, o homem que vê seus vizinhos como criaturas a serem explodidas e não como filhos de Deus que devem ser servidos.

Pleonexia é o pecado do homem que deu livre vazão ao desejo de ter o que não deve, que pensa que seus desejos, apetites e concupiscências sãos as coisas mais importantes do mundo, que vê outras pessoas como objetos a serem explorados, e que não tem outro deus senão ele próprio e os seus desejos.

            Estes pecados entristecem e afastam o Espírito Santo do ser humano. Onde há concupiscência e soberba no coração, não há lugar para o amor do Pai. O homem terá de escolher um ou outro. A mensagem de João é: se alguém ama o mundo, o amor do pai não está nele (Jo 2.15).

C. O Orgulho: A essência do pecado.
Sintomas do orgulho. Os sutis sintomas do orgulho são bem fáceis de perceber, eis alguns exemplos:

 Sou mais importante: Achar que certas pessoas, ou tarefas estão abaixo da sua dignidade, ou pensar que você é o mais importante que os outros porque você tem uma posição de liderança.

Quero ser servido: Aceitar uma honra especial como líder e ser servido pelos outros, ao invés de dedicar-se a servi-los.

 Sou melhor: Paulo exorta conta o “considerarmo-nos mais importante do que deveríamos” (Rm 12.3). O orgulho começa a nos dominar quando se consideramos mais importante do que devíamos.
Deus odeia o orgulho porque ele é a essência do pecado. Satanás caiu por causa do orgulho (Ez 28.17).
  • D. O pecado sexual.

“Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mt 5.27-28).
Adulterar para o judeu, observando-se a letra de Êx 20.14, seria deitar com a mulher do próximo. Mas no tempo da graça, é isto e ainda mais. Se apenas tiver um pensamento impuro é adultério, embora não se pratique o ato (Mc 7.22; Rm 1.29; Ef 4.19; 5.3; 2ª Pe 2.14).
 Aqui está à própria essência da palavra. A essência não é o pecado sexual. A essência é o desejo de ter aquilo que é proibido, o desejo de tomar aquilo que não se deve tomar, o não refrear os apetites e desejos contrários às leis de Deus e dos homens.

E. O que levou o rei Davi pecar no seu palácio?
No livro de 2º Samuel a Bíblia relata o pecado de Davi dizendo: “E aconteceu, à hora da tarde, que Davi se levantou do seu leito, e andava passeando no terraço da casa real, e viu do terraço a uma mulher que se estava lavando; e era esta mulher mui formosa à vista. E enviou Davi e perguntou por aquela mulher; e disseram: Porventura, não é esta Bate-Seba, filha de Eliã e mulher de Urias, o heteu? Então, enviou Davi mensageiros e a mandou trazer; e, entrando ela a ele, se deitou com ela (e já ela se tinha purificado da sua imundície); então, voltou ela para sua casa. E a mulher concebeu, e enviou, e fê-lo saber a Davi, e disse: Pesada estou”. (2º Sam 11.1-5).
O que levou Davi ao pecado foi: A concupiscência dos olhos, a ociosidade e a concupiscência da carne. Davi era o rei de Israel, era casado, mas quando olhou para a beleza da mulher, não se preocupou em saber como era sua vida se era casada ou não e sim em satisfazer o desejo de seus olhos e de sua carne; e fez com que ela viesse á sua presença e deitou-se com ela, e cometeu adultério.
O pecado de Adão e Eva; de Davi e do próprio Lúcifer e muitos outros que a Bíblia relata, são pecados da concupiscência da carne, dos olhos e da soberba da vida.

4. O pecado é um tipo específico de mal.
Nos dias atuais fala-se muito do mal, e relativamente lemos e ouvimos muito pouco a respeito do pecado; esta é uma verdade enganosa. Apesar de todo o pecado ser um mal, nem tudo o que consideramos mal é pecado. Não se deve confundir o pecado com o mal físico que produz prejuízos e calamidades. Existem muitas coisas neste mundo que os homens consideram um mal e que não é pecado. Os ciclones, furacões, as enchentes, os terremotos, as nevasca, secas, etc., são males, mas nenhum deles é pecado. Da mesma maneira, dizemos de animais selvagens, lunáticos perigosos, crianças malvadas, sem querer dizer que são pecadores (Jo 9.1-3). Nossa definição limita o pecado à criatura racional. Como o homem é uma criatura racional, ele sabe que quando faz o que não deveria fazer, ou é o que não deveria ser, é culpado de pecado. O pecado não é uma calamidade que sobreveio inesperadamente ao homem, que envenenou sua vida e arruinou sua felicidade; mas é uma direção que o homem decidiu seguir deliberadamente e que leva consigo miséria inacreditável. Essencialmente, o pecado, não é uma coisa como uma fraqueza, um defeito ou uma imperfeição pela qual não podemos ser responsabilizados, mas é uma verdadeira oposição a Deus. É uma verdadeira transgressão da lei de Deus, constituindo culpa. O pecado é o resultado de uma escolha livre, porém má, do homem. Este ensino é claramente exposto nas Sagradas Escrituras (Gn 3.1-24; Is 48.1-8; Rm 1.16-32).
Nós nos tornamos culpados quando pecamos conscientemente, quando sabemos que certo ato é pecado e ainda assim o praticamos. A Bíblia afirma categoricamente que todos os homens optam pelo pecado (Is 53.6), quando todos decidem fazer o mesmo que Adão fez (Mt 7.13-14). Todos nós, logo que atingimos a idade do discernimento, pecamos voluntariamente. Em outras palavras, nós endossamos o pecado de Adão, pecando. Tornamos-nos voluntariamente transgressores da lei, e conseqüentemente nos achamos sob condenação. Ninguém é condenado pelo pecado de Adão. Isso não seria justo, e Deus não pode ser acusado de injustiça. Ser tentado não é pecado, mas quando cedemos à tentação é que nos tornamos transgressores voluntariamente, e nos colocamos sob condenação. Nós mesmos somos responsáveis pelos nossos pecados e não podemos culpar a ninguém mais. Alguns chegam ao ponto de dizer que nós somos pecadores porque pecamos, mas eu acho que nós pecamos porque cedemos ao pecado.

5. O pecado sempre é dirigido contra Deus.

Não se pode ter uma correta concepção do pecado sem vê-lo em relação com a vontade e a pessoa de Deus. Compreendendo assim, o pecado pode ser interpretado como “falta de conformidade com os preceitos de Deus”. Esta é, sem dúvida, uma correta definição formal do pecado. A grande e central exigência da lei é o amor a Deus. E se, a santidade consiste em amar a Deus, o mal moral, isto é, o pecado consiste no oposto. Pecado é a separação de Deus, a oposição a Deus, o ódio a Deus, e isto se manifesta em constante transgressão da lei de Deus, em pensamentos, palavras e atos. A Bíblia vê o pecado em relação a Deus e sua lei (Rm 1.32; 2.12-14; Tg 2.9; 1ª Jo 3.1).

6. O pecado e essencialmente egoísmo.

A Bíblia Sagrada ensina que a essência da santidade é amar a Deus; o oposto se consiste em que a essência do pecado é amar ao próprio ego. Adão primeiro se inclinou para seu próprio ego, ao invés de obedecer a Deus. O que queremos dizer, é um amor próprio exagerado, que coloca os interesses próprios acima dos interesses de Deus. O egoísmo é a essência do pecado, isto é evidenciado pelo fato de que todas as formas de pecado podem ser traçadas até o egoísmo, que é sua fonte. Assim, os apetites naturais do homem, sua sensualidade, ambições e paixões egoístas brotam de seu ego. O Senhor Jesus ensinou o verdadeiro altruísmo: “Não procuro a minha própria vontade, e, sim, a daquele que me enviou” (Jo 5.30-ARA). Paulo disse que Cristo “morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2ª Co 5.15-ARC). A Bíblia ensina que nos últimos dias os homens seriam “egoístas” (2ª Tm 3.2-ARA). Quando o egoísmo é considerado como uma preferência indevida de nossos interesses aos interesses de Deus, temos no egoísmo à essência do pecado.

Esse juízo teológico implica uma experiência e uma compreensão prévia geral de diversos aspectos do pecado. No capítulo primeiro aos romanos, Paulo pressupõe a desordem humana como experiência antropológica fundamental. O discurso paulino supõe, pois, como óbvio, que todos conhecem a diferença entre o que deve ser e o que é. Paulo esclarece esse ponto, acrescentando dois fenômenos especial impressionantes: apresenta a consciência como o lugar onde se detectam as falhas da conduta humana; onde a acusação subseqüente a falta (“eu não devia”) e a reação de defesa (“não posso ser acusado disso…”) (Rm 2.15). Ao lado dessa experiência interna, ele coloca a experiência interpessoal, segundo a qual o homem usa imagens hostis para si, exaltando a si mesmo e rebaixando os demais. Isso ocorre, por exemplo, quando se mede o outro a partir de uma forma, que recusa aplicar a si mesmo (Rm 2.17-24).

Estudo bìblico
EDNEIDE SANTANA!!



A HISTORIA DE MARIA MADALENA ( RESUMO)

A história de Maria Madalena na Bíblia Maria Madalena, como era chamada, foi uma discípula e seguidora de Jesus . Ela foi cura...