domingo, 18 de agosto de 2013
UMA VISTA PANORÂMICA DA BIBLIA
A Revelação de Deus:
Uma Vista Panorâmica da Bíblia
Deus criou o homem como um ser inteligente para ter comunhão com ele. De todas as criaturas, o homem é o único feito à imagem de Deus (Gênesis 1:27). Desde a criação, Deus tem desejado que escolhamos imitá-lo e estar com ele. Para fazer isso, precisamos saber quem ele é e o que ele deseja de nós. É por isso que Deus nos deu a Bíblia. Ela é a revelação de Deus para nos equipar para toda a boa obra (2 Timóteo 3:16-17). Ela começa com a história da criação, para nos mostrar o quanto Deus nos ama e o quanto ele quer que estejamos com ele. Ela também nos mostra o quanto ele odeia o pecado e a desobediência, as barreiras que nos separam de nosso Criador.
Duas Grandes Divisões: O Velho E O Novo Testamentos
A Bíblia é dividida em duas partes maiores, conhecidas como o Velho Testamento e o Novo Testamento. O Velho Testamento fala sobre a criação do homem e de suas lutas sem sucesso contra o pecado. Ele nos ajuda a ver o que é o pecado e a entender suas conseqüências, mas não revela completamente a solução (Romanos 3:19-23). O Novo Testamento dá a resposta ao problema do homem na pessoa de Jesus Cristo (Romanos 1:16-17). Apesar de que algumas pessoas ainda o rejeitem, ele é o único meio de salvação (Atos 4:11-12).
Referimo-nos a essas partes da Bíblia como testamentos ou alianças, porque elas mostram como Deus revelou sua vontade a diversas pessoas em diferentes épocas. O Velho Testamento é principalmente sobre o povo de Israel, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Deus os escolheu como nação especial e fez um pacto com eles. Ele comunicou-lhes a lei no Monte Sinai e a entregou por intermédio de Moisés, seu servo fiel. Essa aliança foi dada para proteger o povo do mal enquanto ilustrava, muito claramente, a conseqüência mortal do pecado. Sem a informação que nos é dada no Velho Testamento, seria difícil entender as palavras de Paulo: "... porque o salário do pecado é a morte..." (Romanos 6:23). Hoje, entendemos muitas coisas importantes no Velho Testamento. Aprendemos sobre a natureza do Deus verdadeiro que governa o futuro e nunca quebra suas promessas (Romanos 15:1-4). Observamos os perigos da desobediência (1 Coríntios 10:1-13). Encontramos alguns detalhes do plano perfeito de Deus quando ele prepara o envio de seu Filho para nos salvar (João 5:39).
Mas o Velho Testamento não foi destinado a ser a palavra final. Deus enviou mensageiros para entregá-lo, mas já estava preparado para enviar seu próprio Filho para dar a revelação completa e final de sua vontade para todos os homens (Hebreus 1:1-2). Jesus prometeu aos apóstolos que eles seriam guiados pelo Espírito Santo "... a toda a verdade..." (João 16:13). Eles serviram como "vasos de barro" para comunicar a verdade a todos os homens (2 Coríntios 4:7; Colossenses 1:23). Eles a escreveram nos livros que agora temos, denominado como Novo Testamento, e declararam que a fé havia sido entregue "... uma vez por todas... aos santos" (Judas 3). Ninguém tem o direito de acrescentar a esta revelação ou pregar qualquer outra doutrina (Gálatas 1:6-9). É errado ir além do que nos foi revelado na palavra de Cristo (1 Coríntios 4:6; 2 João 9).
Para nos ajudar a entender e apreciar a mensagem da Bíblia, consideremos brevemente o conteúdo dos 66 livros dos quais ela se compõe. Se você é um estudante novo, estas notas o ajudarão a saber um pouco sobre o contexto de cada livro. Se você já estudou cuidadosamente toda a Bíblia, estas observações o ajudarão a relembrar a beleza e a unidade de sua mensagem.
O Velho Testamento: 39 Livros Apontando para o Cristo
Podemos dividir o Velho Testamento em quatro categorias de livros.
Œ Cinco Livros da Lei, Também Conhecidos como o Pentateuco
Gênesis fala da criação do universo e de sua corrupção pelo pecado. Esse livro começa a contar como Deus enviaria um descendente de Abraão para salvar os homens de seus pecados. Êxodo continua a história da família de Abraão, conhecida como o povo de Israel. Depois de quatro séculos no cativeiro egípcio, esse povo foi salvo por Deus e eleito como seu povo especial. Esse livro conta o começo de sua jornada em direção à terra prometida de Canaã, e registra os mandamentos que Deus deu a Moisés e aos israelitas no Monte Sinai. Os próximos três livros, Levítico, Números e Deuteronômio continuam a mesma história, terminando com a morte de Moisés pouco antes do povo entrar na terra prometida.
Doze Livros de História
Após a morte de Moisés, Josué conduziu o povo na conquista da terra que Deus tinha entregue a eles. Depois que Josué morreu, o Senhor usou uma série de Juízes para salvar os israelitas, repetidamente, das conseqüências de seu próprio pecado. O pequeno livro de Rute é uma linda história do amor e da lealdade ocorrida nesse período de tempo. 1 Samuel é um livro de transição no qual lemos sobre o fim do período dos juízes e sobre o começo da monarquia em Israel. 2 Samuel, 1 e 2 Reis e 1 e 2 Crônicas falam dos reis que reinaram sobre os descendentes de Abraão. Alguns foram muito bons e piedosos, mas alguns foram tiranos egoístas. O povo seguiu seus líderes ímpios e persistiu na idolatria. Deus foi paciente durante longo tempo, mas finalmente usou forças estrangeiras para derrotar e levar o povo em cativeiro. Esdras, Neemias e Ester falam desse cativeiro e também como Deus libertou o povo e permitiu-lhe voltar à sua própria terra.
Ž Cinco Livros de Sabedoria
"O temor do Senhor é o princípio do saber…" (Provérbios 1:7). Essa é a mensagem ressaltada através dos cinco livros que chamamos livros de sabedoria ou poesia. Jó é um livro sobre o sofrimento. Pessoas justas sofrem, sim, e nem sempre sabem o porquê. Mas, podemos sempre confiar em Deus quando enfrentamos dificuldades. Os Salmos são cânticos de louvor que foram usados freqüentemente no templo ou na adoração individual. Eles glorificam a grandeza e a misericórdia de Deus. Provérbios são breves afirmações de sabedoria prática. Aqui aprendemos como conviver com outras pessoas e a importância de se preparar para a eternidade. Eclesiastes fala da busca de um homem pelo significado da vida, e conclui que não há significado nenhum longe do Criador. Cântico dos Cânticos é uma história de amor. Uma mulher jovem precisa escolher entre o conforto com um homem rico e o amor completo de um pobre.
Dezessete Livros de Profecia
Os livros restantes do Velho Testamento são mensagens enviadas por vários pregadores inspirados, conhecidos como profetas. Eles estão relacionados no mesmo período de tempo coberto pelos livros de história, e a maioria deles fala sobre os descendentes de Abraão. Esses livros incluem referências ocasionais ao futuro, especialmente profecias sobre a primeira vinda de Jesus Cristo. Os primeiros cinco desses livros, por serem eles geralmente mais longos, são conhecidos como os profetas maiores. Isaías escreveu cerca de 700 anos antes de Cristo e usou a queda de Israel (a maioria dos descendentes de Abraão) para advertir Judá (as tribos restantes) que precisavam arrepender-se. Jeremias veio cerca de 100 anos mais tarde e deu as advertências finais de Deus ao povo rebelde de Judá antes de sua queda. Ele também escreveu Lamentações, um livro de luto por causa da destruição de Jerusalém. Ezequiel e Daniel estavam entre os cativos de Judá. Eles instaram o povo a arrepender-se e assegurou-o de que Deus o resgataria de seu cativeiro.
Os 12 livros restantes do Velho Testamento são chamados Profetas Menores, porque são mais breves. Sua mensagem não é menos significativa. Alguns deles foram escritos por volta do tempo das quedas de Israel (Amós, Oséias e Miquéias) e de Judá (Sofonias e Habacuque). Joel adverte o povo de Judá quanto à necessidade de arrependimento. Jonas e Naum falam das conseqüências dos pecados do povo de Nínive e Obadias adverte os edomitas sobre sua punição iminente. Os últimos três profetas do Velho Testamento (Ageu, Zacarias e Malaquias) encorajaram o povo que havia retornado do cativeiro a servir a Deus fielmente.
O Novo Testamento: 27 Livros que Mostram como Seguir a Jesus
Podemos dividir o Novo Testamento também em quatro categorias maiores, baseadas no conteúdo dos livros.
Œ Quatro Livros Sobre a Vida de Cristo
Os primeiros quatro livros do Novo Testamento são relatos biográficos que registram a vida e o ensinamento de Jesus na terra. Cada livro (Mateus, Marcos, Lucas e João) salienta pormenores diferentes da vida do Senhor. Para melhor entendimento, eles devem ser estudados juntos.
Um Livro Sobre a Obra dos Cristãos Primitivos
O livro de Atos fala das obras dos cristãos primitivos (especialmente Pedro e Paulo) durante cerca de 30 anos depois da morte e ressurreição de Jesus.
Ž Vinte E Uma Cartas aos Cristãos
Paulo escreveu a maioria delas. Ele enviou diversas cartas a igrejas (Romanos, 1 e 2, Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses) e outras a alguns indivíduos cristãos (1 e 2 Timóteo, Tito e Filemom). Não sabemos quem escreveu Hebreus, um livro extremamente valioso mostrando a supremacia de Cristo. Quatro discípulos de Cristo escreveram as cartas restantes que foram identificadas pelos nomes de seus autores: Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João e Judas.
Um Livro de Profecia
O livro de Apocalipse foi escrito para confortar os cristãos perseguidos com a convicção que Cristo seria vitorioso sobre todos os seus inimigos. Esse livro nos ajuda a ver Cristo como ele verdadeiramente é: poderoso e triunfante sobre Satanás e seus aliados! Ele nos assegura que nós, também, podemos ser vitoriosos sobre o mal.
O Desafio para Estudar a Bíblia
Desde Gênesis até Apocalipse, a Bíblia é uma mensagem do amor de Deus por nós. Devemos estudá-la diligentemente todos os dias para que cresça o nosso entendimento de como glorificar nosso Criador e Redentor.
EDNEIDE SANTANA!!
A SEGUNDA VINDA DE JESUS
A Segunda Vinda de Jesus
Jesus prometeu aos Seus discípulos que Ele regressaria de novo. A Bíblia diz em João 14:1-3 “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”
Os anjos prometeram que Jesus viria de novo. A Bíblia diz em Atos 1:10-11 “Estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles apareceram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por que ficais aí olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi elevado para o céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.”
Como regressará Jesus? A Bíblia diz em Lucas 21:27 “Então verão vir o Filho do homem em uma nuvem, com poder e grande glória.”
Quantos o verão quando Ele vier? A Bíblia diz em Apocalipse 1:7 “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.”
Que veremos e ouviremos quando Ele voltar? A Bíblia diz em 1 Tessalonicenses 4:16-17 “Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.”
Quão visível vai ser a Sua Vinda? A Bíblia diz em Mateus 24:27 “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem.”
Como nos preveniu Jesus para que não sejamos enganados sobre a Sua Segunda Vinda? A Bíblia diz em Mateus 24:23-26 “Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis; porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que de antemão vo-lo tenho dito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis.”
Alguém sabe a hora exata da Sua vinda? A Bíblia diz em Mateus 24:36 “Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai.”
Sabendo quão humano é adiar tudo, que nos diz Cristo que devemos fazer? A Bíblia diz em Mateus 24:42 “Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.”
Como nos preveniu Jesus para que não sejamos surprendidos por este acontecimento? A Bíblia diz em Lucas 21:34-36 “Olhai por vós mesmos; não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e aquele dia vos sobrevenha de improviso como um laço. Porque há de vir sobre todos os que habitam na face da terra. Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que hão de acontecer, e estar em pé na presença do Filho do homem.”
Porquê que Jesus está demorando tanto? A Bíblia diz em 2 Pedro 3:8-9 “Mas vós, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se.”
Enquanto esperamos por Jesus, como devemos viver a nossa vida? A Bíblia diz em Tito 2:11-14 “Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos, para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos no presente mundo sóbria, e justa, e piamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, que se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo todo seu, zeloso de boas obras.”
Como estará o mundo quando Jesus regressar? A Bíblia diz em Mateus 24:37-39 “Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem.”
Será a Vinda de Cristo uma altura para recompensas? A Bíblia diz em Mateus 16:27 “Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então retribuirá a cada um segundo as suas obras.” A Bíblia diz em Apocalipse 22:12 “Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda.”
Porquê Jesus regressará? A Bíblia diz em Hebreus 9:28 “Assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.”
Na Segunda Vinda de Cristo, finalmente teremos a completa realidade da nossa salvação. A Bíblia diz em 1 Coríntios 1:7-8 “De maneira que nenhum dom vos falta, enquanto aguardais a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual também vos confirmará até o fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo.”
EDNEIDE SANTANA!!
Jesus prometeu aos Seus discípulos que Ele regressaria de novo. A Bíblia diz em João 14:1-3 “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”
Os anjos prometeram que Jesus viria de novo. A Bíblia diz em Atos 1:10-11 “Estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles apareceram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por que ficais aí olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi elevado para o céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.”
Como regressará Jesus? A Bíblia diz em Lucas 21:27 “Então verão vir o Filho do homem em uma nuvem, com poder e grande glória.”
Quantos o verão quando Ele vier? A Bíblia diz em Apocalipse 1:7 “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.”
Que veremos e ouviremos quando Ele voltar? A Bíblia diz em 1 Tessalonicenses 4:16-17 “Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.”
Quão visível vai ser a Sua Vinda? A Bíblia diz em Mateus 24:27 “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem.”
Como nos preveniu Jesus para que não sejamos enganados sobre a Sua Segunda Vinda? A Bíblia diz em Mateus 24:23-26 “Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis; porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que de antemão vo-lo tenho dito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis.”
Alguém sabe a hora exata da Sua vinda? A Bíblia diz em Mateus 24:36 “Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai.”
Sabendo quão humano é adiar tudo, que nos diz Cristo que devemos fazer? A Bíblia diz em Mateus 24:42 “Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.”
Como nos preveniu Jesus para que não sejamos surprendidos por este acontecimento? A Bíblia diz em Lucas 21:34-36 “Olhai por vós mesmos; não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e aquele dia vos sobrevenha de improviso como um laço. Porque há de vir sobre todos os que habitam na face da terra. Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que hão de acontecer, e estar em pé na presença do Filho do homem.”
Porquê que Jesus está demorando tanto? A Bíblia diz em 2 Pedro 3:8-9 “Mas vós, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se.”
Enquanto esperamos por Jesus, como devemos viver a nossa vida? A Bíblia diz em Tito 2:11-14 “Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos, para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos no presente mundo sóbria, e justa, e piamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, que se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo todo seu, zeloso de boas obras.”
Como estará o mundo quando Jesus regressar? A Bíblia diz em Mateus 24:37-39 “Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem.”
Será a Vinda de Cristo uma altura para recompensas? A Bíblia diz em Mateus 16:27 “Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então retribuirá a cada um segundo as suas obras.” A Bíblia diz em Apocalipse 22:12 “Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda.”
Porquê Jesus regressará? A Bíblia diz em Hebreus 9:28 “Assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.”
Na Segunda Vinda de Cristo, finalmente teremos a completa realidade da nossa salvação. A Bíblia diz em 1 Coríntios 1:7-8 “De maneira que nenhum dom vos falta, enquanto aguardais a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual também vos confirmará até o fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo.”
EDNEIDE SANTANA!!
DEUS (TUDO QUE VOCÊ PRECISA)
Deus
Que duas características são básicas na natureza de Deus? A Bíblia diz em Salmos 145:17 “Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, e benigno em todas as suas obras.”
Como a Bíblia descreve a Deus? A Bíblia diz em Deuteronômio 32:4 “Ele é a Rocha; suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são justos; Deus é fiel e sem iniqüidade; justo e reto é ele.”
Que diz a Bíblia sobre o poder de Deus? A Bíblia diz em Jó 36:5 “Eis que Deus é mui poderoso, contudo a ninguém despre grande é no poder de entendimento.”
Podemos confiar que Deus manterá as Suas promessas? A Bíblia diz em Deuteronômio 7:9 “Saberás, pois, que o Senhor teu Deus é que é Deus, o Deus fiel, que guarda o pacto e a misericórdia, até mil gerações, aos que o amam e guardam os seus mandamentos.”
Descreve Deus numa palavra. A Bíblia diz em 1 João 4:8 “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.”
Deus tem compaixão. A Bíblia diz em Salmos 86:15 “Mas tu, Senhor, és um Deus compassivo e benigno, longânimo, e abundante em graça e em fidelidade.”
Deus é imparcial. A Bíblia diz em Atos 10:34-35 “Então Pedro, tomando a palavra, disse: Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é aceitável aquele que, em qualquer nação, o teme e pratica o que é justo.”
Que sacrificios está Deus disposto a fazer para me assegurar um bom futuro? A Bíblia diz em João 3:16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
Deus nos deu o melhor exemplo de verdadeiro amor. A Bíblia diz em 1 João 4:9-10 “Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por meio dele vivamos. Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.”
Deus deleita-se em ser misericordioso connosco mesmo quando não merecemos. A Bíblia diz em Miquéias 7:18 “Quem é Deus semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade, e que te esqueces da transgressão do resto da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque ele se deleita na benignidade.”
As bençãos de Deus não são dadas sómente aos justos. A Bíblia diz em Mateus 5:45-46 “Para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo?”
Nada impede a Deus. Ele quer que tenhamos tudo. A Bíblia diz em Romanos 8:32 “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?”
Deus nos ama como um pai cheio de ternura. A Bíblia diz em 1 João 3:1 “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus; e nós o somos. Por isso o mundo não nos conhece; porque não conheceu a ele.”
O amor de Deus é como um refúgio. A Bíblia diz em Salmos 36:7 “Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade! Os filhos dos homens se refugiam à sombra das tuas asas.”
Devemos seguir o exemplo de Deus. A Bíblia diz em 1 João 4:11 “Amados, se Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros.”
O amor às vezes requer disciplina. A Bíblia diz em Hebreus 12:6 “Pois o Senhor corrige ao que ama, e açoita a todo o que recebe por filho.”
Deus nunca nos abandona. A Bíblia diz em Jeremias 31:3 “De longe o Senhor me apareceu, dizendo: Pois que com amor eterno te amei, também com benignidade te atraí.”
Existe algo que possa nos separar do amor de Deus? A Bíblia diz em Romanos 8:38-39 “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”
EDNEIDE SANTANA!!
Que duas características são básicas na natureza de Deus? A Bíblia diz em Salmos 145:17 “Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, e benigno em todas as suas obras.”
Como a Bíblia descreve a Deus? A Bíblia diz em Deuteronômio 32:4 “Ele é a Rocha; suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são justos; Deus é fiel e sem iniqüidade; justo e reto é ele.”
Que diz a Bíblia sobre o poder de Deus? A Bíblia diz em Jó 36:5 “Eis que Deus é mui poderoso, contudo a ninguém despre grande é no poder de entendimento.”
Podemos confiar que Deus manterá as Suas promessas? A Bíblia diz em Deuteronômio 7:9 “Saberás, pois, que o Senhor teu Deus é que é Deus, o Deus fiel, que guarda o pacto e a misericórdia, até mil gerações, aos que o amam e guardam os seus mandamentos.”
Descreve Deus numa palavra. A Bíblia diz em 1 João 4:8 “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.”
Deus tem compaixão. A Bíblia diz em Salmos 86:15 “Mas tu, Senhor, és um Deus compassivo e benigno, longânimo, e abundante em graça e em fidelidade.”
Deus é imparcial. A Bíblia diz em Atos 10:34-35 “Então Pedro, tomando a palavra, disse: Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é aceitável aquele que, em qualquer nação, o teme e pratica o que é justo.”
Que sacrificios está Deus disposto a fazer para me assegurar um bom futuro? A Bíblia diz em João 3:16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
Deus nos deu o melhor exemplo de verdadeiro amor. A Bíblia diz em 1 João 4:9-10 “Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por meio dele vivamos. Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.”
Deus deleita-se em ser misericordioso connosco mesmo quando não merecemos. A Bíblia diz em Miquéias 7:18 “Quem é Deus semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade, e que te esqueces da transgressão do resto da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque ele se deleita na benignidade.”
As bençãos de Deus não são dadas sómente aos justos. A Bíblia diz em Mateus 5:45-46 “Para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo?”
Nada impede a Deus. Ele quer que tenhamos tudo. A Bíblia diz em Romanos 8:32 “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?”
Deus nos ama como um pai cheio de ternura. A Bíblia diz em 1 João 3:1 “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus; e nós o somos. Por isso o mundo não nos conhece; porque não conheceu a ele.”
O amor de Deus é como um refúgio. A Bíblia diz em Salmos 36:7 “Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade! Os filhos dos homens se refugiam à sombra das tuas asas.”
Devemos seguir o exemplo de Deus. A Bíblia diz em 1 João 4:11 “Amados, se Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros.”
O amor às vezes requer disciplina. A Bíblia diz em Hebreus 12:6 “Pois o Senhor corrige ao que ama, e açoita a todo o que recebe por filho.”
Deus nunca nos abandona. A Bíblia diz em Jeremias 31:3 “De longe o Senhor me apareceu, dizendo: Pois que com amor eterno te amei, também com benignidade te atraí.”
Existe algo que possa nos separar do amor de Deus? A Bíblia diz em Romanos 8:38-39 “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”
EDNEIDE SANTANA!!
AMOR DE DEUS NA BIBLIA
Versículos de Amor de Deus
Amor de Deus na Bíblia
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
João 3:16
Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Romanos 8:38-39
Porque nisto consiste o amor a Deus: em obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados.
1 João 5:3
Deem graças ao Senhor, porque ele é bom. O seu amor dura para sempre!
Salmos 136:1
Respondeu Jesus: " 'Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento'. Este é o primeiro e maior mandamento. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas".
Mateus 22:37-40
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
1 Coríntios 13:4-7
Amados, não escrevo a vocês um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que vocês têm desde o princípio: a mensagem que ouviram. No entanto, o que escrevo é um mandamento novo, o qual é verdadeiro nele e em vocês, pois as trevas estão se dissipando e já brilha a verdadeira luz.
1 João 2:7-8
Outros Versículos encontrados:
Naquela noite, o Senhor lhe apareceu e disse: "Eu sou o Deus de seu pai, Abraão. Não tema, porque estou com você; eu o abençoarei e multiplicarei os seus descendentes por amor ao meu servo Abraão".
Gênesis 26:24
E passou diante de Moisés, proclamando: "Senhor, Senhor, Deus compassivo e misericordioso, paciente, cheio de amor e de fidelidade,
Êxodo 34:6
Mas por amor deles eu me lembrarei da aliança com os seus antepassados que tirei da terra do Egito à vista das nações, para ser o Deus deles. Eu sou o Senhor".
Levítico 26:45
Vocês mesmos viram tudo o que o Senhor, o seu Deus, fez com todas essas nações por amor a vocês; foi o Senhor, o seu Deus, que lutou por vocês.
Josué 23:3
Além disso, o Senhor expulsou de diante de nós todas as nações, inclusive os amorreus, que viviam nesta terra. Nós também serviremos ao Senhor, porque ele é o nosso Deus".
Josué 24:18
e orou: "Senhor, Deus de Israel, não há Deus como tu em cima nos céus nem embaixo na terra! Tu que guardas a tua aliança de amor com os teus servos que, de todo o coração, andam segundo a tua vontade.
1 Reis 8:23
Bendito seja o Senhor, o teu Deus, que se agradou de ti e te colocou no trono de Israel. Por causa do amor eterno do Senhor para com Israel, ele te fez rei, para manter a justiça e a retidão".
1 Reis 10:9
No entanto, por amor de Davi, o Senhor, o seu Deus, concedeu-lhe uma lâmpada em Jerusalém, dando-lhe um filho como sucessor e fortalecendo Jerusalém.
1 Reis 15:4
Além disso, pelo amor ao templo do meu Deus, agora entrego, das minhas próprias riquezas, ouro e prata para o templo do meu Deus, além de tudo o que já tenho dado para este santo templo.
1 Crônicas 29:3
Bendito seja o Senhor, o teu Deus, que se agradou de ti e te colocou no trono dele para reinar pelo Senhor, pelo teu Deus. Por causa do amor de teu Deus para com Israel e do seu desejo de preservá-lo para sempre, ele te fez rei, para manter a justiça e a retidão".
2 Crônicas 9:8
Eles se recusaram a ouvir-te e esqueceram-se dos milagres que realizaste entre eles. Tornaram-se obstinados e, na sua rebeldia, escolheram um líder a fim de voltarem à sua escravidão. Mas tu és um Deus perdoador, um Deus bondoso e misericordioso, muito paciente e cheio de amor. Por isso não os abandonaste,
Neemias 9:17
"O restante do povo - sacerdotes, levitas, porteiros, cantores, servidores do templo e todos os que se separaram dos povos vizinhos por amor à Lei de Deus, com suas mulheres e com todos os seus filhos e filhas capazes de entender-
Neemias 10:28
Então ordenei aos levitas que se purificassem e fossem vigiar as portas a fim de que o dia de sábado fosse respeitado como sagrado. Lembra-te de mim também por isso, ó meu Deus, e tem misericórdia de mim conforme o teu grande amor.
Neemias 13:22
Como é precioso o teu amor, ó Deus! Os homens encontram refúgio à sombra das tuas asas.
Salmos 36:7
Conceda-me o Senhor o seu fiel amor de dia; de noite esteja comigo a sua canção. É a minha oração ao Deus que me dá vida.
Salmos 42:8
No teu templo, ó Deus, meditamos em teu amor leal.
Salmos 48:9
Tem misericórdia de mim, ó Deus, por teu amor; por tua grande compaixão apaga as minhas transgressões.
Salmos 51:1
Mas eu sou como uma oliveira que floresce na casa de Deus; confio no amor de Deus para todo o sempre.
Salmos 52:8
Dos céus ele me envia a salvação, põe em fuga os que me perseguem de perto; Pausa Deus envia o seu amor e a sua fidelidade.
Salmos 57:3
Para sempre esteja ele em seu trono, diante de Deus; envia o teu amor e a tua fidelidade para protegê-lo.
Salmos 61:7
EDNEIDE SANTANA .
Amor de Deus na Bíblia
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
João 3:16
Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Romanos 8:38-39
Porque nisto consiste o amor a Deus: em obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados.
1 João 5:3
Deem graças ao Senhor, porque ele é bom. O seu amor dura para sempre!
Salmos 136:1
Respondeu Jesus: " 'Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento'. Este é o primeiro e maior mandamento. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas".
Mateus 22:37-40
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
1 Coríntios 13:4-7
Amados, não escrevo a vocês um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que vocês têm desde o princípio: a mensagem que ouviram. No entanto, o que escrevo é um mandamento novo, o qual é verdadeiro nele e em vocês, pois as trevas estão se dissipando e já brilha a verdadeira luz.
1 João 2:7-8
Outros Versículos encontrados:
Naquela noite, o Senhor lhe apareceu e disse: "Eu sou o Deus de seu pai, Abraão. Não tema, porque estou com você; eu o abençoarei e multiplicarei os seus descendentes por amor ao meu servo Abraão".
Gênesis 26:24
E passou diante de Moisés, proclamando: "Senhor, Senhor, Deus compassivo e misericordioso, paciente, cheio de amor e de fidelidade,
Êxodo 34:6
Mas por amor deles eu me lembrarei da aliança com os seus antepassados que tirei da terra do Egito à vista das nações, para ser o Deus deles. Eu sou o Senhor".
Levítico 26:45
Vocês mesmos viram tudo o que o Senhor, o seu Deus, fez com todas essas nações por amor a vocês; foi o Senhor, o seu Deus, que lutou por vocês.
Josué 23:3
Além disso, o Senhor expulsou de diante de nós todas as nações, inclusive os amorreus, que viviam nesta terra. Nós também serviremos ao Senhor, porque ele é o nosso Deus".
Josué 24:18
e orou: "Senhor, Deus de Israel, não há Deus como tu em cima nos céus nem embaixo na terra! Tu que guardas a tua aliança de amor com os teus servos que, de todo o coração, andam segundo a tua vontade.
1 Reis 8:23
Bendito seja o Senhor, o teu Deus, que se agradou de ti e te colocou no trono de Israel. Por causa do amor eterno do Senhor para com Israel, ele te fez rei, para manter a justiça e a retidão".
1 Reis 10:9
No entanto, por amor de Davi, o Senhor, o seu Deus, concedeu-lhe uma lâmpada em Jerusalém, dando-lhe um filho como sucessor e fortalecendo Jerusalém.
1 Reis 15:4
Além disso, pelo amor ao templo do meu Deus, agora entrego, das minhas próprias riquezas, ouro e prata para o templo do meu Deus, além de tudo o que já tenho dado para este santo templo.
1 Crônicas 29:3
Bendito seja o Senhor, o teu Deus, que se agradou de ti e te colocou no trono dele para reinar pelo Senhor, pelo teu Deus. Por causa do amor de teu Deus para com Israel e do seu desejo de preservá-lo para sempre, ele te fez rei, para manter a justiça e a retidão".
2 Crônicas 9:8
Eles se recusaram a ouvir-te e esqueceram-se dos milagres que realizaste entre eles. Tornaram-se obstinados e, na sua rebeldia, escolheram um líder a fim de voltarem à sua escravidão. Mas tu és um Deus perdoador, um Deus bondoso e misericordioso, muito paciente e cheio de amor. Por isso não os abandonaste,
Neemias 9:17
"O restante do povo - sacerdotes, levitas, porteiros, cantores, servidores do templo e todos os que se separaram dos povos vizinhos por amor à Lei de Deus, com suas mulheres e com todos os seus filhos e filhas capazes de entender-
Neemias 10:28
Então ordenei aos levitas que se purificassem e fossem vigiar as portas a fim de que o dia de sábado fosse respeitado como sagrado. Lembra-te de mim também por isso, ó meu Deus, e tem misericórdia de mim conforme o teu grande amor.
Neemias 13:22
Como é precioso o teu amor, ó Deus! Os homens encontram refúgio à sombra das tuas asas.
Salmos 36:7
Conceda-me o Senhor o seu fiel amor de dia; de noite esteja comigo a sua canção. É a minha oração ao Deus que me dá vida.
Salmos 42:8
No teu templo, ó Deus, meditamos em teu amor leal.
Salmos 48:9
Tem misericórdia de mim, ó Deus, por teu amor; por tua grande compaixão apaga as minhas transgressões.
Salmos 51:1
Mas eu sou como uma oliveira que floresce na casa de Deus; confio no amor de Deus para todo o sempre.
Salmos 52:8
Dos céus ele me envia a salvação, põe em fuga os que me perseguem de perto; Pausa Deus envia o seu amor e a sua fidelidade.
Salmos 57:3
Para sempre esteja ele em seu trono, diante de Deus; envia o teu amor e a tua fidelidade para protegê-lo.
Salmos 61:7
EDNEIDE SANTANA .
domingo, 11 de agosto de 2013
A CRIAÇÃO (EXPLICAÇÃO E BASE BIBLICA)
A Criação
1. EXPLICAÇÃO E BASE BÍBLICA
Como Deus criou o mundo?
Será que ele criou cada espécie diferente de planta e animal de modo
direto, ou fez uso de uma espécie de processo evolutivo, guiando o
desenvolvimento das coisas vivas a partir das mais simples para as mais
complexas? E quanto tempo Deus levou para produzir a criação? Será que ela foi
completada no espaço de seis dias de 24 horas, ou Deus serviu-se de milhares ou
talvez milhões de anos? Qual é a idade da terra e qual é a idade da raça
humana?
Já enfrentamos essas perguntas quando tratamos da doutrina da criação.
Diferentemente da maior parte do material anterior deste livro, este capítulo
trata de diversas questões sobre as quais os cristãos evangélicos têm
diferentes perspectivas, algumas vezes sustentando-as de maneira muito forte.
Este capítulo é organizado para tratar dos aspectos da criação que são
mais claramente ensinados na Escritura e sobre os quais a maioria dos
evangélicos concordaria (criação do nada, criação especial de Adão e Eva e a
bondade do universo), movendo-se para outros aspectos da criação a respeito dos
quais os evangélicos têm discordâncias (se Deus usou o processo evolucionário para
realizar boa parte da criação, e qual a idade da terra e da raça humana).
Podemos definir a doutrina da criação da seguinte maneira: Deus criou o
universo inteiro do nada; ele era originariamente muito bom; e ele o criou para
glorificar a si próprio.
A. Deus criou o universo do nada
1. Evidência bíblica para a criação do nada.
A Bíblia claramente requer que creiamos que Deus criou o universo do
nada. (Algumas vezes a expressão latina ex nihilo ,”do nada”, é usada; diz-se
então que a Bíblia ensina a criação ex nihilo ).
Isso significa que, antes de Deus ter começado a criar o universo, nada
mais existia exceto o próprio Deus.
Essa é a inferência de Gênesis 1.1 que diz: “No princípio Deus criou os
céus e a terra”.A frase “os céus e a terra” inclui a totalidade do universo, O
salmo 33 também nos diz: “Mediante a palavra do SENHOR foram feitos os céus, e
os corpos celestes, pelo sopro de sua boca [...] Pois ele falou, e tudo se fez;
ele ordenou, e tudo surgiu” (Sl 33.6,9). No NT encontramos uma afirmação de caráter
universal no começo do evangelho de João: “Todas as coisas foram feitas por
intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito” (Jo 1.3). A
expressão “todas as coisas” é mais bem entendida como referindo-se à totalidade
do universo (cf.At 17.24; Hb 11.3). Paulo é totalmente explícito em Colossenses
1 quando especifica todas as partes do universo, tanto as visíveis como as
invisíveis: “pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e sobre a terra,
as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou
autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele” (Cl 1.16).
Hebreus 11.3 diz: “Pela fé entendemos que o universo foi formado pela
palavra de Deus, de modo que aquilo que se vê não foi feito do que é visível”.
Essa tradução reflete de modo exato o texto grego. Embora o texto não ensine
realmente a doutrina da criação ex nihilo , ele chega próximo de fazer isso,
visto que diz que Deus não criou o universo de nada que é visível. A idéia um
tanto estranha de que o universo poderia ter sido criado de alguma coisa que
era invisível provavelmente não estivesse na mente do autor. Ele está
contestando a idéia de a criação ter vindo de alguma matéria preexistente, e
para esse propósito o versículo é inteiramente claro.
Porque Deus criou a totalidade do universo do nada, nenhuma matéria no
universo é eterna. Tudo o que vemos as montanhas, os oceanos, as estrelas, a
própria terra — veio à existência quando Deus os criou. Isso nos lembra que
Deus governa todo o universo e que nada na criação deve ser adorado a não ser
Deus. Contudo , se negássemos a criação ex nihilo , teríamos de dizer que algum
tipo de matéria já existia e que ela, como Deus, é eterna. Essa idéia
desafiaria a independência e a soberania de Deus, bem como o fato de que a
adoração é devida a ele somente. Se a matéria existisse separada de Deus, então
que direito inerente teria Deus de governá-la e usá-la para a sua glória? E que
confiança poderíamos ter de que cada aspecto do universo cumpre de modo supremo
os propósitos divinos, se algumas partes dele não foram criadas por Deus?
O lado positivo de que Deus criou o universo ex nihilo é que esse
universo tem significado e propósito. Deus, em sua sabedoria, criou-o para
alguma coisa. Devemos tentar entender esse propósito e usar a criação de modo
que ela se encaixe nesse propósito, a saber, o de trazer glória ao próprio
Deus.' Além disso, sempre que a criação nos traga satisfação (cf. 1 Tm 6.17),
devemos agradecer a Deus, que criou todas as coisas.
2. A criação direta de Adão e Eva.
A Bíblia também ensina que Deus criou Adão e Eva de modo especial e
pessoal. “Então o SENHOR Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas
narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2.7). Após
isso, Deus criou Eva do corpo de Adão: “Então O SENHOR Deus fez o homem cair em
profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o
lugar com carne. Com a costela que havia tirado do homem, o SENHOR Deus fez uma
mulher e a levou até ele” (Gn 2.2 1,22). Ao que parece Deus deixou Adão saber o
que tinha acontecido, pois Adão diz: ”... Esta, sim, é osso dos meus ossos e
carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada” (Gn
2.23).
Como veremos adiante, os cristãos diferem sobre o grau em que os
desenvolvimentos evolutivos se deram após a criação, talvez (de acordo com
alguns) conduzindo ao desenvolvimento de organismos mais e mais complexos.
Embora haja diferenças sinceras sobre essa matéria entre os cristãos com
respeito aos reinos animal e vegetal, os textos bíblicos são tão explícitos que
seria muito difícil para alguns defender a completa veracidade das Escrituras
e, ainda assim, sustentar que os seres humanos são o resultado de um longo
processo evolutivo. Quando a Escritura diz que o Senhor “formou o homem do pó
da terra” (Gn 2.7), isso não parece significar que ele tenha utilizado um
processo que levou milhões de anos e tenha empregado o acaso no desenvolvimento
de milhares de organismos crescentemente complexos. E ainda mais impossível de
conciliar com o pensamento evolucionista é o fato de que essa narrativa
claramente retrata Eva como não possuindo mãe; ela foi criada diretamente da
costela de Adão enquanto este dormia (Gn 2.21). Mas em uma base puramente
evolutiva, isso não seria possível, pois mesmo o primeiro “ser humano” fêmea
teria descendido de alguma criatura parecida com o ser humano, mas que ainda
era animal. O NT reafirma a historicidade da criação especial de Eva vinda de
Adão, quando Paulo diz: “Pois o homem não se originou da mulher, mas a mulher
do homem; além disso, o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher
por causa do homem” (1 Co 11.8,9).
A criação especial de Adão e Eva mostra que, embora possamos ser iguais
a animais em muitos aspectos de nosso corpo físico, mesmo assim somos muito
diferentes dos animais. Fomos criados “à imagem de Deus”, o ponto mais alto da
criação de Deus, mais parecidos com Deus que com qualquer outra criatura,
designados para governar o restante da criação. Mesmo a brevidade da narrativa
da criação de Gênesis (comparada com a história dos seres humanos no restante
da Bíblia) coloca uma ênfase maravilhosa sobre a importância do homem em
relação ao restante do universo. Ela, assim, resiste às tendências modernas de
ver o homem como destituído de significado em comparação com a imensidão do
universo.
3. A obra do Filho e do Espírito Santo na criação.
Deus Pai foi o agente primário no ato iniciador da criação. Mas o Filho
e o Espírito Santo foram também ativos. O Filho é muitas vezes descrito como
aquele “por intermédio” de quem a criação se deu. “Todas as coisas foram feitas
por intermédio dele; sem ele,nada do que existe teria sido feito” (Jo l.3).
Paulo diz que “há um só Senhor, Jesus Cristo,por meio de quem vieram todas as coisas
e por meio de quem vivemos” ( lCo 8.6) e ”nele foram criadas todas as coisas”
(Cl 1.16). Essas passagens fornecem o quadro sólido do Filho como agente ativo
na execução dos planos e diretrizes do Pai.
O Espírito Santo estava também em operação na criação. Ele é geralmente
descrito como completando, preenchendo e dando vida à criação de Deus. Em
Gênesis 1.2,”... o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”, indicando
uma função preservadora, sustentadora e orientadora. Jó diz: “O Espírito de Deus
me fez; o sopro do Todo-poderoso me dá vida” (Jô 33.4). É importante perceber
que em várias passagens do AT a mesma palavra hebraica (rûach) pode significar,
em contextos diferentes, ”espírito”, “sopro” ou “vento”. Mas em muitos casos
não há grande diferença de significado, pois, se alguém decidisse traduzir
alguns termos como o “sopro de Deus” ou mesmo o “vento de Deus”, ainda
pareceria um modo figurado de referir-se à atividade do Espírito Santo na
criação. Assim o salmista, falando da grande variedade de criaturas na terra e
no mar, diz: “Envias o teu Espírito, eles são criados, e, assim, renovas a face
da terra” (Sl 104.30, RA); observe também, sobre a obra do Espírito Santo, (Jó
26.13; Is 40.13; lCo 2.10).
B. A criação é distinta de Deus e, todavia, sempre dependente dele.
O ensino da Escritura a respeito da relação entre Deus e a criação é
singular entre as religiões do mundo. A Bíblia ensina que Deus é distinto de
sua criação. Ele não é parte dela, pois foi ele quem a fez e a governa. O termo
freqüentemente usado para dizer que Deus é muito maior que sua criação é a
palavra transcendente. De maneira muito simples, isso significa que Deus está
muito “acima” da criação no sentido em que é maior que a criação e independente
dela.
Deus está também muito envolvido com a criação, pois ela é continuamente
dependente dele para existir e funcionar. O termo técnico usado para falar do
envolvimento de Deus com a criação é o termo imanente, que significa
“permanecer em” a criação. O Deus da Bíblia não é uma divindade abstrata
removida da criação e sem interesse nela. A Bíblia é a história do envolvimento
de Deus com sua criação e particularmente com os seres humanos criados. Jó
afirma que mesmo os animais e as plantas dependem de Deus : “Em sua mão está a
vida de cada criatura e o fôlego de toda a humanidade” (Jó 12.10). No NT, Paulo
afirma que Deus “dá a todos a vida, o fôlego e as demais coisas” e que “nele
vivemos, nos movemos e existimos” (At 17.25,28). De fato, em Cristo “tudo
subsiste” (Cl 1.17), e ele está continuamente “sustentando todas as coisas por
sua palavra poderosa” (Hb 1.3). Tanto a transcendência como a imanência de Deus
são afirmadas em um simples versículo quando Paulo fala de “um só Deus e Pai de
todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos” (Ef 4.6).
O fato de que a criação é distinta de Deus e no entanto é sempre
dependente de Deus e de que Deus está muito acima da criação e mesmo assim
envolvido com ela (em resumo, que Deus é tanto transcendente como imanente) .
Isso é claramente distinto do materialismo, que é a filosofia mais comum
dos descrentes hoje em dia e que nega igualmente a existência de Deus. O
materialismo diria que o universo material é tudo o que há.
Os cristãos de hoje que colocam o esforço quase total de suas vidas no
objetivo de ganhar dinheiro e adquirir mais posses tornam-se materialistas “práticos”
em suas atividades, já que suas vidas não seriam muito diferentes se eles
realmente não cressem em Deus.
A narrativa escriturística da relação entre Deus e sua criação é também
distinta do panteísmo . A palavra grega pan significa “tudo” ou “cada”, e
panteísmo é a idéia de que tudo, o universo total, é Deus ou é parte de Deus.
O panteísmo nega diversos aspectos essenciais do caráter de Deus. Se o
universo inteiro é Deus, então Deus não possui personalidade distinta. Deus não
é mais imutável, porque, como o universo muda, Deus também muda. Além disso,
Deus não mais é santo, porque o mal no universo também é parte de Deus. Outra
dificuldade é que em última análise a maioria dos sistemas panteístas ( como o
budismo e muitas outras religiões orientais) acabam negando a importância da
personalidade humana individual: como tudo é Deus, a meta do indivíduo seria
mesclar-se com o universo e tornar-se mais e mais unido a ele, perdendo assim a
sua especificidade individual. Se o próprio Deus não possui identidade pessoal
distinta e separada do universo, certamente não devemos nos esforçar para
possuí-la também. Assim, o panteísmo destrói não somente a identidade pessoal
de Deus, mas também, de modo definitivo, a dos seres humanos.
A narrativa bíblica também destrói o dualismo . Essa é a idéia de que
tanto Deus como o universo material existem eternamente lado a lado. Assim, há
duas forças supremas no universo, Deus e a matéria.
O problema com o dualismo é que ele indica o conflito eterno entre Deus
e os aspectos maus do universo material. Deus triunfará de modo definitivo
sobre o mal no universo? Não podemos estar certos, porque tanto Deus como o mal
certamente existem eternamente lado a lado. Essa filosofia negaria tanto o
senhorio supremo de Deus sobre a criação como também o fato de que a criação
veio a existir por causa da vontade de Deus, que ela deve ser usada unicamente
para seus propósitos e que ela existe para glorificá-lo. Essa perspectiva
também negaria que tudo no universo foi criado inerentemente bom (Gn 1.31) e
encorajaria pessoas a ver a realidade material como má em si mesma, em
contraste com a genuína narrativa bíblica da criação que Deus fez para ser
muito boa e que ele governa para os seus propósitos.
Um exemplo de dualismo na cultura moderna é a trilogia Guerra nas
estrelas, que postula a existência da “força” universal que tem tanto o lado
bom como o mau. Não há o conceito do Deus transcendente e santo que governa
tudo e certamente triunfará sobre tudo. Quando os não-cristãos hoje começam a
ficar conscientes da realidade espiritual no universo, eles muitas vezes se
tornam dualistas, reconhecendo apenas que há aspectos bons e maus no mundo
sobrenatural ou espiritual. O movimento Nova Era é na maior parte dualista.
Naturalmente Satanás está se deliciando por haver pessoas pensando que existe
uma força má no universo que talvez seja igual ao próprio Deus.
A visão cristã da criação é também distinta da perspectiva do deísmo . O
deísmo é a visão de que Deus não está agora diretamente envolvido com a
criação.
O deísmo geralmente sustenta que Deus criou o universo e é muito maior
que ele (Deus é “transcendente”). Alguns deístas também concordam que Deus tem
padrões morais e por fim vai considerar as pessoas responsáveis no dia do
juízo. Mas eles negam o envolvimento atual de Deus com o mundo, não dando assim
espaço algum para sua imanência na ordem criada. Ao contrário, Deus é visto
como o relojoeiro divino que deu corda no relógio da criação no início, mas
depois o deixou funcionar por si próprio.
Ao mesmo tempo em que o deísmo afirma a transcendência de Deus, ele nega
quase toda a história da Bíblia, que é a história do envolvimento ativo de Deus
no mundo. Muitos cristãos nominais ou “mornos” são de fato deístas práticos, já
que vivem longe da oração genuína, adoração, temor de Deus ou confiança
contínua em Deus para que este cuide das necessidades que surgem.
C. Deus criou o universo para mostrar a sua glória
Está claro que Deus criou seu povo para a sua glória, porque ele fala de
seus filhos e filhas como aqueles “a quem criei para a minha glória, a quem
formei e fiz” (Is 43.7). Mas não são somente os seres humanos que Deus criou
com esse propósito. Toda a criação foi feita para mostrar a glória de Deus.
Mesmo a criação inanimada, as estrelas, o sol, a luz e o céu testificam da
grandeza de Deus: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a
obra das suas mãos” (Sl 19.1,2). O cântico da adoração celestial em Apocalipse 4
conecta a criação de todas as coisas por Deus com o fato de que ele é digno de
receber a glória que elas lhe conferem: “Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de
receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e por tua
vontade elas existem e foram criadas” (Ap 4.11).
O que a criação mostra a respeito de Deus? Primeiramente ela mostra seu
grande poder e sabedoria, muito acima de qualquer coisa que poderia ser
imaginada por qualquer criatura.
“Mas foi Deus quem fez a terra como seu poder, firmou o mundo com a sua
sabedoria e estendeu os céus com o seu entendimento” (Jr 10.12). O simples
olhar para o sol ou para as estrelas nos convence do infinito poder de Deus. E
mesmo a breve inspeção de qualquer folha de árvore, ou da maravilha da mão humana,
ou de qualquer célula viva nos convence da grande sabedoria de Deus. Quem
poderia fazer tudo isso? Quem poderia fazer isso do nada? Quem poderia
sustentar tudo isso dia após dia por anos sem fim? Tal poder infinito e
capacidade complexa estão completamente além de nossa compreensão. Quando
meditamos nisso, damos glória a Deus.
Quando afirmamos que Deus criou o universo para mostrar a sua glória, é
importante que percebamos que ele não precisava criá-lo. Não devemos pensar que
Deus precisava de mais glória do que ele tinha dentro da Trindade por toda a
eternidade ou que ele estava de alguma forma incompleto sem a glória que
haveria de receber do universo criado. Isso seria negar a independência de Deus
e sugerir que Deus precisava do universo a fim de ser plenamente Deus. Ao
contrário, devemos afirmar que a criação do universo foi um ato de Deus
totalmente livre. Não era um ato necessário, mas foi algo que Deus escolheu
fazer .”Tu, Senhor [...], criaste todas as coisas, e por tua vontade elas
existem e foram criadas” (Ap 4.11). Deus quis criar o universo para demonstrar
sua excelência. A criação mostra sua grande sabedoria e poder, bem como, de
modo supremo, todos os seus outros atributos. Parece então que Deus criou o
universo para se deleitar na criação, pois, como a criação mostra os vários
aspectos do caráter de Deus, ele tem prazer nela.
Isso explica por que temos prazer espontâneo em todas as espécies de
atividades criadoras que temos. As pessoas com habilidades artísticas, musicais
ou literárias têm prazer em criar coisas e vê-las, ouvi-las ou ponderar sobre a
obra criada. E um dos aspectos encantadores da humanidade — em contraste com o
restante da criação — é a nossa capacidade de criar coisas novas. Isso também
explica por que temos prazer em outras espécies de atividade “criativas”:
muitas pessoas apreciam cozinhar, decorar a casa, jardinagem, trabalhar com
madeira ou outros materiais, produzir invenções científicas ou inventar novas
soluções para problemas de produção industrial. Mesmo as crianças gostam de
colorir quadros ou construir casas de bloquinhos de plástico. Em todas essas
atividades, refletimos em escala menor a atividade criadora de Deus, por isso
devemos ter prazer nela e agradecer a Deus por ela.
Em todas essas atividades, refletimos em escala menor a atividade
criadora de Deus, por isso devemos ter prazer nela e agradecer a Deus por ela.
D. O universo que Deus criou era “muito bom”
Esse ponto é a seqüência do ponto anterior. Se Deus criou o universo
para mostrar a sua glória, então devemos esperar que o universo cumpra o
propósito para o qual ele o criou. De fato, quando Deus terminou a sua obra de
criação, ele teve prazer nela. No final de cada estágio da criação, Deus viu
que o que ele havia feito era bom (Gn 1.4,10,12,18,21,25). Então, no final dos
seis dias da criação, “...Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado
muito bom” (Gn 1.3 1). Deus teve prazer na criação que ele havia feito
exatamente como havia proposto fazer.
Mesmo havendo pecado no mundo agora, a criação material é ainda boa à
vista de Deus e deveria ser vista como “boa” por nós também. Esse conhecimento
vai nos livrar de um ascetismo falso que vê o uso e o prazer da criação
material como errado. Paulo diz que “... tudo o que Deus criou é bom, e nada
deve ser rejeitado, se for recebido com ação de graças, pois é santificado pela
palavra de Deus e pela oração” (lTm 4.4,5).
Embora a ordem criada possa ser usada de modo pecaminoso e egoísta,
desviando nossas afeições de Deus, não devemos deixar o perigo do abuso da
criação de Deus privar-nos de desfrutá-la de modo positivo, com gratidão e
alegria, para o bem do seu Reino. Logo após Paulo ter advertido contra o desejo
de ser rico e do “amor ao dinheiro” (cf. lTm 6.9,10), ele afirma que é o
próprio Deus “que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação” (lTm
6.17). Esse fato incentiva os cristãos a encorajar o desenvolvimento industrial
e tecnológico apropriado (juntamente com a preocupação ambiental), e a usar de
modo alegre e agradecido todos os produtos da exuberante terra que Deus criou —
com a imensa variedade de comidas, roupa, habitação, assim como dos produtos
modernos como automóveis, aviões, câmeras, telefones e computadores.Todas essas
coisas podem ser superestimadas e usadas indevidamente, mas em si mesmas não
são más; representam o desenvolvimento da boa criação de Deus e devem ser
vistas como belos dons de Deus.
E. O relacionamento entre a Escritura e as descobertas da ciência
moderna.
Em várias ocasiões na história, vemos os cristãos discordando das
opiniões consagradas pela ciência contemporânea. Na grande maioria dos casos, a
fé cristã sincera e a forte confiança na Bíblia conduziram cientistas à
descoberta de novos fatos a respeito do universo de Deus, e essas descobertas
têm mudado a opinião científica em toda a história subseqüente . A vida de
Isaac Newton, Galileu Galilei, Johannes Kepler, Blaise Pascal, Robert Boyle,
Michael Faraday, James Clerk Maxwell e muitos outros são exemplos disso.
Por outro lado, houve momentos em que a opinião científica aceita entrou
em conflito com o entendimento que as pessoas têm do que a Bíblia diz. Por
exemplo, quando o astrônomo italiano Calileu (1564-1642) começou a ensinar que
a terra não era o centro do universo, mas que a terra e os outros planetas
giravam em torno do sol (seguindo assim as teorias do astrônomo polonês
Copérnico [1472-1543]),ele foi criticado,e seus escritos acabaram sendo
condenados pela Igreja Católica Romana. Isso aconteceu porque muitas pessoas
pensavam que a Bíblia ensinava que o sol girava em torno da terra. Na verdade a
Bíblia não ensina isso de forma nenhuma, mas foi a astronomia de Copérnico que
levou as pessoas a pesquisar novamente a Bíblia para ver se ela realmente
ensinava o que eles pensavam que ela ensinava. As descrições que a Bíblia
apresenta do sol se levantando e do sol se pondo (Ec 1.5) simplesmente pintam
eventos da perspectiva do observador humano e, dessa perspectiva, elas fornecem
uma descrição precisa. A lição de Galileu, que foi forçado a retratar-se em seu
ensino e que teve de viver preso em sua casa nos últimos poucos anos de sua
vida, deveria fazer-nos lembrar que a cuidadosa observação do mundo natural
pode levar-nos de volta à Escritura, para reexaminar se ela realmente ensina o
que pensamos que ela ensina. Às vezes, no exame mais preciso do texto, podemos
perceber que a nossa interpretação anterior estava incorreta.
Na seção seguinte, veremos alguns princípios pelos quais o
relacionamento entre a criação e os descobertos da ciência moderna podem ser
abordados.
1. Quando todos os fatos são entendidos corretamente, não haverá “nenhum
conflito final” entre a Escritura e a ciência natural.
A frase “nenhum conflito final” é retirada de um livro muito útil de
Francis Schaeffer, No final conflict [Nenhum conflito final]. Com respeito às
questões relacionadas à criação do universo, Schaeffer aponta diversas áreas
nas quais, em seu modo de ver, há lugar para desacordo entre cristãos que
acreditam na veracidade total das Escrituras. Entre essas áreas ele inclui a
possibilidade de que Deus tenha criado um universo “crescido”, a possibilidade
de um intervalo entre Gênesis 1.1 e 1.2 ou entre 1.2 e 1.3, a possibilidade de
um longo dia em Gênesis 1 e a possibilidade de que o Dilúvio tenha afetado
dados geológicos. Schaeffer deixa claro que não está dizendo que qualquer
dessas posições seja sua, mas apenas que elas são teoricamente possíveis. O
ponto mais importante de Scheaffer é que tanto em nosso entendimento do mundo
natural como em nossa compreensão da Escritura, o conhecimento que possuímos
não é perfeito. Mas podemos abordar tanto o estudo científico como o bíblico
com a confiança de que, quando todos os fatos estiverem corretamente entendidos
e quando tivermos entendido a Escritura corretamente, nossas descobertas nunca
entrarão em conflito uma com a outra; não haverá “nenhum conflito final”. Isto
porque Deus, que fala na Escritura, conhece todos os fatos, e nunca falou de
modo que contradissesse qualquer fato verdadeiro no universo.
2. Algumas teorias a respeito da criação parecem claramente em desacordo
com os ensinos da Escritura.
Nesta seção examinaremos três tipos de explicação da origem do universo
que parecem claramente contrários à Escritura.
a. Teorias seculares.
Em nome da idéia de totalidade, mencionamos aqui somente de maneira
breve que quaisquer teorias puramente seculares da origem do universo seriam
inaceitáveis para os que crêem na Escritura. Uma teoria “secular” é qualquer
teoria da origem do universo que não contempla o Deus infinito-pessoal como
responsável por criar o universo com propósito inteligente. Assim, a teoria do
big-bang (em sua versão secular, na qual Deus fica excluído) ou quaisquer
teorias que sustentam que a matéria sempre existiu seriam contrárias ao ensino
da Escritura de que Deus criou o universo do nada, e que ele o fez para a sua
glória. (Quando a evolução darwiniana é interpretada no sentido totalmente
materialista, como muitas vezes é, deveria pertencer a essa categoria também).
b. Evolucionismo teísta.
Desde a publicação do livro de Darwin, A origem das espécies por meio de
seleção natural (1859), alguns cristãos têm sustentado que os organismos vivos
apareceram pelo processo da evolução que Darwin propôs, mas que Deus guiou esse
processo de forma que o resultado foi exatamente o que ele queria que fosse.
Esse pensamento é chamado evolucionismo teísta porque advoga a crença em Deus
(daí o nome teísta) e também na evolução. Muitos que sustentam esse
evolucionismo teísta proporiam que Deus interveio no processo em alguns pontos
cruciais, normalmente 1) na criação da matéria no início, 2) na criação da
forma mais simples de vida e 3) na criação do homem. Mas com a exceção possível
desses pontos de intervenção, os evolucionistas teístas sustentam que a
evolução seguiu os processos agora descobertos pelos cientistas e que esse foi
o método que Deus decidiu usar ao permitir que todas as outras formas de vida
da terra se desenvolvessem. Eles crêem que a mutação casual das coisas vivas
levou à evolução das formas mais elevadas de vida porque os que possuíam uma
“vantagem de adaptação” (uma mutação que os permitia ser mais bem adaptados
para sobreviver em seu ambiente) viviam, enquanto os outros não.
Um exame dos dados da Escritura revela que a evolução teísta é contrária
à narrativa bíblica da criação. O ensino claro da Escritura de que há plenitude
de propósito na obra da criação de Deus parece incompatível com a casualidade
exigida pela teoria da evolução. Quando a Escritura registra que Deus disse:
“Produza a terra seres vivos de acordo com as suas espécies: rebanhos
domésticos, animais selvagens e os demais seres vivos da terra, cada um de
acordo com a sua espécie” (Gn 1.24), ela descreve Deus fazendo coisas
intencionalmente e com um propósito para cada coisa que faz. Mas isso é o
oposto das mutações permitidas que acontecem totalmente ao acaso, sem propósito
algum nos milhões de mutações que teriam de acontecer, sob a teoria evolutiva,
antes que novas espécies pudessem emergir.
A diferença fundamental entre a visão bíblica da criação e o
evolucionismo teísta repousa aqui : a força motriz que produz mudança e o
desenvolvimento de novas espécies em todos os esquemas evolutivos é a
casualidade, ou o acaso. Sem a mutação casual dos organismos, não temos
evolução no sentido científico moderno de forma alguma. A mutação ao acaso é a
força subjacente que produzo desenvolvimento eventual das formas mais simples
para as formas mais complexas de vida. Mas a força motriz no desenvolvimento de
novos organismos segundo a Escritura é o desígnio inteligente de Deus .”Deus
fez os animais selvagens de acordo com as suas espécies, os rebanhos domésticos
de acordo com as suas espécies, e os demais seres vivos da terra de acordo com
as suas espécies. E Deus viu que ficou bom” (Gn 1.25). Essas afirmações parecem
não se harmonizar com a idéia de Deus criando, dirigindo ou observando milhões
de mutações casuais, nenhuma delas sendo “tão boa” quanto ele planejara,
nenhuma delas realmente sendo a espécie de plantas ou animais que ele queria
que houvesse na terra. A visão da evolução teísta tem de abranger eventos
ocorridos mais ou menos assim: “E Deus disse: Produza a terra criaturas vivas
de acordo com as suas espécies. E após 387 492 871 tentativas, Deus finalmente
fez um rato que funcionou”.
Essa pode parecer uma explicação estranha, mas é exatamente o que o
evolucionismo teísta deve postular para cada uma das centenas de milhares de
diferentes espécies de plantas e animais sobre a terra: elas todas teriam se
desenvolvido por meio de um processo de mutação casual durante milhões de anos,
aumentando gradualmente em complexidade à medida que a vasta maioria das
mutações eram prejudiciais, mas as mutações ocasionais tornavam-se vantajosas
para a criatura.
O evolucionista teísta pode objetar que Deus interveio no processo e
guiou-o em muitos pontos na direção planejada por ele. Mas, uma vez que se
admita isso, há propósito e desígnio inteligente no processo — não temos mais
qualquer evolução, porque não há mais mutação casual (nos pontos da interação
divina há a produção de resultados).
A evolução teísta também parece incompatível com a descrição que a
Bíblia dá da palavra criadora produzindo uma resposta imediata. Quando a Bíblia
fala a respeito da palavra criadora de Deus, ela enfatiza o poder dessa palavra
e sua capacidade de realizar o propósito divino. “Mediante a palavra do SENHOR
foram feitos os céus, e os corpos celestes, pelo sopro de sua boca. [...] Pois
ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo surgiu” (S1 33.6,9).
Essa espécie de afirmação parece que contraria a idéia de que Deus falou
e, após milhões de anos e milhões de mutações casuais nas coisas vivas, seu
poder produziu o resultado que ele exigiu. Antes, tão logo após Deus ter dito
“Cubra-se a terra de vegetação”, a frase imediata nos garante: ”E assim foi”
(Gn 1.1 1).
O atual papel ativo de Deus em criar ou formar cada coisa viva que agora
vem à existência também é difícil de conciliar com o tipo de advertência “não
se meta” da evolução que é proposto pelo evolucionismo teísta. Davi foi capaz
de confessar: “Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha
mãe” (S1 139.13). E Deus disse a Moisés: “Quem deu boca ao homem? Quem o fez
surdo ou mudo? Quem lhe concede vista ou o torna cego? Não sou eu, o SENHOR?”
(Ex 4.11). Deus faz o pasto crescer (SI 104.14; Mt 6.30) e alimenta as aves do
céu (Mt 6.26) e as outras criaturas da floresta (Sl 104.21,27-30). Se Deus está
tão envolvido produzindo o crescimento e o desenvolvimento de cada etapa de
todo ser vivo até agora, parece de acordo com a Escritura dizer que essas
formas de vida foram originariamente produzidas pelo processo evolutivo
dirigido pela mutação casual e não pela criação direta e plena de propósito de
Deus?
Definitivamente, a criação especial de Adão, bem como de Eva a partir de
Adão, é uma razão forte para romper com o evolucionismo teísta. Esses
evolucionistas teístas que defendem a criação especial de Adão e Eva por causa
das afirmações de Gênesis 1 e 2 realmente rompem com a teoria evolucionista no
ponto mais importante no que diz respeito aos seres humanos. Mas se, com base
na Escritura, insistimos na intervenção especial de Deus na questão da criação
de Adão e Eva, o que impediria ou permitiria que Deus interviesse, de modo
similar, na criação dos organismos vivos?
Devemos perceber que a criação especial de Adão e Eva, conforme o
registro da Escritura, demonstra que eles eram muito diferentes das criaturas
que os evolucionistas descreveram como os primeiros seres humanos, criaturas
primitivas, com pouquíssimas habilidades, que descenderiam de criaturas não
humanas altamente desenvolvidas, sendo apenas um pouco superiores a elas. A
Escritura descreve o primeiro homem e a primeira mulher, Adão e Eva, como
possuidores de capacidades altamente desenvolvidas: lingüísticas, morais e
espirituais, desde o momento em que foram criados. Eles podiam falar um com o
outro. Podiam até falar com Deus. Eram muito diferentes daqueles seres humanos
primitivos mais parecidos com animais, descendentes de criaturas não humanas
parecidas com macacos, da teoria evolucionista.
Parece mais apropriado concluir com as palavras do geólogo Davis A.
Young: “A posição do evolucionismo teísta como expressa por alguns de seus
proponentes não é uma posição coerente com o cristianismo. Não é uma posição
verdadeiramente bíblica, porque ela é baseada em parte em princípios que são
importados para o cristianismo” . Segundo Louis Berkhof, ”é realmente uma
vergonha dizer que Deus é chamado, a intervalos periódicos, a socorrer a
natureza, remediando os abismos vazios que bocejam aos pés dela. A doutrina da
criação não é isso, nem tampouco uma coerente teoria da evolução”.
c. Notas sobre a teoria darwiniana da evolução.
1) Desafios atuais à evolução. A palavra evolução pode ser usada de
diferentes modos. As vezes ela é usada para referir-se à “micro-evolução” —
pequenos desenvolvimentos dentro de uma espécie, de modo que vemos moscas ou
mosquitos tornando-se imunes a inseticidas, ou seres humanos ficando mais
altos, ou cores diferentes e variedades de rosas se desenvolvendo. Exemplos
inumeráveis de tal micro-evolução são evidentes hoje, e ninguém nega que eles
existem. Mas esse não é o sentido em que a palavra evolução é geralmente usada
quando as teorias da criação e evolução são discutidas.
O termo evolução é usado com mais freqüência para referir-se à
macro-evolução — a saber, a “teoria da evolução geral”, ou a concepção de que
“as substâncias sem vida deram surgimento ao primeiro material vivo, que
subseqüentemente reproduziu-se e diversificou-se para produzir todos os organismos
extintos e existentes”. Neste capítulo, quando usamos a palavra evolução, ela é
usada para referir-se à macro-evolução ou à teoria da evolução geral. Na teoria
darwiniana moderna de evolução, a história do desenvolvimento da vida começou
quando uma mistura de elementos químicos presentes na terra produziu
espontaneamente uma forma de vida muito simples, provavelmente unicelular. Essa
célula viva reproduziu-se, e finalmente houve algumas mutações ou diferenças
nas novas células produzidas. Essas mutações levaram ao desenvolvimento de
formas de vida mais complexas. Um ambiente hostil significava que muitas delas
haveriam de perecer, mas as que fossem mais bem adaptadas ao seu ambiente
sobreviveriam e se multiplicariam. Assim, a natureza exerceu o processo de
“seleção natural” no qual os organismos variantes mais adaptados ao ambiente
sobreviveram. Mais e mais mutações finalmente se desenvolveram em mais e mais
variedades de coisas vivas, de modo que, a partir dos organismos bem mais
simples, as formas mais complexas de vida vieram a se desenvolver, mediante
esse processo de mutação e seleção natural.
Desde que Charles Darwin publicou sua obra A origem das espécies por
meio de seleção natural, em 1859, essa teoria tem sido desafiada tanto por
cristãos como por não-cristãos. Críticos modernos estão promovendo críticas
cada vez mais devastadoras à teoria evolucionista.
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A Graça Comum
I. EXPLICAÇÃO E BASE BÍBLICA
A. Introdução e definição
Quando Adão e Eva pecaram, tornaram-se réus da punição eterna e da
separação de Deus (Gênesis 2:17). Do mesmo modo, hoje, quando os seres humanos
pecam, eles se tornam sujeito à ira de Deus e à punição eterna: “o salário do
pecado é a morte” (Romanos 6:23). Isso significa que, uma vez que as pessoas
pecam, a justiça de Deus requer somente uma coisa — que elas sejam eternamente
separadas de Deus, alienadas da possibilidade de experimentar qualquer bem da
parte dEle, e que elas existam para sempre no inferno, recebendo eternamente apenas
a Sua ira. De fato, isso foi o que aconteceu aos anjos que pecaram e poderia
ter acontecido exatamente conosco também: “Pois Deus não poupou aos anjos que
pecaram, mas os lançou no inferno, prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de
serem reservados para o juízo” (2 Pedro 2:4).
Mas, de fato, Adão e Eva não morreram imediatamente (embora a sentença
de morte começasse a ser aplicada na vida deles no dia em que pecaram). A
execução plena da sentença de morte foi retardada por muitos anos. Além disso,
milhões de seus descendentes até o dia de hoje não morrem nem vão para o
inferno tão logo pecam, mas continuam a viver por muitos anos, desfrutando
bênçãos incontáveis nesta vida. Como pode ser isso? Como Deus pode continuar a
conferir bênçãos a pecadores que merecem somente a morte — não somente aos que
finalmente serão salvos, mas também a milhões que nunca serão salvos, cujos
pecados nunca serão perdoados?
A respostas a essas perguntas é que Deus concede-lhes graça comum.
Podemos definir graça comum da seguinte maneira: Graça comum é a graça de Deus
pela qual Ele dá às pessoas bênçãos inumeráveis que não são parte da salvação.
A palavra comum aqui significa algo que é dado a todos os homens e não é
restrito aos crentes ou aos eleitos somente.
Diferentemente da graça comum, a graça de Deus que leva pessoas à
salvação é muitas vezes chamada “graça salvadora”. Naturalmente, quando falamos
a respeito da “graça comum” e da “graça salvadora”, não estamos sugerindo que
há duas diferentes espécies de graça no próprio Deus, mas apenas estamos
dizendo que a graça de Deus se manifesta no mundo de duas maneiras diferentes.
A graça comum é diferente da graça salvadora quanto aos resultados (ela não
traz salvação), seus destinatários (é dada aos crentes e descrentes igualmente)
e sua fonte (ela não flui diretamente da obra expiatória de Cristo, visto que a
morte dEle não obtém nenhuma medida de perdão para os descrentes e, portanto,
nem os crentes nem os descrentes fazem jus às suas bênçãos). Contudo, sobre o
último ponto, deve ser dito que a graça comum flui indiretamente da obra
redentora de Cristo, porque o fato de Deus não julgar o mundo assim que o
pecado entrou nele talvez seja apenas porque Ele planejou finalmente salvar
alguns pecadores por meio da morte de Seu Filho.
B. Exemplos de graça comum
Se olhamos para o mundo ao nosso redor e o contrastamos com o fogo do
inferno que ele merece, podemos ver imediatamente a abundante evidência da
graça comum de Deus em milhares de exemplos na vida diária. Podemos distinguir
diversas categorias específicas nas quais essa graça comum pode ser vista.
1. A esfera física. Os descrentes continuam a viver neste mundo somente
por causa da graça comum de Deus — cada vez que as pessoas respiram é pela
graça, pois o salário do pecado é a morte, não a vida. Além disso, a terra não
produz somente espinhos e ervas daninhas (Gênesis 3:18), nem permanece um
deserto ressequido, mas a graça comum de Deus provê comida e material para
roupa e abrigo, muitas vezes em grande abundância e diversidade. Jesus disse:
“Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que
vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque Ele faz raiar o
seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos” (Mateus
5:44,45). Aqui Jesus apela para a abundante graça comum de Deus como
encorajamento aos seus discípulos, para que eles também concedam amor e orem
para que os descrentes sejam abençoados (cf. Lucas 6:35,36). Semelhantemente,
Paulo disse ao povo de Listra: “No passado [Deus] permitiu que todas as nações
seguissem os seus próprios caminhos. Contudo. Deus não ficou sem testemunho:
mostrou sua bondade, dando-lhes chuva do céu e colheitas no tempo certo,
concedendo-lhes sustento com fartura e um coração cheio de alegria” (Atos
14:16,17).
O Antigo Testamento também fala da graça comum de Deus que vem aos
descrentes tanto quanto aos crentes. Um exemplo específico é o de Potifar, o
capitão da guarda do Egito que comprou José como escravo: “o Senhor abençoou a
casa do egípcio por causa de José. A bênção do Senhor estava sobre tudo o que
Potifar possuía, tanto em casa como no campo” (Gênesis 39:5). Davi fala de modo
muito mais geral a respeito das criaturas que o Senhor fez:
“O Senhor é bom para todos; a sua compaixão alcança todas as suas
criaturas. [...] Os olhos de todos estão voltados para ti, e tu lhes dás o
alimento no devido tempo. Abres a tua mão e satisfazes os desejos de todos os
seres vivos” (Salmos 145:9,15,16).
Estes versículos são outro lembrete de que a bondade que é encontrada em
toda a criação não acontece automaticamente — ela se deve à bondade de Deus e
Sua compaixão.
2. A esfera intelectual. Satanás é “mentiroso e pai da mentira” e “não
há verdade nele” (João 8:44), porque lhe foi dado ter domínio sobre o mal e
sobre a irracionalidade e comprometimento com a falsidade que acompanha o mal
radical. Mas os seres humanos no mundo de hoje, mesmo os descrentes, não estão
totalmente entregues à mentira, irracionalidade e ignorância. Todas as pessoas
são capazes de ter um pouco de compreensão da verdade; de fato, algumas possuem
grande inteligência e entendimento. Isso também deve ser visto como resultado
da graça comum de Deus. João fala de Jesus como “a verdadeira luz, que ilumina
todos os homens” (João 1:9), pois, em seu papel como criador e sustentador do
universo (não particularmente em seu papel como redentor), o Filho de Deus
concede iluminação e entendimento que vêm a todas as pessoas no mundo.
A graça comum de Deus na esfera intelectual é vista no fato de que todas
as pessoas têm certo conhecimento de Deus: “porque, tendo conhecido a Deus, não
o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças” (Romanos 1:21). Isso
significa que há um senso da existência de Deus e muitas vezes a fome de
conhecer Deus que Ele permite que permaneça no coração das pessoas, embora isso
resulte muitas vezes em muitos religiões diferentes criadas pelos homens.
Portanto, mesmo quando falando a pessoas que sustentavam religiões falsas,
Paulo pôde encontrar um ponto de contato com respeito ao conhecimento da
existência de Deus, exatamente como fez quando falou aos filósofos atenienses:
“Atenienses! Vejo que em todos os aspectos vocês são muito religiosos [...] o
que vocês adoram, apesar de não conhecerem, eu lhes anuncio” (Atos 17:22,23).
A graça comum de Deus na esfera intelectual também resulta na capacidade
de captar a verdade e distingui-la do erro e de experimentar crescimento em
conhecimento que pode ser usado na investigação do universo e na tarefa de
dominar a terra. Isso significa que toda ciência e tecnologia desenvolvida
pelos não-cristãos é resultado da graça comum, permitindo-lhes fazer
descobertas e invenções incríveis, para desenvolver os recursos do planeta na
criação de muitos bens materiais, para produção e distribuição desses recursos
e para alcançar habilidades na obra produtiva. Em sentido prático, isso
significa que, cada vez que entramos em uma mercearia, andamos em um automóvel
ou entramos em uma casa, devemos lembrar que estamos experimentando os
resultados da abundante graça comum de Deus derramada tão ricamente sobre toda
a raça.
3. A esfera moral. Pela graça comum Deus também refreia as pessoas de
serem tão más quanto poderiam. Novamente o reino demoníaco, totalmente dedicado
ao mal e à destruição, proporciona um contraste claro com a sociedade humana,
na qual o mal é claramente refreado. Se as pessoas persistem dura e
repetidamente em seguir o pecado durante o curso de sua vida, Deus finalmente
as entregará ao maior de todos os pecados (cf. Salmos 81:12; Romanos 1:24,26,28),
mas no caso da maioria dos seres humanos eles não caem nas profundezas às quais
seus pecados normalmente os levariam, porque Deus intervém e coloca freio na
sua conduta. Um refreamento muito eficaz é a força da consciência. Paulo diz:
“De fato, quando os gentios, que não têm a Lei, praticam naturalmente o que ela
ordena, tornam-se lei para si mesmos, embora não possuam a Lei; pois mostram
que as exigências da Lei estão gravadas em seu coração. Disso dão testemunho
também a sua consciência e os pensamentos deles, ora acusando-os, ora
defendendo-os” (Romanos 1:32). E em muitos outros casos, essa sensação interior
da consciência leva os indivíduos a estabelecer leis e costumes na sociedade
que são, em termos da conduta exterior que eles aprovam ou proíbem, totalmente
iguais às leis morais da Escritura. As pessoas muitas vezes estabelecem leis ou
têm costumes que respeitam a santidade do casamento e da família, protegem a
vida humana e proíbem o roubo e a falsidade no falar. Por causa disso, elas muitas
vezes seguem caminhos moralmente retos e exteriormente andam conforme os
padrões morais encontrados na Escritura. Embora a conduta moral delas não possa
ganhar méritos com Deus, visto que a Escritura claramente diz que “diante de
Deus ninguém é justificado pela Lei” (Gálatas 3:11) e “Todos se desviaram,
tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um
sequer” (Romanos 3:12), contudo, em algum sentido menor que ganhar a aprovação
ou o mérito eterno de Deus, os descrentes realmente fazem “o bem”. Jesus sugere
isso quando diz: “E que mérito terão, se fizerem o bem àqueles que são bons
para com vocês? Até os 'pecadores' agem assim” (Lucas 6:33).
4. A esfera da criatividade. Deus distribuiu medidas significativas de
capacidade em áreas artísticas e musicais, assim como em outras esferas nas
quais a criatividade e a habilidade podem expressar-se, como praticar esportes,
cozinhar, escrever, e assim por diante. Além disso, Deus nos dá a capacidade de
apreciar a beleza em muitas áreas da vida. E nessa área, assim como na esfera
física e intelectual, as bênçãos da graça comum são às vezes derramadas sobre
os descrentes até mais abundantemente que sobre os crentes. Todavia, em todos
os casos, ela é resultado da graça de Deus.
5. A esfera da sociedade. A graça de Deus também é evidente na
existência de várias organizações e estruturas na raça humana. Vemos isso
primeiramente na família humana, ressaltado pelo fato de que Adão e Eva
permaneceram marido e mulher após a queda e então tiveram filhos, homens e
mulheres (Gênesis 5:4). Os filhos de Adão e Eva casaram-se e formaram famílias
para si mesmos (Gênesis 4:17,19,26). A família humana permanece ainda hoje, não
simplesmente como instituição para os crentes, mas para todas as pessoas.
O governo humano é também resultado da graça comum. Ele foi instituído
no princípio por Deus após o dilúvio (ver Gênesis 9:6) e, segundo Romanos 13
claramente afirma, foi estabelecido por Deus: “Todos devem sujeitar-se às
autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as
autoridades que existem foram por ele estabelecidas”. Está claro que o governo
é dom de Deus para a raça em geral, pois Paulo diz que a autoridade “é serva de
Deus para o seu bem” e que ela é “serva de Deus, agente de justiça para punir
quem pratica o mal” (Romanos 13:4). Um dos principais meios que Deus usa para
refrear o mal no mundo é o governo humano. As leis humanas, as forças policiais
e os sistemas judiciais proporcionam poderosa repressão às más ações, e esses
são freios necessários, pois há muito mal no mundo que é irracional e pode ser
restringido somente pela força, já que ele não será impedido pela razão ou pela
educação. Obviamente a pecaminosidade das pessoas pode também afetar os
governos em si mesmos, de forma que o governo humano, igual a todas as outras
bênçãos da graça comum que Deus dá, pode ser usado tanto para o propósito do
bem como do mal.
6. A esfera religiosa. Mesmo na esfera da religião humana, a graça comum
de Deus traz algumas bênçãos para as pessoas incrédulas. Jesus nos diz: “Amem
os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem” (Mateus 5:44), e desde
que não há qualquer restrição no contexto para que se ore simplesmente pela
salvação deles e como a ordem de orar pelos que nos perseguem é combinada com a
ordem de amá-los, parece razoável concluir que Deus pretende responder a nossas
orações pelos que nos perseguem em muitas áreas de suas vidas. De fato, Paulo
especificamente ordena que oremos “pelos reis e por todos os que exercem
autoridade” (1 Timóteo 2:2). Quando procuramos o bem dos descrentes, isso é
coerente com a própria prática divina de conceder sol e chuva a “maus e bons”
(Mateus 5:45) e também está de acordo com a prática de Jesus durante o Seu
ministério terreno, quando Ele curou cada pessoa que lhe era trazida (Lucas
4:40). Não há indicação alguma de que ele tenha exigido que todos cressem nele
ou concordassem que ele era o Messias antes de lhes conceder cura física.
Deus responde às orações dos descrentes? Embora Deus não tenha prometido
responder às orações dos descrentes como prometeu responder às orações dos que
vêm a Ele em nome de Jesus, e embora Ele não tenha obrigação de responder às
orações dos descrentes, mesmo assim Deus pode por Sua graça comum ouvir e
responder positivamente às orações deles, demonstrando dessa forma Sua
misericórdia e bondade de outro modo ainda (cf. Salmos 145:9,15; Mateus 7:22;
Lucas 6:35,36). Esse é provavelmente o sentido de 1 Timóteo 4:10, que diz que
Deus é o “Salvador de todos os homens, especialmente dos que crêem”. Aqui
“Salvador” não significa restritamente “quem perdoa pecados e dá vida eterna”,
porque tais coisas não são dadas aos que não crêem. “Salvador” deve ter aqui um
sentido mais geral — a saber, “quem resgata da miséria, quem liberta”. Em caso
de pobreza e miséria, Deus muitas vezes ouve as orações dos descrentes e os
livra graciosamente de seus problemas. Além disso, mesmo os descrentes muitas
vezes possuem um senso de gratidão para com Deus pela bondade da criação, pela
libertação em meio ao perigo e pelas bênçãos da família, do lar, das amizaDes e
do país.
7. A graça comum não salva pessoas. A despeito de tudo isso, devemos
perceber que a graça comum é diferente da graça salvadora. A graça comum não
muda o coração humano nem traz pessoas ao genuíno arrependimento ou à fé — ela
não pode salvar e não salva pessoas (embora na esfera intelectual e moral ela
possa preparar as pessoas para torná-las mais dispostas a aceitar o evangelho).
A graça comum refreia o pecado, mas não muda a disposição fundamental de pecar
nem purifica a natureza humana decaída.
Devemos também reconhecer que as ações que os descrentes realizam por
causa da graça comum não merecem a aprovação ou o favor de Deus. Essas ações
não procedem da fé (“tudo o que não provém da fé é pecado”, Romanos 14:23) nem
são motivadas pelo amor a Deus (Mateus 22:37), e sim pelo amor ao ego sob uma
ou outra forma. Portanto, embora possamos prontamente dizer que as obras dos
descrentes que se conformam externamente às leis de Deus são “boas” em algum
sentido, contudo elas não são boas em termos de merecer a aprovação de Deus nem
de tornar Deus endividado para com o pecador em sentido algum.
Finalmente, devemos reconhecer que os descrentes muitas vezes recebem
mais graça comum que os crentes — eles podem ser mais habilidosos, trabalhar
com mais esforço, ser mais inteligentes, mais criativos ou ter mais dos
benefícios materiais desta vida para desfrutar. Isso não indica de forma alguma
que eles são mais favorecidos por Deus no sentido absoluto ou que eles vão
ganhar qualquer coisa relativa à salvação eterna, mas significa somente que
Deus distribui as bênçãos da graça comum de vários modos, muitas vezes
concedendo bênçãos bastante significativas a descrentes. Em tudo isso,
obviamente, eles devem tomar consciência da bondade de Deus (Ateus 14:17) e
reconhecer que a vontade revelada de Deus é que essa “bondade de Deus”
finalmente os conduza “ao arrependimento” (ROmanos 2:4).
C. Razões para a graça comum
Por que Deus concede graça comum a pessoas imerecedoras que nunca virão
à salvação? Podemos sugerir ao menos quatro razões.
1. Para redimir os que serão salvos. Pedro diz que o dia do juízo e da
execução final de punição está sendo retardado porque há ainda mais pessoas que
serão salvas. “O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam
alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém
pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.” (2 Pedro 3:9,10). De fato,
essa razão foi verdadeira desde o princípio da história humana, pois, se Deus
quisesse salvar qualquer pessoa entre todos que compõem a humanidade
pecaminosa, Ele não poderia destruir todos os pecadores imediatamente (nesse
caso não sobraria ninguém da raça humana). Ao contrário, Ele resolveu permitir
que seres humanos pecaminosos vivessem algum tempo de modo a ter uma
oportunidade de arrependimento e também para que pudessem gerar filhos,
capacitando gerações subseqüentes a viver, a ouvir o evangelho e se arrepender.
2. Para demonstrar a bondade e a misericórdia de Deus. A bondade e a
misericórdia de Deus não são vistas somente na salvação dos crentes, mas também
nas bênçãos que Deus dá aos pecadores que não as merecem. Quando Deus “é
bondoso para com os ingratos e maus” (Lucas 6:35), essa bondade é revelada no universo,
para a Sua glória. Davi diz: “O Senhor é bom para todos; a sua compaixão
alcança todas as suas criaturas” (Salmos 145:9). Na história de Jesus
conversando com o moço rico, lemos: “Jesus olhou para ele e o amou” (Marcos
10:21), embora o homem fosse um descrente que no mesmo instante afastou-se de
Jesus porque possuía muitas riquezas. Berkhof diz que Deus “derrama incontáveis
bênçãos sobre todos os homens e também indica claramente que elas são
expressões de uma disposição favorável de Deus que, contudo, fica muito aquém
da volição positiva exercida para lhes perdoar, suspender a sentença a eles
imposta e assegurar-lhes a salvação”.
Não é injusto Deus retratar a execução da punição do pecado e dar
temporariamente bênçãos aos seres humanos, porque a punição não é esquecida,
mas apenas retardada. Retardando a punição, Deus mostra claramente que não tem
prazer em executar o juízo final, mas, ao contrário, Ele se deleita na salvação
de homens e mulheres. “Juro pela minha vida, palavra do Soberano, o SENHOR, que
não tenho prazer na morte dos ímpios, antes tenho prazer em que eles se desviem
dos seus caminhos e vivam” (Ezequiel 33:11). Deus “deseja que todos os homens
sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:4). Em tudo
isso o tempo de espera da punição dá uma evidência clara da misericórdia,
bondade e amor de Deus.
3. Para demonstrar a justiça de Deus. Quando repetidamente Deus convida
os pecadores a virem à fé e repetidamente eles recusam os Seus convites, a
justiça de Deus em condená-los é vista muito mais claramente. Paulo adverte que
quem persiste na incredulidade está simplesmente acumulando a ira para si
mesmo: “Contudo, por causa da teimosia e do seu coração obstinado, você está
acumulando ira contra si mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o
seu justo julgamento” (Romanos 2:5). No dia do juízo todas as bocas serão
silenciadas (Romanos 3:19), e ninguém será capaz de contrapor que Deus foi
injusto.
4. Para demonstrar a glória de Deus. Finalmente, a glória de Deus é mostrada
de muitas formas pelas atividades dos seres humanos em todas as áreas nas quais
a graça comum está em operação. No desenvolvimento e no exercício do domínio
sobre a terra, homens e mulheres demonstram e refletem a sabedoria do seu
Criador, comprovam as qualidades dadas por Deus, as virtudes morais e a
autoridade sobre o universo, e coisas semelhantes. Embora todas essas
atividades sejam contaminadas por motivos pecaminosos, elas apesar disso
refletem a excelência de nosso Criador e, portanto, trazem a glória a Ele, não
de forma plena e perfeita, mas ainda assim significativa.
C. Nossa resposta à doutrina da graça comum
Pensando sobre as várias espécies de bondades vistas na vida dos
descrentes por causa da graça comum que Deus dá abundantemente, devemos ter em
mente três pontos.
1. Graça comum não significa que quem a recebe será salvo. Mesmo uma
porção excepcional de graça comum não significa que quem a recebe será salvo.
Até as pessoas mais habilidosas, mas inteligentes, mais ricas e poderosas no
mundo ainda carecem do evangelho de Jesus Cristo ou serão condenadas
eternamente! Os nossos vizinhos mais bondosos e de moral mais elevada ainda
carecem do evangelho de Jesus Cristo ou serão condenados eternamente!
Exteriormente pode parecer que eles não têm necessidade algumas, mas a
Escritura ainda diz que os descrentes são “inimigos de Deus” (Romanos 5:10; cf.
Colossenses. 1:21; Tiago 4:4) e são “contra” Cristo (Mateus 12:30). Eles são
“inimigos da cruz de Cristo” e “só pensam nas coisas terrenas” (Filipenses
3:18,19), sendo “por natureza merecedores da ira” (Efésios 2:3).
2. Devemos ser cuidados em não rejeitar as coisas boas que os descrentes
fazem, considerando-as totalmente más. Pela graça comum os descrentes fazem
algumas coisas boas, e devemos ver a mão de Deus nelas, sendo agradecidos por
elas, como por exemplo nas amizades, em cada ato de bondade, no que elas trazem
de bênçãos para outras pessoas. Tudo isso — embora o descrente não o saiba —
procede em última análise de Deus, e Deus merece a glória por tudo.
3. A doutrina da graça comum deveria estimular nosso coração à gratidão
muito maior a Deus.
Quando descemos uma rua e vemos casas, jardins e famílias vivendo em
segurança, ou quando negociamos no mercado e vemos os resultados abundantes do
progresso tecnológico, ou quando andamos pelos bosques e vemos a beleza da
natureza, ou quando somos protegidos pelas autoridades, ou quando somos
educados no vasto conhecimento humano, devemos perceber não somente que Deus,
em Sua soberania, é o responsável último por todas essas bênçãos, mas também
que Deus as tem concedido aos descrentes, embora eles não tenham absolutamente
nenhum mérito com relação a elas! Essas bênçãos no mundo não são apenas
evidências do poder e sabedoria de Deus, mas a manifestação contínua da Sua
graça abundante. A percepção deste fato deveria fazer nosso coração se encher
de gratidão a Deus em cada atividade de nossa vida.
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A Providência
Jó 38-1 a 41.34; Dn 4.34,35; At 2.22-24; Rm 11.33-36
A maior cidade de Rhode Island [um estado americano] chama-se
Providência. Existe algo de extraordinário neste nome. Ele chama a nossa
atenção para a grande lacuna na maneira de pensar entre as gerações passadas e
a nossa sociedade atual. Quem iria chamar uma cidade de Providência, hoje em
dia? A própria palavra soa arcaica e fora de moda.
Quando leio os escritos de cristãos de séculos atrás, fico surpreso com
a enorme quantidade de referências à providência de Deus. É como se antes do
século XX os cristãos fossem muito mais conscientes e sensíveis para com a
providência de Deus em sua vida. O espírito do naturalismo, que interpreta
todos os eventos na natureza como sendo governados por forças independentes,
causou um impacto em nossa geração.
O significado fundamental da palavra providência é "ver antes ou
com antecedência", ou "prover algo para". Com tais sentidos, a
palavra fica longe de conseguir cobrir o profundo significado da doutrina da
providencia, a qual significa muito mais do que Deus ser um espectador dos
eventos humanos. Contém muito mais o que mera referência à providência de Deus.
A Confissão de Fé de Westminster, feita no século XVII, definida
providência da seguinte maneira:
"Pela mui sábia e santa providência, segundo a sua infalível
presciência e o livre e imutável conselho de sua própria vontade, Deus, o
grande Criador de todas as coisas, para o louvor da glória de sua sabedoria,
poder, justiça, bondade e misericórdia, sustenta, dirige, dispõe e governa
todas as criaturas, todas as ações delas e todas as coisas, desde a maior até a
menor”.(CAP VI)
Aquilo que Deus cria, ele também sustenta. O universo não só depende de
Deus para sua origem, mas depende dele também para continuar existindo. O
universo não pode existir nem operar por seu próprio poder. Deus sustente todas
as coisas por seu poder. Nele nós vivemos, nos movemos existimos.
O ponto central da doutrina da providência é a ênfase no governo de Deus
sobre o universo. Ele governa sua criação com absoluta soberania e autoridade.
Ele governa aquilo que acontece, desde os maiores eventos até os menores. Nada
jamais acontece além do âmbito do seu governo soberana e providencial. Ele faz
a chuva cair e o sol brilhar. Levanta e derruba reinos. Ele conta os cabelos da
nossa cabeça e os dias da nossa vida.
Existe uma diferença fundamental entre a providência de Deus e
fortuna[aquilo que sucede por acaso], destino ou sorte. A chave para esta
diferença está no caráter pessoal de Deus. A fortuna é cega, enquanto Deus vê
todas as coisas. O destino é impessoal enquanto Deus é nosso Pai. A sorte é
muda enquanto Deus pode falar. Não existem forças cegas e impessoais na
história humana. Tudo se passa por meio de mão invisível da providência de
Deus.
Num universo governado por Deus não existem eventos casuais. De fato,
não existe algo como acaso. O acaso não existe. Não passa de uma palavra que
usamos para descrever possibilidades matemáticas, mas que não tem nenhum poder
em si, porque não tem existência. O acaso não é uma entidade capaz de
influenciar a realidade. Acaso não é algo real. Não é nada.
Outro aspecto da providência chama-se concorrência. Concorrência
refere-se às ações conjuntas de deus e seres humanos. Mesmo assim, o poder
causal que exercemos é secundário. A soberana providência de Deus está acima e
além das nossa ações. Ele opera sua vontade por meio das ações da vontade
humana, sem violar a liberdade dessa vontade humana. O exemplo mais claro de
concorrência encontrado nas Escrituras é o caso de José e seus irmãos. Apesar
de os irmãos de José serem verdadeiramente culpados pela traição que fizeram
contra ele, a providência de Deus estava operando até mesmo através do pecado
deles. José disse aos irmãos: "Vós bem intentastes mal contra mim; porém
Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita
gente com vida." (Gn 50.20).
A providência redentora de Deus pode operar através das ações mais
diabólicas. A pior ofensa que já foi cometida por um ser humano foi a traição
de Jesus Cristo por Judas Iscariotes. Mesmo assim, a morte de Cristo não foi um
acidente na História. Aconteceu de acordo com o conselho determinado por Deus.
O ato de perversidade de Judas ajudou a promover a melhor coisa que já
aconteceu na História, a Expiação. Não é fortuito quando nos referimos àquele
dia histórico com sexta-feira "santa".
Sumário
1. O conceito da providência divina geralmente não é entendido em nossos
dias.
2. A providência inclui a obra de Deus em sustentar sua criação.
3. A providência se refere principalmente ao governo de Deus sobre a
criação.
4. À luz da providência divina, não existem forças impessoais tais como
fortuna, destino ou acaso.
5. A providência inclui a concorrência, por meio da qual Deus opera sua
vontade divina por intermédio da vontade de suas criaturas.
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Os Milagres
Ex 4.1-9; 1 Rs 17.21-24; Jo 2.11; Hb 2.1-4
"É um milagre!" Qualquer criança sabe que não é preciso um
milagre para atirar uma pedra por cima de um lago. Também não é preciso um
milagre para fazer uma bolinha de golfe atravessar por cima da água. Desde que
a bola tenha a velocidade adequada e esteja na direção certa, a questão é
simples.
O termo milagre tende a ser usado levianamente hoje em dia. Um gol no
futebol, uma situação em que se escapa "por um triz", ou a beleza de
um pôr-do-sol são rotineiramente chamados de milagres. Entretanto, a palavra
milagre pode ser usada de três maneiras distintas. A primeira descreve eventos
comuns, mas que são impressionantes. Falamos sobre o nascimento de um bebê, por
exemplo, como um milagre. Ao fazer isso, glorificamos a Deus pela complexidade
e pela beleza da criação. Ficamos maravilhados diante da majestade do cosmos,
quando Deus opera por intermédio dos meios secundários das leis naturais, as
quais são também criação dele. Aqui o termo milagre refere-se às coisas comuns
que apontam para uma causa incomum no poder de Deus.
A segunda maneira em que podemos usar o termo milagre é similar à primeira.
Freqüentemente, nas Escrituras, lemos sobre Deus operando através dos meios
secundários num tempo e lugar mais específicos. A estrela de Belém, por
exemplo, talvez tivesse uma causa natural e científica. O extraordinário
alinhamento de um grupo de estrelas, ou uma fase da lua poderiam explicar seu
intenso brilho. Considerar essas possibilidades, entretanto, não torna o evento
menos miraculoso. A luz espelhou seu brilho no momento do nascimento de Cristo.
Mostrou o caminho de Belém aos magos.A estrela então era um milagre por ter
ocorrido no tempo e no lugar certos. Tal milagre glorifica a Deus pela maneira
como ele tece a tapeçaria da História de tal maneira que o evento ocorreu no
momento exato, de uma maneira miraculosa.
Terceiro, milagre referem-se a atos de Deus contrariando o que é
natural. Este é o uso mais técnico do termo. Jesus transformando água em vinho
ou ressuscitando Lázaro dentre os mortos são exemplo de Deus operando contra
suas leis da natureza. POde não haver nenhuma explicação natural para tais
eventos. Servem para validar Cristo como divino Filho de Deus.
A Bíblia utiliza várias palavras para definir o conceito contido na
simples palavra milagre. A Bíblia fala de sinais, maravilhas e prodígios. Em
seu senso mais restrito, ligamos milagre à palavra bíblica para sinal. Milagres
são chamados de sinais porque, como todos os sinais, eles apontam, para além de
si mesmo, para algo mais significativo. Deus usou os milagres para provar ou
atestar seus agentes da revelação divina (Hb 2.3,4). Deus deu poder a Moisés
para realizar milagres a fim de demonstrar que o tinha enviado. Da mesma
maneira, o Pai autenticou o ministério do Filho por meio dos sinais que ele
operou.
Atualmente existem três perspectivas diferentes de milagres. A primeira
é a visão cética que nega que os milagres possam ocorrer. A segunda visão
argumenta que os milagres aconteceram nos tempos bíblicos e continuam a
acontecer hoje. A terceira visão á a que os verdadeiros milagres aconteceram na
Bíblia, mas que Deus cessou de operar milagres uma vez que a revelação foi
estabelecida nas Escrituras. Essa visão sustenta que Deus ainda opera no mundo
de maneira sobrenatural, mas não concede mais poderes de operar milagres a
seres humanos.
Sumário
1. A Bíblia fala sobre sinais, prodígios e maravilhas.
2. A Bíblia registra diferentes tipos de milagres.
3. Todo milagre é uma evento sobrenatural, mas nem todo evento
sobrenatural constitui um milagre.
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A Vontade de Deus
Jo 19.11; Rm 9.14-18; Ef 1.11; Cl 1.9-14; Hb 6.13-18
A atriz Doris Day canta uma canção popular cujo título era "Que
será, será" ("O que tiver que ser, será".). À primeira vista,
este tema transmite uma espécie de fatalismo deprimente. A teologia do
islamismo geralmente se refere a eventos específicos como "era a vontade
de Alá".
A Bíblia tem um profundo interesse na vontade de Deus - sua autoridade
soberana sobre a criação e tudo nela. Quando falamos sobre a vontade de Deus,
fazemos isso pelo menos de três maneiras diferentes. O conceito mais amplo é
conhecido como a vontade decretiva, soberana ou oculta de Deus. Por meio desta
definição, os teólogos referem-se à vontade de Deus por meio da qual ele ordena
soberanamente tudo o que acontece. Porque Deus é soberano, e sua vontade nunca
pode ser frustrada, podemos ter certeza de que nada acontece que ele não esteja
no controle. Ele pelo menos tem de "permitir" seja o que for que vá
acontecer. Mesmo quando Deus permite passivamente que algo aconteça, ele decide
permitir, de maneira que sempre tem o poder e o direito de intervir e evitar a
ocorrência das ações e os eventos neste mundo. Desde que ele permite que as
coisas aconteçam, num certo sentido elas acontecem de acordo com "sua
vontade".
Embora a vontade soberana de Deus freqüentemente fique oculta de nós até
que os eventos aconteçam, existe um aspecto da sua vontade que é claro para nós
- Sua vontade perceptiva. Aqui Deus revela sua vontade através da sua Lei
santa. Por exemplo, é a vontade de Deus que não roubemos; que amemos nossos
inimigos; que nos arrependamos; que sejamos santos. Esse aspecto da vontade de
Deus é revelado em sua Palavra bem como em nossa consciência, por meio da qual
Deus escreveu sua lei moral em nosso coração.
Suas leis, quer se encontrem na Bíblia ou em nosso coração, são
obrigatórias. Não temos autoridade para violar esta vontade. Temos o poder ou a
capacidade de obstruir a vontade perceptiva de Deus, embora nunca tenhamos o
direito de fazê-lo. Tampouco podemos justificar nosso peado, dizendo: "O
que será, será.". Pode ser a soberania de Deus ou sua vontade soberana que
nos "permite" pecar, quando ele fez sua vontade soberana acontecer
por meio das ações pecaminosas das pessoas. Deus determinou que Jesus fosse
traído pela instrumentalidade da traição de Judas. Mas isso não tornou seu
pecado menos vil e desleal. Quando Deus "permite" que violemos sua
vontade preceptiva, isso não deve ser entendido como uma permissão no sentido
moral de conceder-nos ele um direito moral. Sua permissão nos dá o poder para
pecar, mas não direito de fazê-lo.
A terceira maneira pela qual a Bíblia fala sobre a vontade de Deus
refere-se à vontade dispositiva de Deus. Essa vontade descreve a atitude de
deus. Ela define o que lhe é agradável. Por exemplo, Deus não tem prazer na
morte do ímpio, ainda que certamente queira ou decrete a morte do ímpio. O
prazer supremo de Deus está em sua própria santidade e justiça. Quando julga o
mundo, ele tem prazer na defesa da sua própria e integridade, embora não fique
feliz, no sentido de ter prazer, na vingança contra aqueles que recebem seu
juízo. Deus alegra-se quando nós encontramos nosso prazer na obediência. Ele se
entristece profundamente quando somos desobedientes.
Muitos cristãos ficam preocupados ou mesmos obcecados em descobrir
"a vontade" de Deus para sua vida. Se a vontade que buscamos é sua
vontade secreta, oculta ou decretiva, então nossa busca será inútil. O conselho
secreto de Deus é seu segredo. Ele não tem prazer em nos revelar isso. Longe de
ser um sinal de espiritualidade, a busca pela vontade secreta de Deus é uma
invasão injustificável de sua privacidade. O conselho secreto de Deus não é de
nossa conta. Essa é a razão parcial por que a Bíblia tem uma visão tão negativa
dos cartomancia, necromancia e outras formas de práticas proibidas.
Seríamos sábios em seguir o conselho de João Calvino; ele disse:
"Quando Deus facha seus santos lábios, eu desisto de inquirir". O
verdadeiro sinal de espiritualidade é visto naqueles que buscam conhecer a
vontade de deus que é revelado em sua vontade perceptiva. Esta é aquela pessoa
piedosa que medita na lei do Senhor dia e noite. Enquanto buscamos ser
"guiados" pelo Espírito Santo, é vital que tenhamos em mente que o
Espírito Santo primeiramente quer nos guiar na justiça. Somos chamados para
viver nossa vida por meio de toda palavra que sai da boca de Deus. Sua vontade
revelada é de nossa contra; na verdade, deve ser o assunto principal em nossa
vida.
Sumário
1. Os três significados da vontade de Deus:
(a) A vontade soberana decretiva é a vontade pela qual Deus faz com que
tudo o que decreta aconteça. Ela é oculta de nós até que aconteça.
(b) A vontade perceptiva é a lei revelada de Deus, ou seus mandamentos,
os quais temos o poder, mas não o direito de violar.
(c) A vontade dispositiva descreve a atitude ou a disposição de Deus.
Ela revela o que o agrada.
2. A "permissão" soberana de Deus para o pecado humano não
equivale aprovação moral.
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A Aliança
Gn 15; Êx 20; Jr 31.31-34; Lc 22.20; Hb
8; Hb 13.20,21
A estrutura do relacionamento que Deus estabeleceu com seu povo é a
aliança. Uma aliança é geralmente entendida como um contrato. Embora certamente
existam algumas similaridades entre aliança e contratos, existem também algumas
diferenças muito importantes. Ambos são acordos obrigatórios. Contratos são
feitos a partir de posições de barganha relativamente iguais e ambas as partes
têm liberdade de não assinar. Semelhantemente, a aliança também é um acordo. Na
Bíblia, porém, as alianças geralmente não são entre iguais. Antes, seguem o
padrão comum do antigo Oriente Médio, dos tratados entre suseranos e vassalos.
Os tratados entre suseranos e vassalos (como visto entre os reis hititas) eram
firmados entre um rei vencedor e o vencido. Não havia negociação entre as
partes.
O primeiro elemento dessa aliança bíblica é o preâmbulo, o qual
relaciona as respectivas partes. Êxodo 20.2 começa com a frase: "Eu sou o
Senhor, teu Deus". Deus é o suserano; o povo de Israel é o vassalo. O
segundo elemento é o prólogo histórico. Esta seção relaciona o que o suserano
(ou Senhor) fez para merecer a lealdade - como livrou os israelitas da
escravidão do Egito. Em termos teológicos, esta é a seção da graça.
Na seção seguinte, o Senhor relaciona o que ele requer daqueles sobre
quem governa. Em Êxodo 20, são os Dez Mandamentos. Cada um dos mandamentos era
considerado um compromisso moral sobre toda a comunidade da aliança.
A parte final desse tipo de aliança relaciona as bênção e as maldições.
O Senhor faz uma lista dos benefícios que concederá aos vassalos se eles
seguirem as estipulações da aliança. Um exemplo disso se encontra no quinto
mandamento. Deus prometeu aos israelitas que seus dias seriam longos na Terra
Prometida, se honrassem os pais. A aliança também apresenta maldições que
sobreviriam se o povo não cumprisse com suas responsabilidades. Deus adverte
Israel que não os considerava como inocentes se falhassem em honrar seu nome.
Esse padrão básico fica evidente nas alianças de Deus com Adão, Noé, Abraão,
Moisés e a aliança de Jesus Cristo com sua Igreja.
Nos tempos bíblicos, as alianças eram ratificadas com sangue. Era
costume que ambas as partes que estavam entrando em aliança passassem entre as
partes de um animal esquartejado, representando assim sua concordância com os
termos da aliança (ver Jr 34.18). Temos um exemplo desse tipo de aliança em
Gênesis 15-7--21. Nesse texto, Deus fez certas promessas a Abraão, as quais
foram ratificadas por meio de sacrifício de animais. Nesse caso, porém, somente
Deus passou entre as partes dos animais, indicando por meio de um juramento
solene que estava se comprometendo a cumprir a aliança.
A nova aliança, a aliança da graça, foi ratifica pelo derramamento do
sangue de Cristo na cruz. No âmago desta aliança, está a promessa divina de
redenção. Deus não só prometeu redimir todo aquele que põe sua confiança em
Cristo, mas selou e confirmou a promessa com o mais santo dos votos. Servimos e
adoramos um Deus que se comprometeu para a nossa completa redenção.
Sumário
Elementos de uma aliança:
1. Preâmbulo: identifica o soberano.
2. Prólogo histórico: recapitula a história do relacionamento entre as
partes.
3. Estipulações: relaciona as condições da aliança.
4. Juramento/Votos: as promessas que obrigam as partes aos termos.
5. Sanções: as bênçãos e as maldições (recompensas e punições)
estipuladas para a obediência ou a violação da aliança.
6. Ratificação: o selo da aliança por meio de sangue, isto é, o
sacrifício de animais, e depois a morte de Cristo.
EM CRISTO SOMOS MAS QUE VENCEDORES EM CRISTO JESUS (AMÉM)
EDNEIDE SANTANA!!
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