domingo, 23 de agosto de 2015

HISTÓRIA DE ANA E SAMUEL



Samuel o menino que ouviu a voz de Deus.



A Bíblia narra a história de Samuel apresentando-o, inicialmente, como um menino muito querido por Deus. E não só. Pois também Samuel amava muito a Deus. Por isso, desde pequeno, ele aprendeu a ouvi-lo e a transmitir suas mensagens às pessoas. Neste artigo vamos conhecer melhor a história de Samuel. Ela está no livro da Bíblia que tem o seu próprio nome: Primeiro Livro de Samuel (ISm). Comece a leitura no primeiro capítulo, versículo 19 em diante.

Os pais de Samuel chamavam-se El-cana e Ana. Eles se amavam muito e queriam um filho, mas Ana não podia ter nené. Por isso,ela orou, com toda a confiança, pedindo a Deus que lhe desse tal filho.

Passado não muito tempo, Ana ficou grávida e deu à luz um menino. Ela o chamou com o nome de Samuel, que significa "pedido ao Senhor". Seus pais ficaram contentes e agradeceram muito a Deus. Sua mãe cuidava dele com todo amor e carinho. E lhe ensinava muitas coisas. Certamente foi dela que Samuel aprendeu a orar e a ter Deus como um amigo. Sua mãe havia feito uma promessa: de oferecer este seu filho a Deus para que ele se tornasse um sacerdote.

Assim, Samuel dedicaria toda sua vida ao Senhor para servir ao seu
povo. Sem dúvida, este gesto de Ana era muito bonito. Mas você já pensou onde é que Samuel aprenderia a ser sacerdote? Pois, naquele tempo, não havia seminários, como existem hoje, onde se preparam os futuros.

Contudo, seus pais sabiam o que precisavam fazer. Por isso mesmo, quando Samuel era ainda criança, eles o levaram para morar no templo, numa cidade chamada Silo, na antiga Palestina. Seria aí, junto com o sacerdote Eli, que o pequeno Samuel começaria a preparar o seu futuro, como sacerdote. (Leia em ISm 1,24-28 como foi a chegada de Samuel no templo.)

Samuel acostumou-se logo e gostou muito de viver em Silo. Todos os anos, seus pais iam visitá-lo. Eles estavam felizes, e Eli os abençoava. Assim, Samuel foi crescendo. E com muita alegria e dedicação ele servia ao Senhor, na presença de Eli.

Além de Samuel, Eli era ajudado nas tarefas do templo pêlos seus dois filhos: Hofni e Finéias. Estes, ao contrário de Samuel, não se preocupavam com as coisas de Deus, nem com os deveres dos sacerdotes em relação ao povo. Eli, já bastante velho e enfraquecido, sofria muito com isso. Aconselhava-os sempre, mas em nada conseguiu modificar o comportamento dos filhos. Samuel, no entanto, continuava sempre dedicado, e Eli confiava muito nele.

Deus chama Samuel e lhe fala

Assim, a vida de Samuel prosseguia seu ritmo normal. Nela não havia coisas ou visões extraordinárias. Certa noite, porém, algo diferente aconteceu... Eli estava em seu quarto.Também Samuel já estava quase dormindo, quando ouviu uma voz que o chamava: "Samuel, Samuel". Ele pensou que fosse Eli e foi imediatamente procurá-lo e disse: "O senhor me chamou?". Eli respondeu: "Não, volte para a cama e durma". Samuel obedeceu, mas quando estava novamente quase pegando no sono, ouviu de novo: "Samuel, Samuel". Outra vez pulou da cama e correu para Eli: "O senhor me chamou, aqui estou". De novo Eli o mandou de volta para a cama, pois não o havia chamado.

Uma terceira vez, Samuel ouviu o chamado e correu para o quarto de Eli. Então o sacerdote entendeu que era Deus que queria falar a Samuel e disse-lhe que fosse dormir e se voltasse a ouvir a voz dissesse assim: "Fala, Senhor, que estou escutando". Samuel fez direitinho como Eli havia ensinado. Então Deus lhe revelou uma terrível mensagem. Nela Deus comunicava a Eli uma decisão muito importante: ele ia tirar de seus dois filhos o direito de serem sacerdotes. Tudo isso porque eles estavam desrespeitando Deus e o povo.

Samuel compreendeu bem o recado de Deus. E ficou pensativo: "Como vou dizê-lo a Eli? Ele ficará muito triste. Mas Deus tem toda a razão e eu não posso desobedecê-lo". Assim, no dia seguinte. Samuel contou a Eli tudo o quê o Senhor lhe falara. E o sacerdote aceitou as determinações de Deus, através das palavras de Samuel.

Pouco depois, também o povo ficou sabendo de tudo. e Samuel se tomou um profeta no meio deles. Todos tinham grande respeito por ele e diziam: "E um profeta, pois Deus falou com ele, e ele nos comunica as coisas de Deus".

Esse povo é o mesmo que saiu do Egito com Moisés - como vimos na edição de maio último. Eles viviam em constantes lutas com os povos das cidades vizinhas. Os inimigos queriam tirar deles a terra (que Deus mesmo lhes prometera). Por isso, Deus sempre tomava a defesa do seu povo. E com sua ajuda, os inimigos eram facilmente vencidos.

Certa vez, porém, Deus permitiu que o povo fosse derrotado duramente. Em duas batalhas morreram mais de 5 mil homens, inclusive os filhos de Eli. Desgostoso com este fato, o velho sacerdote também faleceu. Depois da morte de Eli, Samuel, embora bastante jovem, começou a orientar o povo sobre o que fazer para vencer os inimigos. Pois como poderiam viver, se suas terras continuassem sendo invadidas e roubadas?

Para sair dessa dificuldade, os líderes do povo se reuniram. E enquanto oravam, pedindo que Deus os livrasse dos inimigos, tiveram também uma idéia brilhante: nomear Samuel como um juiz (chefe) para orientar o povo. Aceitando essa tarefa, Samuel repetiu sua promessa de servir ao Senhor com fidelidade. E com sábias palavras, ele lembrava ao povo seus deveres.

Para que Deus os ajudasse eles deveriam abandonar todos os falsos deuses dos povos estrangeiros, e servir e adorar somente ao único e verdadeiro Deus.

Quando os inimigos souberam dessas decisões, eles ficaram furiosos e atacaram novamente o povo. No início, as pessoas tiveram medo, pois as duas últimas derrotas foram feias.
Samuel, porém, tranqüilizou-as e as encorajou a prosseguir firmes na luta, buscando a ajuda do Senhor. Para isso, Samuel também orou. Sua oração foi atendida, e os inimigos, vencidos. (Veja como se desenvolveu esta batalha, lendo ISm 7, 7-12.)

Assim, o povo pôde dominar toda a região. Reconquistar suas terras e cidades. E, enquanto Samuel esteve com eles, ninguém mais os incomodou.

Então, gostou da história de Samuel? Você percebeu como ele era atencioso com Deus e com o povo? Como ele tudo fazia para ajudar as pessoas nas suas necessidades? O que você achou desse jeito de Samuel servir ao povo? Que ensinamento ele nos deixa?
CONHEÇAMOS MAS UM POUCO DA VIDA DE ANA E SAMUEL.
A VIDA DE ANA, SEUS SOFRIMENTOS E ALEGRIAS

"...eu sou uma mulher atribulada de espírito" (1Sa 1:15).

"... e o seu semblante já não era triste" (1Sa 18).
O seu nome, assim como o seu modo de ser, nos apresenta uma mulher "graciosa" amável, mansa e generosa.
Apesar de possuir estas tão boas características, ela vivia triste.
A Bíblia nos diz que ela e Penina eram esposas de Elcana. Mas enquanto "Penina tinha filhos" ela "Ana não os tinha".
Num lugar mais profundo do seu coração, estava o imenso desejo de ser mãe. A sua alma ansiava por um filho mas a Bíblia diz que "o Senhor lhe tinha cerrado a madre" (1Sa 1:5b).
O seu desejo não estava coincidindo com o desejo de Deus na sua vida naquele momento. O tempo de Deus era diferente do seu tempo, assim como foi o tempo de Sara, o de Rebeca e o de tantas outras mulheres que amavam ao Senhor mas tinham também suas madres cerradas.

No seu casamento com Elcana havia coisas desagradáveis que a faziam sofrer:
1- Elcana, seu marido, não era só dela mas havia uma outra esposa - Penina;
2- o Senhor havia cerrado a sua madre e, assim, ela não podia ter filhos;
3- a sua rival a provocava para a irritar (ela tinha filhos e Ana não).

Apesar da tristeza que carregava consigo, ela tinha um marido que a amava. Ele, muitas vezes, a via chorando. Mas, numa certa ocasião, quando ele e toda a sua família vieram a Siló para adorar e fazer sacrifícios ao Senhor, ele a viu chorando e perguntou-lhe: "Ana, por que choras? E por que não comes? E por que está mal o teu coração? Não te sou eu melhor do que dez filhos?" (1Sa 1:8)

Ah, irmã, Elcana não conhecia o anseio que toda mulher tem de ter filhos. Ana o amava mas queria que o Senhor lhe concedesse o privilégio de ter um filho em suas mãos.

Assim como ela, coloquemos também diante do Senhor...
a) o sofrimento que abate o nosso semblante;
b) nossos momentos de solidão;
c) a amargura que guardamos em nosso coração;
d) a tristeza que invade a nossa alma;
e) a ansiedade que nos faz definhar... e depois...
Adoremos, adoremos e adoremos o Senhor que nunca nos abandona e está sempre cuidando de cada detalhe da nossa vida.

Depois que Ana ouviu o seu marido, Elcana, perguntar-lhe se ele não era "melhor do que dez filhos", ela levantou-se e foi para o templo orar e derramar a sua alma no trono do Senhor. Sim, ela foi adorar a Deus e orar pelos problemas que a estavam deixando triste.
Ana orava e chorava com "amargura de alma". Ela não estava só porque procurou refúgio no Senhor. Deus estava com ela e ouviu quando ela Lhe pediu um filho. Este pedido, no entanto, veio acompanhado de um voto. Ela disse:
"Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres mas à tua serva deres um filho homem, ao Senhor o darei todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha" (1Sa 1:11).

Irmã, este voto que Ana fez ao Senhor, não foi fácil. Mas ela, certamente, o fez porque o Senhor estava trabalhando em seu coração e incutindo nele o desejo de ter algo mais precioso do que apenas ter um filho - mas ter um filho para dá-lo ao Senhor.

Deus ouviu a oração de Ana. Ele veio até ela para satisfazer as suas necessidades, dar consolo e conforto à sua alma. Somente Ele seria capaz de consolar o seu coração, dar alívio, apoio e encorajamento.

"Senhor, meu Deus, obrigada porque Tu conheces o meu coração e cuidas dele.
Obrigada, Pai, por responderes as minhas orações e súplicas.
Perdoa-me pelas tantas vezes que abri a minha alma a muitas pessoas e não me lembrei de abri-la primeiramente a Ti.
Perdoa-me por, muitas vezes, não Te ter colocado em primeiro lugar em minha vida.
Senhor, que eu possa confiar em Ti, sabendo que Tu podes mandar anjos - que são nossos irmãos em Cristo - para nos consolar, aconselhar e nos dar o conforto que vêm única e exclusivamente de Ti.
Obrigada, Pai!"

Deus também a Sua Palavra para nos consolar e confortar. Ele nos diz:
"Isto é a minha consolação na minha aflição, porque a Tua Palavra me vivificou" (Salmo 119:50).

"E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Rom 8:28).

Enquanto Ana chorava e orava silenciosamente, apenas movendo os seus lábios, o sacerdote do templo, Eli, a viu e pensou que ela estivesse embriagada. Ele a repreendeu mas ela, amorosamente, respondeu:
"... Não, senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido; porém tenho derramado a minha alma perante o Senhor" (1Sa 1:15).

Irmã, veja como Ana reagiu. Ela falou com voz mansa, com respeito e dizendo exatamente o que ela estava sentindo.
Será que eu ou você usaríamos o mesmo tom de voz (talvez nos revoltássemos e aumentássemos um pouquinho a nossa voz)?
Será que eu ou você teríamos o mesmo respeito e reverência?

Vemos na Palavra de Deus que o sacerdote, diante do modo respeitoso e sincero de Ana, impetrou a bênção sacerdotal dizendo:
"... Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste" (1Sa 1:17).

A partir daí, o quadro da vida de Ana mudou mesmo tendo que...
* dividir o seu marido com a outra;
* ouvir as ofensas da outra;
* encarar o fato de que ainda era estéril;
* lembrar que foi mal compreendida pelo sacerdote.

Ela saiu do templo feliz e com certeza no coração de que a sua vida, a partir daquele momento, iria mudar.
A Bíblia nos diz que ela "... foi o seu caminho, e comeu, e o seu semblante já não era triste" (1Sa 1:18).
Ana, creu, pois o semblante já não era o mesmo.
Pela fé, ela acalmou a sua alma e repousou no Senhor, esperando apenas o dia em que iria ter em seus braços o filhinho que ela tanto desejava mas que iria ofertar ao Senhor.

Irmã, este é o exemplo a ser seguido por nós. Quando oramos ao Senhor e, com fé, depositamos todos os nossos problemas a Seus pés, então devemos mudar o nosso semblante e deixar o mundo ver em nós um brilho que vem de um coração transformado por confiar em Deus. Isto é fé.
O Senhor, na Sua Palavra, nos diz em Filipenses 4:4:
"Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos."

Por que ficar triste? Por que não confiar? Regozijemo-nos e confiemos que o Senhor é quem controla a nossa vida e é Ele quem deseja o melhor para nós!

A fé depositada por Ana no Senhor, finalmente foi concretizada. Ela teve um filho! Samuel nasceu e ficou com ela apenas dois ou três anos.
Ela amamentou seu filhinho e o preparou para entregá-lo a Deus.
Ela foi fiel no que havia prometido ao Senhor. Ela ensinou os primeiro passos a Samuel mostrando que havia um Deus que ela amava de todo o seu coração. Com ela ele...
1- aprendeu os caminhos de Deus, certamente, vendo o exemplo dela e sua devoção a Aquele que o trouxe ao mundo (Deus);
2- aprendeu os caminhos de Deus ao ouvi-la falar do Senhor, contando-lhe como ela conseguira engravidar;
3- aprendeu os caminhos de Deus vendo-a corrigindo-o e instruindo-o na Palavra de Deus.

Irmã, sigamos estes passos de Ana quando estamos educando os nossos filhos. Não deixemos que eles decidam que caminhos irão seguir quando já estiverem adultos. Ensinemos HOJE e AGORA os caminhos do Senhor usando a Bíblia como nossa bússola.
Entreguemos cada filho nas mãos do Senhor.
Oremos pedindo proteção espiritual para cada um deles e confiemos no amor de Deus que será derramado em suas vidas.
Agora, confiantemente, coloquemos o Senhor no centro de nossa vida e, com fé, façamos como Ana que "foi o seu caminho, e comeu, e o seu semblante já não era triste" (1Sa 1:18).
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EDNEIDE SANTANA!!

JOSÉ DO EGITO




"Às vezes Deus de fato conduz seus filhos ao sofrimento. Mas isso sempre acontece para que, por meio do sofrimento, ele possa produzir um bem maior"
A história de José é uma peça fundamental na saga dos patriarcas. Abraão é apresentado na Bíblia como um exemplo de fé. A história de Isaque, seu filho, revela o caráter provedor de Deus. Jacó, neto de Abraão, demonstra como Deus faz suas escolhas, baseado apenas na sua própria misericórdia, e não no mérito humano.
Na história de José, somos conduzidos a um elemento fundamental, através do qual Deus levou adiante as promessas da aliança: a FIDELIDADE. José é um dos maiores exemplos de fidelidade, no Antigo Testamento. Além, é claro, da tão visível fidelidade de Deus. 

Visão panorâmica da história de José
José, cujo nome provavelmente significa "que Deus acrescente", era o décimo primeiro filho do patriarca Jacó. Seu nome reflete o papel de sua vida na nação de Israel: ele foi o agente de Deus na preservação e na prosperidade de seu povo no Egito, durante o período de fome na terra de Canaã. Essa prosperidade levou os hebreus à condição de nação, 400 anos mais tarde, no Êxodo. Vejamos um esboço da biografia desse irrepreensível servo de Deus:  

·  Gn 30.22-24: José nasceu, quando Jacó, seu pai, ainda trabalhava para Labão, seu sogro. Foi o primeiro filho de Raquel, a mulher a quem Jacó amava. Sua mãe lhe deu esse nome, como expressão do seu desejo de ter outro filho - o que aconteceu no nascimento de Benjamim.
·  Gn 37.2,3: José era responsável por ajudar seus irmãos (Gade, Aser, Dã e Naftali) a pastorearem os rebanhos de Jacó, seu pai; além de ser responsável por prestar relatórios do procedimento deles, enquanto trabalhavam.
·  Gn 37.9-11: José contou a seus irmãos e se pai os sonhos que descreviam seu futuro domínio sobre toda a sua família, inclusive sobre Jacó. Isso aumentou o ódio dos seus irmãos contra ele.
·  Gn 37.12-36: Os irmãos de José armaram uma cilada contra ele, prendendo-o, atirando-o em um poço e vendendo o irmão por vinte peças de prata aos ismaelitas (também chamados de midianitas), como se fosse um escravo. Estes, por sua vez, venderam-no a um "oficial do faraó e capitão da guarda" chamado Potifar.
·  Gn 39: A mulher do seu senhor Potifar, depois de inutilmente tentar seduzir José, acusou-o de tentativa de estupro. Essa acusação levou-o à prisão. Agora, além de escravo, José era um prisioneiro - sem direitos e sem liberdade. Contudo, o autor de Gênesis diz: "Mas o Senhor estava com ele e o tratou com bondade" (v. 21).
·  Gn 40: José interpretou os sonhos de dois prisioneiros especiais - o copeiro-chefe e o padeiro-chefe, funcionários importantes do faraó, que estavam presos devido a alguma acusação contra eles. Com a interpretação dos seus sonhos, José previu o veredicto de faraó sobre eles: o copeiro-chefe seria libertado e restaurado à sua antiga posição e o padeiro-chefe seria condenado à morte.
·  Gn 41.1-36: Dois anos depois o faraó teve dois sonhos, que o deixaram extremamente perturbado. O copeiro-chefe lembrou-se da habilidade de José para interpretar sonhos. Este, por sua vez, decifrou os sonhos do faraó e foi nomeado governador do Egito.
·  Gn 41.37-57: O governo de José foi um sucesso. Durante os sete anos de fartura no Egito, José arrecadou impostos e armazenou mantimentos mais que suficientes para abastecer todo o país durante os próximos sete anos de seca. Quando a fome já havia se espalhado por toda a terra, vinha gente de todas as regiões ao Egito, para comprar trigo de José (vv. 56,57).
·  Gn 42-44: Os irmãos de José desceram ao Egito, em busca de alimentos que pudessem comprar (42.1-3). Antes de revelar sua real identidade aos seus irmãos, José articulou uma série de situações para testar o caráter deles.
·  Gn 45: José revelou a verdade aos seus irmãos, perdoou-os e mandou que eles buscassem Jacó, seu pai, para fugirem da fome que afligia Canaã e viverem como hóspedes especiais do faraó, em uma região fértil do Egito, chamada Gósen.
·  Gn 46-50: Os descendentes de Israel passaram a viver no Egito, onde ficariam pelos próximos 400 anos e se multiplicariam - de uma família de cerca de 70 pessoas, se transformariam numa nação com mais de um milhão de pessoas.
·  Gn 48: Antes de morrer, Jacó adotou os dois filhos de José (Manassés e Efraim), tornando-os participantes da herança dos seus próprios filhos. Essa bênção, que tinha o poder de um testamento profético, transformou-os em patriarcas de duas tribos, das doze de Israel (v. 5) - o que, por sua vez, conferiu a José a bênção dobrada da primogenitura, um direito natural do seu irmão mais velho, Rúben.
·  Gn 50.22-26: José morreu no Egito, depois de passar mais de noventa anos da sua vida longe da terra prometida. Contudo, ele jamais abriu mão da certeza de que Deus um dia, finalmente, cumpriria a promessa de entregar Canaã nas mãos dos seus irmãos, os herdeiros naturais da aliança que Deus fizera com Abraão (vv. 24,25). Esta é, sem dúvida nenhuma, uma das mais belas histórias do Antigo Testamento, por inúmeras razões. Primeiro, porque José foi quem abriu o caminho para que Israel fosse morar no Egito, onde se transformou em uma poderosa nação. Segundo, porque o personagem de José é um tipo que prefigura o caráter e a história de Jesus, o Salvador. E terceiro, porque José se constitui um exemplo de fidelidade inigualável em todo o Antigo Testamento.

Lições sobre a vida de José
A história de José é muito mais que o simples retrato de um homem de grande caráter e de fé admirável. É também um marco decisivo na história do povo escolhido de Deus e um modelo de conduta para todos quantos desejam sinceramente ser fiéis ao Senhor.
1. Deus faz o bem, por meio de tragédias e sofrimentos.
·  A verdade de Rm 8.28 é facilmente comprovada pelo estudo da vida de José. Inúmeras coisas ruins que aconteceram a ele, foram transformadas em coisas boas, e revelaram-se como providências divinas, conduzindo Israel pelos caminhos do amor protetor de Deus.
·  Exemplos:
a) José foi vendido como escravo; Deus o abençoou e ele foi promovido a um cargo de confiança, na casa de um importante oficial do faraó e capitão da guarda.
b) José foi falsamente acusado de estupro; Deus o abençoou e ele conheceu pessoas muito influentes na prisão.
c) O Egito foi afligido por sete anos de seca; Deus utilizou esse tempo para confirmar a habilidade que José tinha para lidar com dificuldades.
·  Estes são apenas alguns dos exemplos da providência divina, realizando seus propósitos, por meio de situações de extrema dificuldade. Existem outros inúmeros exemplos bíblicos que comprovam esse método de Deus de converter o mal em bem (Gn 50.20). 2. O coração do homem é provado nas dificuldades que tem de enfrentar.
·  Tiago diz que devemos nos sentir alegres, quando temos de passar por provações, pois estas cumprem o propósito que Deus tem de desenvolver nosso caráter e fazer-nos amadurecer (Tg 1.2-4). Pedro diz que não devemos ficar desapontados, quando somos afligidos por algum sofrimento, pois é justamente por meio do sofrimento que a nossa fé é provada (1Pe 4.12).
·  Todas as situações de dificuldade que sobrevieram a José estavam carregadas de propósitos divinos, como: conduzir o povo de Israel para uma terra onde eles pudessem ser protegidos e preservados; servir de testemunho da soberania de Deus entre aqueles que não faziam parte da aliança feita com Abraão; e salvar os povos de outras regiões, livrando-os de morrer de fome. Mas é evidente que José desconhecia cada um destes propósitos. A única coisa que José sabia era que devia continuar fiel a Deus, qualquer que fosse a sua situação (Gn 39.9). 3. A providência divina inclui até os pecados que os outros cometem contra nós.
·  Por duas vezes, pelo menos, a vida de José foi drasticamente mudada por força do ódio e da mentira de outras pessoas. Primeiro, aos dezessete anos de idade, José foi atacado por seus irmãos e vendido como escravo. Isso marcou radicalmente a sua história. Segundo, por resistir às investidas da "mulher do chefe", José foi preso, acusado de tentativa de estupro. Mais tarde, sabemos que a mão de Deus estava por trás dessas duas conspirações. É evidente que o fato desses pecados contribuírem com a vontade e o propósito de Deus, não isenta da culpa aqueles que os provocaram. No entanto, é motivo suficiente para nos livrar dos sentimentos de mágoa e ódio, que podem, muito facilmente, serem abrigados em nosso coração (Ef 4.31; Hb 12.15).
·  Por duas vezes José reconheceu que essa confiança era uma razão mais que suficiente para que ele perdoasse seus irmãos (Gn 45.8; 50.20). José sabia que as ações protetoras de Deus também visavam preservar a vida daqueles que o traíram (Gn 45.7). Portanto, a sua atitude deveria ser de cooperar com o propósito que Deus tinha de salvar e proteger seus irmãos (Gn 50.21). Estas são apenas algumas, das inúmeras lições que podemos aprender com o estudo da história desse personagem bíblico, cuja biografia ocupa a terça parte do livro de Gênesis. José foi um personagem tão importante e de caráter tão nobre, que a maioria dos estudantes da Bíblia reconhecem em José e em sua missão muitos paralelismos com a vida e a missão de Jesus. Por exemplo:
·  Ambos foram rejeitados por seus irmãos;
·  Ambos foram vendidos por prata, como escravos;
·  Sofreram em países estrangeiros, pelo bem dos que o afligiam;
·  Demonstraram extrema capacidade de praticar o perdão. Por tudo isso, José é muito mais que um personagem a ser estudado. Ele é um servo de Deus, que deve ser imitado, cujas virtudes devem ser perseguidas por todos os cristãos de hoje.

Questões para reflexão:
1. Em sua opinião, por que é tão difícil demonstrar fidelidade em situações de extrema dificuldade?
2. De todas as virtudes de José, qual faria mais diferença em sua vida, hoje?
3. Você concorda que Deus faz o bem, por meio de tragédias e sofrimentos? Você já comprovou isso alguma vez em sua experiência pessoal?
4. Quais compromissos práticos você acredita que precisa firmar com Deus, diante das lições e das aplicações extraídas desse estudo da vida de José?
  ESTUDO BÍBLICO
EDNEIDE SANTANA!!

UM FARISEU CHAMADO NICODEMOS






Algumas pessoas são diretas, claras, sinceras, outras são retraídas, tímidas e dissimuladas, do tipo que atira a pedra e esconde a mão. Dependendo do ambiente, de quem está presente, os dissimulados vestem a máscara mais oportuna. O status social das pessoas costumam nortear seus comportamentos. Tem muita gente boa que na igreja é bem humilde, mas da porta para fora a coisa muda completamente e se a pessoa tiver um tiquinho de autoridade humana, aí é que a coisa se transforma inteiramente. É triste.

Havia entre os fariseus um homem rico, príncipe dos judeus, cujo nome era Nicodemos. O homem era importante, gozava de uma posição social relevante na nação judaica, era rico, instruído e honrado, um verdadeiro príncipe de seu povo.

Nicodemos ouviu as lições de Jesus e ficou fascinado por aquele Homem Galileu e ele desejava saber mais, entender melhor quem era aquele homem humilde, mas que falava com sabedoria incomum para alguém do povo e Nicodemos queria conhecer melhor Sua doutrina maravilhosa.

O problema é que Nicodemos fazia parte do Sinédrio, o conselho dos judeus e se ele fosse falar com Jesus à luz do dia, certamente seria duramente criticado pelos outros fariseus e Nicodemos tinha uma posição social a honrar, não era qualquer um. Então, Nicodemos resolveu procurar Jesus de noite, ele sabia onde o Mestre costumava passar a noite e foi lá.

Ele chegou elogiando Jesus, dizendo: “Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.” (João 3:2). Jesus nem considerou o elogio e disse: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.”  (João 3:3). Aquilo foi uma ducha de água fria no fariseu arraigado às suas tradições religiosas.

Pense bem, o homem era reconhecidamente religioso e Jesus disse que estava tudo errado, que ele teria de nascer de novo se quisesse entrar no Reino de Deus. Nicodemos era inteligente e sabia do que Jesus falava, mas foi dissimulado, se fez de burrinho e disse: “Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?” (João 3:4). Nicodemos preferiu se fazer de desentendido e considerar a afirmação de Jesus ao pé da letra.

Jesus é Deus e sabia com quem estava falando, que Nicodemos era um homem instruído, profundo conhecedor das profecias e desconsiderou a pergunta infantil dele. Jesus manteve a conversa em nível mais alto e respondeu: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus” (João 3:5).

Água e Espírito. O que é isso? Simples. Nascer da água é a profissão de fé, é o batismo. Quando alguém se batiza está afirmando sua fé, está confessando Jesus como seu Senhor e Salvador. O Espírito Santo é o Deus que está conosco todos os dias, suportando nossas fraquezas, moldando nosso caráter, transformando nossas orações e quem não nascer do Espírito Santo não é servo de Deus.

O batismo com água pode ser só água mesmo, vai depender de quem é batizado, se é sincero ou não, mas o zelo do Espírito Santo, este ninguém finge receber, é espiritual e faz a nossa vida mudar de verdade. É o Espírito Santo que nos faz frutificar em toda boa obra, é Ele que distribui os dons e ministérios na Igreja de Jesus, Ele é o responsável por todas as mudanças exteriores e interiores em nossas vidas depois de reconhecermos Jesus.

A conversa ficou animada e Jesus continuou ensinando aquele doutor da lei e disse: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” (João 3:6-8).

O que nasce da carne é complicado, porque a carne, gente, tende a tudo o que não presta. Veja o que são as obras da carne: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.” (Gálatas 5:19-21). A carne luta incessantemente contra o espírito. Não é fácil vencer as obras da carne e nossa tendência natural ao que não presta, só mesmo o Espírito Santo pode nos fortalecer o espírito para vencermos nosso inimigo íntimo: a carne, a tendência humana.

Tem muita gente boa que vive caindo em tentação e sabe por quê? Porque a carne é fraca e o espírito não ajuda. Quem não alimenta o espírito acaba fortalecendo a carne e aí é uma tristeza, só faz o que não deve.

Pois bem, voltando a Nicodemos. O homem queria de fato entender o que Jesus estava ensinando, ele sabia que aquele nazareno podia ser o Messias esperado pela nação judaica e queria saber mais de Jesus e perguntou: “Como pode ser isso?”(João 3:9).

Era tudo novo para Nicodemos e ele continuava tentando defender seus princípios religiosos, não era fácil mudar de uma hora para a outra e até hoje é assim, muitas pessoas ficam presas a dogmas, princípios religiosos ou apenas a uma religião que “herdou” de seus pais.

Jesus provocou Nicodemos, porque queria que ele visse Sua doutrina de outro ângulo e não apenas as palavras soltas ao vento de um certo Galileu e disse: “Tu és mestre de Israel, e não sabes isto? Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos, e testificamos o que vimos; e não aceitais o nosso testemunho. Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (João 3:10-12) Jesus estava falando Dele próprio, estava se queixando da incredulidade dos judeus. Jesus veio para os Seus e os Seus não o receberam. Jesus foi rejeitado pelo povo judeu.

Nicodemos escutava atentamente o que Jesus dizia, ele bebia direto da fonte, pois antes de conversar com Jesus ele não entendia nada, então Jesus começou a estabelecer a verdade de Sua pregação, que são hoje a base da mensagem de salvação e disse: “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (João 3:14-18)

Nicodemos ouvia tudo calado. Argumentos, dogmas, princípios religiosos não poderiam rebater a plena verdade. Jesus falava com a autoridade de Deus, mas com o amor do Pastor que cuida de Suas ovelhas. Nicodemos se calou diante da Voz que prega uma verdade límpida, inconteste.

Por fim, Jesus completou: “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” (João 3:20-21). Estas foram as últimas palavras de Jesus para o rico fariseu. Não houve qualquer contestação da parte de Nicodemos, ele não falou nada e foi embora, em silêncio, guardando aquelas palavras cheias de autoridade que Jesus havia dito a ele.

Depois disso Jesus foi com Seus discípulos para a Judéia. Provavelmente nunca mais conversou com Nicodemos, mas certamente o encontrou outra vez no dia em que Ele foi entregue ao Sinédrio para ser julgado.

Não sabemos o que o encontro com Jesus gerou em Nicodemos. A Bíblia nada diz a respeito disso. A vida continuou para aquele fariseu interessado em entender a nova doutrina pregada por Jesus de Nazaré. A vida sempre continua. Os encontros e desencontros escrevem a nossa história pessoal. Não desperdice a oportunidade de reconhecer Jesus como seu Senhor e Salvador, não faça como Nicodemos que se calou diante do encontro com o Rabi (Mestre). Faça de seu encontro com o Mestre o grande acontecimento de sua vida, aquele encontro que muda o futuro e apaga o passado, esta é uma das especialidades de Jesus.

ESTUDO BÍBLICO
EDNEIDE SANTANA!!

A HISTORIA DE MARIA MADALENA ( RESUMO)

A história de Maria Madalena na Bíblia Maria Madalena, como era chamada, foi uma discípula e seguidora de Jesus . Ela foi cura...