O verdadeiro significado da
Páscoa
O
verdadeiro significado da Páscoa
Qual o
verdadeiro sentido da Páscoa?
A Escritura Sagrada, a Bíblia é a única fonte
segura sobre este assunto. A verdadeira Páscoa foi
instituída muito antes de Jesus vir ao mundo e foi comemorada para
celebrar a libertação dos israelitas da escravidão de Faraó na terra do Egito,
mas não somente isto. A Páscoa prefigurava o sacrifício de Cristo em nosso
favor. Portanto, é essencial compreendermos a relação da primeira páscoa
com a instituição da Ceia por Cristo, quando Ele mesmo a celebrou antes de ir à
cruz como o sacrifício vivo e perfeito por nossos pecados.
A Páscoa do Senhor
A celebração da Páscoa foi instituída pelo Senhor
ao anunciar a décima e última praga sobre o Egito: a morte dos primogênitos.
Moisés fora instruído por Deus sobre como realizar a Páscoa: cada família
israelita teria que sacrificar um cordeiro e o sangue deste seria usado para
molhar os umbrais das portas, pois à meia noite o anjo destruidor passaria ali.
A páscoa
judaica: cada casa deveria ser marcada com sangue: a segurança
Páscoa, o que quer quer dizer? O relato bíblico nos
ensina que a casa onde não houvesse a marca do sangue o primogênito morreria.
Assim está escrito: “E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que
estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós
praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.” (Êxodo 12.13) Daí o
nome em hebraico “Pessach”, que significa “passagem” ou “passar por cima”. O
significado da páscoa é, portanto, livramento
da morte, salvação.
O
cordeiro -símbolo de Cristo a morrer por nossos pecados
Naquela noite memorável os hebreus comeram o
cordeiro acompanhado de pão ázimo (sem fermento) e ervas amargas. Estas
ervas simbolizavam o sofrimento deles sob a jugo de Faraó. Em Êxodo 12.5 lemos
assim: “O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual
tomareis das ovelhas ou das cabras.” (Êxodo 12.5); Em Êxodo 12.7,8 lemos ainda:
“E tomarão do sangue, e porão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas
casas em que o comerem. E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães
ázimos; com ervas amargosas a comerão.”
O aspecto mais importante da
páscoa
Um dos
momentos mais esperados por Cristo: a ceia, após a última páscoa
Como foi dito. todo o cerimonial da Páscoa
israelita apontava para Cristo. Antes de seu sacrifício na cruz ele também
celebrou a Páscoa com seus discípulos. Em Lucas 22.15 lemos assim: “E, chegada
a hora, pôs-se à mesa, e com ele os doze apóstolos. E disse-lhes: Desejei muito
comer convosco esta páscoa, antes que padeça.” Cristo deixou claro que o
cordeiro pascal simbolizava ele mesmo. De fato, João Batista já havia
proclamado publicamente sobre Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado
do mundo.” (João 1.29)
“E,
tomando o cálice, e dando graças” (Mc 14.23)
Cristo usou pão e vinho para simbolizar seu
sacrifício: Em Lucas 22.19,20 lemos: Então ele “tomando o pão, e havendo dado
graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado;
fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia,
dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por
vós.”
No
Getsêmani – a maior das provações.
Lucas continua o relato: “E, saindo, foi, como
costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram;
E quando chegou àquele lugar,disse-lhes: Orai, para que não entreis em
tentação. E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos,
orava, Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a
minha vontade, mas a tua. E apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia. E,
posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes
gotas de sangue, que corriam até ao chão.” (Lucas 22.39-44)
“…e como
está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, Assim não abriu a sua boca.”
(Atos 8.32b)
O profeta Isaías falou sobre o sacrifício de Jesus
Cristo, como o Cordeiro de Deus: “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a
sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda
perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.” (Isaías 53.7);
“E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que
nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca.
“Ele foi
ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas
iniqüidades.” (Is 53.5)
Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o
enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado,verá a sua
posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na
sua mão. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o
seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos;porque as
iniqüidades deles levará sobre si.” (Isaias 53.9-11)
O Egito simboliza o mundo
As pragas enviadas por Deus desmoralizaram
completamente os ídolos do Egito. A noite da páscoa foi seguida pela saída dos
israelitas do Egito o qual simboliza a separação do povo de Deus da corrupção
do mundo. No Novo Testamento significa se apartar de um estilo de vida mundano.
Cristo orou pelos discípulos: “Não peço que os tires do mundo, mas que os
livres do mal.” (João 17.15)
Uma páscoa mundana
Uma
pascoa destituída da verdade
O mundo por não conhecer o verdadeiro
significado da páscoa celebra uma páscoa completamente diferente se
comparada à verdade da Bíblia, portanto seus elementos pagãos, não possuem
relação nenhuma com o verdadeiro ensino das Escrituras.
Temos uma advertência na Bíblia isto: “Tende cuidado, para que ninguém vos faça
presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos
homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.” (Colossenses
2.8)
Israel
sob o jugo do Egito.
Faraó representa o diabo
Pode até parecer estranho, mas o príncipe do Egito
agia sem compaixão para com os israelitas. Quem agora está em Cristo, e veio de
um estilo de vida mundano lembra muito da época da escravidão no pecado.
Em Efésios 2.2 lemos assim: “Em que noutro tempo andastes segundo o curso
deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora
opera nos filhos da desobediência.” Em Colossenses 1.13.14 lemos também:
“O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do
Filho do seu amor; Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a
remissão dos pecados.”
O fermento – símbolo do
pecado
Em 1 Coríntios 5.7,8 lemos: “Alimpai-vos, pois, do
fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento.
Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Por isso façamos a festa,
não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com
os ázimos da sinceridade e da verdade.” A morte dos primogênitos no Egito
simboliza aqueles que ainda não tiveram a purificação de seus pecados no
sangue de Cristo e por isso estão debaixo da ira de Deus. Para os justificados
a promessa é esta: “Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu
sangue, seremos por ele salvos da ira.” (Romanos 5.9)
Páscoa – a libertação do pecado
Cristo realizou a última pascoa de fato e a
substituiu pela Ceia do Senhor. Por este memorial se comemora a libertação do
poder do pecado e da morte espiritual. Cristo se expressou assim: “Se o Filho
vos libertar verdadeiramente sereis livres.” (João 8.36) Em Hebreus 2.14 lemos:
“E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou
das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da
morte,isto é, o diabo.” Logo após a primeira páscoa celebrada por Moisés
o povo seguiu rumo a Canaã. Igualmente a Ceia do Senhor também
proclama a volta de Cristo para levar para si os que entraram em aliança com
ele através de seu sacrifício. Em 1 Coríntios 11.26 está escrito: “Porque todas
as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do
Senhor, até que venha.”
Páscoa – prontidão para partir
No Egito o povo sabia que partiriam a qualquer
momento. A páscoa foi comida às pressas significando prontidão para partir.
Quem está em Cristo também deve estar vigilante e preparado para partir a
qualquer momento. Cristo não marcou a hora de sua volta. Assim está escrito:
“Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à
meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã.” (Marcos 13.35) A volta de
Cristo é a maior esperança de quem foi liberto do poder do pecado. Ele voltará
e nos condizirá à Canaã celestial. Em Filipenses 3.20 lemos: “Mas a nossa
cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus
Cristo.” Então o significado da pascoa só tem sentido para quem realmente
atenta para o que Deus comunicou-nos através de sua Palavra. Estamos
preparados para a vinda do Senhor a qualquer momento? Já estamos libertos do
poder do pecado? Por que esta pergunta? O alto preço pago por Cristo pela
nossa salvação não faz diferença nenhuma se continuamos vivendo mortos em
pecados. Vivendo assim não estamos livres da condenação. Em Gálatas
5.1 lemos: “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não
torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão.” Caso ainda não tenha
recebido a Cristo como salvador, apresse-se. A Escritura diz “ouvi-te em tempo
aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável,
eis aqui agora o dia da salvação.” “Se confessarmos os nossos pecados, ele é
fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.”
(1 João 1.9) Em fim a páscoa só tem um sentido real se compreendermos o que ela
significava no passado e como tudo se cumpriu no sacrifício perfeito de Cristo.
A Deus seja a glória.
ESTUDO BÍBLICO (ESCOLA DOMINICAL)
EDNEIDE SANTANA!!